1236657.1677ed0.a1d49e5be45046c98447636dfa3d9e34
Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

REFLEXÃO SOBRE O NATAL! (Fábula: Galinha, rato e papagaio)

Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

Era uma vez uma pequena fazenda repleta de animais que desejavam realizar um Natal diferente. O período natalino chegava e a alegria contagiava a fazenda. Papai Noel estava numa Ilha próxima passando as férias, comendo arroz de cuxá com camarão e bebendo Guaraná Jesus na Praia da Ponta d’Areia. Ele se negava a participar das festividades porque julgava que os humanos não estavam nem aí para  o verdadeiro sentido do Natal que seria comemorar o nascimento de Jesus Cristo.

A dona da fazenda “Animália” insistia para que o barbudo se fizesse presente por meio do celular que naquele momento era a única forma de comunicação com o velho parceiro dos natais que agora era fã número um do Instagram, do Facebook e vivia na Internet e outras mídias sociais – a TV e o rádio não falavam de outra coisa, senão do evento – o bom velhinho – cada vez mais famoso resistia à pressão para juntar-se aos animais no animado palco, inclusive a rena vinda da Lapônia já reinava com os ratos, galinhas, gatos, princesas, duendes, príncipes, reis magos, e anjos naquela fazendinha…                

 Só faltava Jesus: o cordeiro recém-nascido, luz do mundo e príncipe da paz – até que tentaram convencer a plateia de que ele fazia parte da peça usando um boneco de plástico que mais parecia com outra coisa – pelo menos houve a intenção de fazê-lo presente.

A imaginação humana é espetacular e a capacidade de criar imagens e fantasias é ilimitada – ao tempo em que as crianças sorridentes batiam palmas, sorriam, cantavam, dançavam… e os adultos que as acompanhavam se derretiam diante da ilusória fantasia que os encantava.   Todos estavam abobalhados diante do misterioso encanto do Natal que amolece corações, libera sorrisos e emoções, sonhos e esperanças.

Atentos em volta do “palco” tornavam-se crianças puras e inocentes ao ponto de alegrarem-se com os ratos, as galinhas, os perus, as ovelhas, os burros, os jumentos, os sapos, os urubus, os passarinhos, as cobras, os lagartos, os macacos, os leões, os cavalos, os porcos, os gatos e os cachorros, mais do que com os humanos que morriam de fome ao lado delas e clamavam desolados por um ninho em busca de carinho…

A alegria do Natal era seletiva naquela fazenda, a festa dos bichos alegrava poucos. Todavia havia uma certeza: naquele planeta os animais eram mais importantes do que as pessoas – no teatro natalino – não se viam  homens e mulheres sendo aplaudidos: Einstein, Lavoisier, Walt Disney, Joana D’arc, Marie Curie, Maria, Jesus Cristo…

O Papel Noel estava certo ao recusar o convite para a cerimônia – enquanto isso – todas as utopias se multiplicavam na cabeça dos expectadores – por lá dançavam: Mickey, Minie, Galinha Pintadinha, Pintinho Amarelo… a princesa Rapunzel… entre outras fadas e bichos.

O louro José, ao lado da parceira, estava atento observando a atitude dos demais animais, inclusive daqueles que pela própria natureza foram excluídos da festa, enquanto o tempo passava incólume e arteiro na esperança de um mundo mais justo, o papagaio falador clamava a todos: louvem a Jesus Cristo! Ele está conosco!

Assim o verdadeiro amor, a solidariedade, a empatia, o nascimento de “Emanuel” o filho de Deus… tornava-se motivo de reflexão entre os homens de boa vontade.

Moral da história:

Quem sabe um dia os homens sejam mais prestigiados do que os animais. E a palavra de Deus seja o verdadeiro sentido do Natal.

São Luís, 19 de dezembro de 2024.

José Carlos Castro Sanches.

É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala, Divagando na Fantasia em Orlando e O Voo da Fantasia. Participa de antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS19.12.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *