Por José Carlos Castro Sanches
Plantei a vitória sem nome
No fundo do meu quintal
No dia do meu aniversário
Em 26 de março de 2016
Irrigada todo dia
No solo duro pouco a pouco
Lentamente ela crescia.
O seu caule era frágil
Quebrava facilmente
E os pássaros que habitavam
Fugiam do ambiente.
Depois de um ano
Deu a primeira flor
Fiquei muito feliz
Contei para o meu amor
Um bicho infeliz
Por desamor
Quebrou-lhe o tronco
Sem pudor
Mais uma vez ela voltou
A sofrer uma forte dor.
Passaram-se alguns meses
Não se viam mais as folhas
Apenas um caule
Lutava sozinho
Tentando revitalizar
A árvore perdida
Que aventurava se recuperar
Esperando por um dia
Poder voltar a brotar.
Vitória renasceu!
Do caule seco
Folhas verdes
E flores brancas
Brotaram novamente
Naquela árvore viçosa
Que lutou incansavelmente
Agora revitalizada e frondosa
Recebe o sol ardente.
Quando reviveu
Depois de três vezes
Aparentemente morta
As estrelas brilharam no céu
E a amiga Maria Ribamar
Deu-lhe o nome de vitória.
De verdade estou extasiado
É uma grande vitória
Por tê-la ressuscitado
Quase morreu por três vezes
Agora está ao meu lado.
Obrigado meu Deus
Pelas árvores
Pelos frutos
Pelas flores
Pela vitória tão linda
Que revitaliza os amores.
Obrigado meu Deus
Pelas flores brancas
Do quintal da minha casa
Pela lembrança
Daquela árvore rasa
Que hoje traz esperança.
Hoje a vitória tem nome
Tem vida e cresce formosa
Graças a Maria Ribamar
Que a irrigou e a fez viçosa.
Toda planta irrigada
Com amor e carinho
Cresce revigorada
Dará abrigo ao ninho
E sombra abençoada
A qualquer passarinho
Tem força e sobrevive
A toda pedra no caminho.
José Carlos Castro Sanches
São Luís, 08 de outubro de 2019.
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.
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