Por José Carlos Castro Sanches

Existe coisa mais prazerosa.
Que gota d’água no telhado?
Coisa mais deliciosa.
Que a comida da mãe?
Coisa mais saborosa.
Que castanha de caju assada?
Coisa mais gostosa.
Que tomar banho de chuva?
Coisa mais amorosa.
Que o beijo da pessoa amada?
Coisa mais perigosa.
Que respirar debaixo d’agua?
Coisa mais silenciosa.
Que a união de duas gotas?
Coisa mais tenebrosa.
Que a morte?
Coisa mais misteriosa.
Que o arco-íris?
Coisa mais poderosa.
Que uma mulher sábia?
Coisa mais proveitosa.
Que a leitura?

Coisa mais graciosa
Que a luz do sol refletida na gota?
Coisa mais venturosa
Que a água para o sedento?
Coisa mais vantajosa
Que o pensamento positivo?
Coisa mais danosa
Que a inveja?
Coisa mais afetuosa
Que a amizade sincera?
Coisa mais impetuosa
Que o vento?
Coisa mais curiosa
Que a metamorfose?
Coisa mais espantosa
Que a desobediência?
Coisa mais vagarosa
Que a preguiça?
Coisa mais litigiosa
Que divisão de bens?
Coisa mais criminosa
Que o aborto?
Coisa mais incestuosa
Que a pedofilia?

Coisa mais maliciosa
Que uma gota envenenada?
Coisa mais contagiosa
Que um vírus?
Coisa mais perniciosa
Que água desgovernada?
Coisa mais espirituosa
Que gota d’água na semente?
Coisa mais esperançosa
Que uma gota de remédio?
Coisa mais misteriosa
Que uma gota de lágrima?
Coisa mais maldosa
Que uma gota de veneno?
Coisa mais cheirosa
Que uma flor perfumada?
Coisa mais majestosa
Que uma gota de orvalho?
Coisa mais voluptuosa
Que uma mulher sensual?
Coisa mais virtuosa
Que ser honesto?

Coisa mais criteriosa
Que um jurado?
Coisa mais auspiciosa
Que uma gota de esperança?
Coisa mais honrosa
Que uma gota de paciência?
Coisa mais generosa
Que uma gota de paz?
Coisa mais fervorosa
Que uma gota de fé?
Coisa mais grandiosa
Que uma gota de amor?
Coisa mais prodigiosa
Que a liberdade?
Coisa mais deleitosa
Que escrever?
Coisa mais poderosa
Que uma semente fértil?
Coisa mais valiosa
Que a vida?
Coisa mais preciosa
Que ser você?

São Luís, 04 de janeiro de 2022.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.

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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS04.01.2022. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.