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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

ANÊMONA E PAGURO

Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

FONTE DA IMAGEM: INTERNET

Era uma vez num oceano distante uma Anêmona e um Paguro que conviviam amigavelmente nos Recifes de Coral. Apesar das diferenças se respeitavam e acompanhavam a evolução das espécies naquela comunidade onde cada um tinha a sua missão a cumprir e todos atuavam harmonicamente em benefício da coletividade. Um por todos e todos por um.

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O espirito de solidariedade e congraçamento durou até um certo dia em que a Anêmona foi eleita pelos aliados para suceder o líder dos Recifes de Coral, a partir de então, passou a ser hostilizada, ofendida, difamada e injuriada pelo Paguro, sem que entendesse o porquê da intriga.

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Suspeitava-se que o motivo que levou Paguro a revoltar-se com Anêmona, ao ponto de sentir-se incomodado e reclamar foi a demora numa reunião conduzida por ela, que no entendimento de Paguro, além de prolongada estava fora do contexto de interesse dos membros dos Recifes de Coral – uma vez que Anêmona fez referência à palavra sagrada e rendeu graças ao Pai celeste, durante o encontro, incomodando fortemente o descrente. Desde então, nada mais agradava Paguro, tornara-se inimigo figadal da inofensiva Anêmona, que adornada de sabedoria adorava ao Deus criador de todas as coisas, enquanto Paguro era diligentemente contrário ao culto ao Criador do universo, por se considerar ateu, Anêmona era declaradamente cristã.

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Criou-se então uma animosidade entre os dois ao ponto de Paguro decidir processar Anêmona encaminhando um documento formal à corte suprema dos Recifes de Coral, por divergir do posicionamento de Anêmona, frente aos comandados.

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Seguiram-se os dias, passaram-se os julgamentos e Anêmona foi absolvida, com a expectativa de voltar a conviver em harmonia com Paguro, visto que o desejo dele era receber uma indenização pelo que considerava ser injuria e difamação praticada por Anêmona contra ele, extensiva aos Recifes de Coral, representado por esta legitimamente eleita pelos patrícios. A petição em juízo foi julgada improcedente e indeferida pelo juiz da corte, que determinou o arquivamento do processo.

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Algum tempo depois os habitantes dos Recifes de Coral organizaram uma festa de confraternização e convidaram os litigantes que na oportunidade revelaram-se amigos, perdoaram as ofensas e festejaram alegremente a reconciliação na certeza de que o melhor caminho seria a convivência amigável entre os membros daquela confraria, que a partir de então, voltava a ser um lugar de paz, amor, união e solidariedade.

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Encerrada a festa, aproximaram-se, deram as mãos, abraçaram-se sorridentes e felizes com o coração transbordando de alegria e a alma leve repleta de paz por restituírem os laços fraternos. Seguiram a vida, cada um ao seu modo, respeitando a diversidade de ideias. O breve desentendimento fortaleceu a amizade. Doravante, Anêmona e Paguro tornaram-se amigos inseparáveis e viveram felizes para sempre.

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            As anêmonas do mar são encontradas em todo o mundo, habitando principalmente áreas de águas rasas em recifes de corais, paredões rochosos e fundos arenosos. Elas são mais comuns em ambientes marinhos costeiros, mas também podem ser encontradas em maiores profundidades.

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Já os paguros, ou caranguejos ermitões, são encontrados em diversos habitats marinhos ao redor do mundo, desde regiões tropicais até águas temperadas e frias. Eles também podem ser encontrados em diferentes profundidades, desde a zona entre marés até as águas mais profundas. Esses animais marinhos têm adaptações incríveis que lhes permitem viver em uma variedade de ambientes aquáticos.

FONTE DA IMAGEM: INTERNET – PAGURO

A relação entre a anêmona do mar e o paguro é um belo exemplo de simbiose na natureza. O paguro, ou caranguejo ermitão, encontra nas anêmonas um parceiro protetor e benéfico para ambos. O caranguejo ermitão busca abrigo entre os tentáculos da anêmona, que por sua vez se beneficia da movimentação do caranguejo, que ajuda a circular a água ao redor da anêmona e a trazer alimento para ela. Enquanto Paguro desfruta da proteção fornecida pelos tentáculos urticantes da anêmona, esta se beneficia da migração do caranguejo ermitão de uma anêmona para outra, levando consigo pedaços de alimento e nutrientes que contribuem para a nutrição da anêmona. Essa relação simbiótica evidencia a harmonia e interdependência entre diferentes espécies marinhas.

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A história de Anêmona e Paguro nos Recifes de Coral, nos ensina sobre a importância da convivência pacífica e do perdão. A sinergia entre o paguro e a anêmona é um exemplo fascinante de como a natureza pode criar laços de cooperação e benefício mútuo entre seres vivos. Mostra como os conflitos podem ser resolvidos através da compreensão mútua e da busca pela harmonia. A mensagem de paz e amizade é atrativa, e nos lembra que, mesmo diante das diferenças, é possível construir relações positivas.

FONTE DA IMAGEM: INTERNET – ANÊMONA E PAGURO

Compartilhe essa fábula com seus amigos. Eles também podem se inspirar com essa bela história e praticarem o perdão restaurador de vidas, trazendo a alegria para os Recifes de Coral e confrarias por todo o mundo.

São Luís, 23 de fevereiro de 2024.

José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

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Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de inúmeras antologias brasileiras.

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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS23.02.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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