Por Jose Carlos Castro Sanches
Começo esta crônica com o poema “Das Utopias” de Mario Quintana, seguido de uma reflexão sobre a triste realidade brasileira neste momento de sacrifício imposto pela pandemia e maus políticos.
“Se as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não querê-las…
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!”(Mario Quintana)
Estão nos enganando com a ideia de isolamento e distanciamento para favorecer ideologias. Praias vazias, ônibus lotados. Comércio fechado, festas nos hotéis de luxo. São Paulo massacrado, Miami desmascarado. Cloroquina proibida, vacina Coronavac obrigatória. Controle domiciliar, baile funk liberado. Cidadãos do bem presos, saída de fim de ano para bandidos. Banquete com ostras e vinhos no STF, miséria e fome para os trabalhadores. Senadores e deputados com foro privilegiado e dinheiro na cueca, pobre ladrão de galinha e margarina de supermercado encarcerado. Habeas corpus para mafiosos, prisão, censura e restrição da liberdade para escritores e jornalistas. Democracia e consumismo para os governantes, autoritarismo, confinamento e comunismo para o povo.
“A política passa
incessantemente pelo conflito
entre realismo e utopia.” (Edgar Morin)
Assim, o Brasil caminha para a desobediência civil, revolta popular e intervenção militar.
Que em 2021 novos ares de democracia e liberdade voltem a pairar na amada pátria: Brasil. Viva a democracia! Viva a liberdade! Feliz Ano Novo!
“Mudar o mundo meu amigo Sancho não é loucura, não é utopia, é justiça. ” (Dom Quixote)
São Luís, 30 de dezembro de 2020.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL
Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outro dez livros inéditos.
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS30.12.2020. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.