Por José Carlos Castro Sanches
“A melhor herança que um pai pode deixar ao filho é a firmeza em aspirar triunfos e a capacidade de assimilar derrotas.” (Moacir Dauito)
Dedico esta crônica aos pais biológicos e adotivos, com carinho. Boa leitura e reflexão!
Dê aos seus filhos o que você pode na hora certa. Não prometa o que não pode cumprir. Eles precisam viver no mundo real;
Oriente-os para conseguirem o que desejam através dos seus próprios méritos, cultivando boas amizades;
Mostre tudo o que há de belo e bonito para eles aprenderem a querer o melhor; A miséria, a pobreza e as dificuldades da vida são uma realidade e devem ser ensinadas para valorizarem ao próximo;
Defina metas tipo: se formar, trabalhar e casar (mantenha o foco e reforço positivo);
Estabeleça limites – se precisar de palmadas – não deixe para depois (“eduque e ensine a criança no caminho que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele”). Palmatória e carão com carinho;
“Quando o filho aprende com o pai, ambos dão risada. Quando o pai aprende com o filho, ambos choram.” (William Shakespeare)
Crie uma atmosfera de confiança e reciprocidade (“não basta ser pai tem que participar”);
Higiene pessoal, disciplina, respeito ao próximo, gratidão, integridade e ética são lições básicas;
Ensine-os a manter segredos, compartilhar as vitórias e dificuldades em família;
Atenção para o que fala e faz. A palavra lançada é como uma flecha. Uma ação vale mais que mil palavras. Você é o espelho para os seus filhos, eles refletem a sua imagem;
Diálogo, comunicação clara e objetiva desde bebê faz grande diferença (a chave para o sucesso);
“Não culpe os filhos pelos pais que tem, nem os pais pelos filhos que tem, ambos não têm culpa. ” (Patrícia Angel)
A perda ou morte é uma realidade que deve ser ensinada à criança;
Às garotas carinho, atenção, roupas adequadas. Devem estar sempre protegidas. Aos garotos mais liberdade mantendo o cuidado e zelo, Homem nasce homem, mulher nasce mulher;
Filhos precisam sentir segurança, firmeza e aprovação dos pais. Precisam aprender a receber o Não; Dizer não ao filho também é um ato de amor!
“Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar. ” (Bertrand Russell)
A educação familiar é intransferível. A escola (professores, coordenadores, assistentes, porteiros, colegas de turma…) não substituem o lar (pai, mãe e familiares);
Frequentar uma igreja e participar de encontros religiosos e ações comunitárias faz grande diferença na formação e desenvolvimento da criança, jovem e adolescente (acreditar que existe um Deus – ser superior é relevante e diferencial);
Tocar instrumentos musicais, cantar, dançar, participar de peças teatrais, aprender pelo menos duas línguas estrangeiras são virtudes admiráveis que devem ser ensinadas e reforçadas;
Aprenda com os erros e multiplique o amor – ninguém pediu para nascer. Independentemente de qualquer situação ou contexto a maior responsabilidade dos pais é educar os filhos para a vida;
Deixe que o seu filho (a) faça as próprias escolhas. A vida ensinará o que é melhor para ele (a). Não queira escolher desde a roupa que deverá vestir até o curso que deverá fazer;
Dê atenção genuína para o seu filho agora. Não procrastine a oportunidade de estar ao seu lado, porque depois poderá ser tarde demais;
Ensine-os a voar sozinhos. Assim acredito que construiremos um mundo melhor. Estou certo de que inúmeras outras dicas complementam este aprendizado contínuo nesta nobre missão de educar os filhos para a vida. Os filhos podem fechar os ouvidos para os conselhos, mas abrem os olhos para o exemplo.
“Os pais somente podem dar bons conselhos e indicar bons caminhos, mas a formação final do caráter de uma pessoa está em suas próprias mãos. ” (Anne Frank)
São Luís, 22 de dezembro de 2015.
Revisão 08.08.2020
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, União Brasileira de Escritores e PEN Clube do Brasil.
Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e mais nove livros inéditos.
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