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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

UMA VISITA A LOURIVAL SEREJO

Por José Carlos Castro Sanches

Por volta de 8h30min da manhã de uma segunda-feira ensolarada de 05 de outubro de 2020, sai de casa para um encontro especial com o Desembargador Lourival de Jesus Serejo Sousa. No dia anterior havia agendado esse compromisso com o ilustre Presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão – TJ MA, escritor e Membro Efetivo da Academia Maranhense de Letras – AML, ocupante da cadeira 35, patroneada por César Marques.

Às 9h já estava a postos, estacionando o carro numa rara vaga em frente ao Banco Bradesco a menos de cinco braças do Palácio de Justiça Clóvis Bevilacqua, me direcionei para o prédio, logo na entrada principal fui bem recepcionado pelo segurança de plantão, orientando para seguir até a recepção onde apresentei o documento requerido para identificação e liberação de acesso, em seguida passei pela triagem de bagagem e fui até o elevador acompanhado por um Senhor muito educado que vestia uniforme militar sendo apresentado à ascensorista para seguir ao segundo andar do prédio onde fica o gabinete presidencial.

Já no corredor do segundo andar, ao sair do elevador deparei-me com Lourival Serejo que passava acompanhado por outro colega, esboçou um sorriso escondido sob a máscara, enquanto disse-lhe que iria esperá-lo na recepção do gabinete, tendo o seu aval num gesto de positivo ao movimentar a cabeça, segui para o local combinado.

Às 9h25min cheguei à antessala do gabinete e fiquei aguardando pela chegada do nobre anfitrião. Sentado num sofá preto de couro, escoltado por duas belas moças, educadas e gentis, que trabalhavam atentamente naquele ambiente receptivo, que tinha nas paredes dois quadros emoldurados do pintor maranhense Péricles Rocha, um lustre pendurado ao centro e um ar condicionado de 18 000 BTUs que mantinha o ambiente fresco e agradável, nesta terra de sol e calor.

Enquanto aguardava ansioso pelo momento especial comecei a leitura do livro “Essencialismo” – a disciplina da busca por menos do autor Greg Mckeown, recomendado por minha filha Danielle Sanches, e reiterado pelo filho de Lourival Serejo, quando ao final da nossa conversa recomendei o livro para leitura.   

Logo parei a leitura e comecei a escrever esta crônica, enquanto um jovem senhor bem vestido nos trajes de garçom me serviu um copo d’agua, a pedido da secretária que atenta aos seus trabalhos, atendendo ao telefone e organizando a agenda do presidente, não esquecera do visitante que ora fascinado com a beleza daquele lugar escrevia enquanto o tempo seguia incólume e o coração batia acelerado na expectativa do encontro com o mestre.

Minutos depois a secretária autorizou a entrada no gabinete amplo, adornado de móveis rústicos e belos quadros nas paredes, mantendo um pouco das lembranças do passado histórico da nossa querida São Luís. O anfitrião sereno, tranquilo, discreto sentado elegantemente numa cadeira confortável em frente à mesa de trabalho, deu as boas-vindas discretamente, sempre em baixo tom de voz. Eu agradeci pela receptividade e por ter me recebido naquele encontro.  

Então disse-me: Sou todo ouvidos! Então, ainda tímido diante da autoridade e da beleza daquele ambiente acolhedor comecei a descrever o motivo do nosso encontro e a minha relação com a literatura, apresentei os 16 livros que levara em duas mochilas, uma a tiracolo e outra puxada com rodas.

Contei-lhe também um pouco sobre a minha trajetória profissional, sobre os trabalhos desenvolvidos nas áreas de segurança do trabalho, meio ambiente, higiene ocupacional, da experiência na liderança e gestão de pessoas, treinamentos de capacitação técnica, consultoria, professor de química e conhecimentos diversos adquiridos nos 27 anos que atuei na Alumar e nos 32 anos de atuação profissional.

Hoje atuo como Gestor de Segurança, Meio Ambiente e Higiene Ocupacional – SSMA pela Business Partners Serviços Empresariais –BPSE. Consultor de SSMA da CIMAR – Cimento Bravo do Maranhão S.A. Professor de Química do C.E.M Robson Martins pela SEDUC –MA. Instrutor de treinamentos de SSMA e Liderança para Empresas locais. Escritor, cronista e poeta e escrevo e publico diariamente no site falasanches.com, Linkedin, Instagram, Facebook e outras mídias, e no site Quarentena Literária e Tordesilhas. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL; Academia Rosariense de Letras, Artes e Ciências – ARLAC; Associação Maranhense de Escritores Independentes – AMEI; Membro Diretor da União Brasileira de Escritores do Maranhão – UBE MA. Autor de 16 livros de crônicas, contos e poemas, 6 destes publicados e 10 em processo de revisão e diagramação.

Retratei de forma rápida o meu fascínio pela leitura e escrita desde tenra idade e os passos que me fizeram chegar onde estou com escritor, cronista e poeta, sem deixar de citar as dificuldades que permeiam a árdua missão de um escritor para ganhar notoriedade em nosso país, além das incansáveis lutas diárias para tornar possível a publicação de livros com produção independente, o que certamente limita a produção literária de escritores talentosos.

O gentil anfitrião e observador atento, sabe ouvir e tem habilidade para fazer perguntas pontuais e assertivas, sem delongas vai direto ao ponto, demonstrando objetividade e foco. Assim chegávamos ao final da nossa conversa rápida, mas produtiva e edificante.

Presenteei-lhe os livros da Tríade Sancheana, que ao receber disse ter gostado muito do design da capa e acabamento, por serem atrativas. Em seguida perguntou-me sobre a minha pretensão para a AML, e qual cadeira estava pleiteando. Respondi e comecei a guardar os livros para não ser inoportuno, visto que o Desembargador e Presidente do Tribunal de Justiça é um homem extremamente ocupado com seus afazeres e responsabilidades, portanto, o seu precioso tempo deve ser usado com parcimônia.

Levantamos após a conversa. Perguntei-lhe se poderíamos registrar o momento com uma foto e se não se importaria de escrever sobre o nosso encontro, concordou com a proposta, sem restrição. Tivemos como fotógrafo o seu filho que gentilmente nos atendera com simpatia. Gostei daquele jovem educado, elegante e carismático, à primeira vista, a quem agradeço pela disponibilidade e gentileza.

As obras que ornamentam a sala do Presidente, é do artista Rogério Martins, e a ornamentação de Silvania Tamer que teve um enorme prazer em executar o projeto, após a leitura desta crônica ela me informou que os painéis têm como tema a Deusa da Justiça, assim como várias obras com o estilo e a técnica de Rogério, com a inspiração no nosso casario colonial.

Recomendei a leitura do livro “Essencialismo”, entreguei um cartão pessoal para os dois, nos despedimos, seguiu-me até à porta e fechamos a página daquele primeiro encontro que certamente se multiplicará pelas vias do propósito que nos fez próximos: o apreço pela literatura, cultura e conhecimento. Em breve estaremos relembrando o primeiro encontro e construindo juntos novas possiblidades para estender a sapiência dos beletristas da Casa de Antônio Lobo por todos os recantos do universo.

Esperamos inspirar e ampliar os horizontes das pessoas com o que fazemos, e desejamos que elas apreciem o nosso talento, a possibilidade de falar ao coração da humanidade, de tocar a sensibilidade individual e coletiva, de suscitar sonhos e esperanças, de expandir as fronteiras do conhecimento tornando o mundo mais justo, fraterno, inclusivo e os homens e mulheres mais sábios para desfrutarem da convivência harmônica e pacífica com igual oportunidade para todos.

Com esse espirito me aproprio do que tenho de melhor para oferecer, a minha pena escorreita, sorrateira, leve e fluida que libera a tinta como se fosse mel para adoçar a folha de papel e, em cada letra, palavra, frase, parágrafo ou texto escrito possa deixar o perfume dos lírios para aromatizar a vida, o canto dos pássaros para demonstrar a alegria genuína do amanhecer ao anoitecer de cada dia, o ruído das ondas do mar e das folhas ao vento transportando a felicidade, assim como o pólen que se dispersa pela natureza e faz brotar a esperança de dias melhores nessa imensidão abençoada de terra, mar, mata, ar, sol, areia e luar que nos faz acreditar que a vida é feita para amar.

Meu querido confrade Lourival Serejo que a luz do soberano Deus possa continuar iluminando o seu caminho de sucesso e realizações. Que a sua vida seja uma eterna projeção de estrelas cintilantes que reproduzam amor, generosidade, fraternidade, paz e acima de tudo a justiça da qual você é o nosso maior defensor.

Tenho a honra de poder nestas poucas linhas deixar guardado para a eternidade o registro deste momento ímpar imortalizado nesse breve encontro, tão efêmero como a vida e fugaz como um cometa, porém marcante, como um vinho especial que tem o sabor sui generis. Assim, encerro cumprimentando-o pela verve literária que nos uniu, sem os livros, a poesia, a crônica e a busca incansável pelo conhecimento estaríamos distantes.

São Luís, 05 de outubro de 2020.            

José Carlos Castro Sanches                                        

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.

Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outros nove livros inéditos.

Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta.

Adquira os Livros da Tríade Sancheana, composta pelos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS05.10.2020. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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