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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

UMA DIVERTIDA CONVERSA COM RONALDO COSTA FERNANDES

Por José Carlos Castro Sanches

“É engraçado até que alguém se machuque, depois acaba sendo hilário! ” (Billie Joe-Green Day)

Ronaldo Costa Fernandes é Membro Efetivo da Academia Maranhense de Letras – AML, ocupante da Cadeira 31, patroneada por Raimundo Lopes.

Um fato curioso antecedeu a minha conversa com o ilustre acadêmico Ronaldo Costa Fernandes, já se passavam quase dois meses que mantinha comunicação por meio de um telefone, imaginava eu que fosse com o notável professor e acadêmico. Ao cadastrar o número do seu contato, no meu celular troquei o código de Brasília pelo de São Luís, então passei a enviar mensagens para um desconhecido, julgando ser para o interessado.

Depois de inúmeras crônicas, textos e informações pessoais enviadas, eventualmente recebia uma mensagem a primeira, foi após ter divulgado a crônica “O Panteon da Glória” que retrata uma visita que fiz à Praça Deodoro da Fonseca, após a restauração, a mensagem recebida dizia: “vale 500”. Eu acreditando que estava conversando com Ronaldo respondi, mesmo sem ter entendido o motivo: “ Você paga? Estou precisando para a impressão de três livros que estão na gráfica. Rsrsrs. Forte abraço e bom dia querido confrade Ronaldo”. Em seguida continuei os contatos e nenhuma notícia chegava, para o esperado encontro que tentava agendar.

No dia 13 de novembro de 2020, insisti na tentativa de obter uma resposta por meio do WhatsApp: “ Grande Mestre Ronaldo Costa Fernandes, boa tarde”. Mais uma vez recebi o sinal de vida do indivíduo suspeito que se encontrava do outro lado da linha querendo se passar por Ronaldo, que dessa vez respondeu: “Olá boa tarde. Retruquei escrevendo: “Este que vos fala é José Carlos Sanches, estou inscrito para o processo sucessório da vaga em aberto para a cadeira 32 da AML, outrora ocupada pelo saudoso Sálvio Dino. Liguei algumas vezes para o seu telefone e não obtive sucesso. Gostaria de conversar com você. Posso ligar para qual número? ”. 

Dessa vez o mentiroso foi mais ousado dizendo: “No momento estou muito ocupado e preciso urgentemente de uma ajuda. Precisando de R$ 100,00. Tem como me emprestar? ”  Naquele momento tive a certeza de que não estava conversando com um acadêmico, pela linguagem “chula”, respostas imediatas e desconectadas do contexto. Mais uma vez respondi: “Você me pegou de calças curtas, estou sem dinheiro no bolso e na conta”. Ele disse: “Ok muito obg.”, e finalizei educadamente: “Desculpe por não poder ajudá-lo no momento. Forte abraço e boa tarde. ”

Passamos nove minutos trocando mensagens, em seguida fui consultar o número do telefone e percebi o equívoco no código DDD. Em nenhum momento havia falado com quem de fato eu desejava, a partir daquele momento bloqueei o malandro, não identificado e liguei para o eminente Ronaldo da Costa Fernandes. Então, a partir daquele instante eu falava com a pessoa certa.

“Toda a obra de um homem, seja em literatura, música, pintura, arquitetura ou em qualquer outra coisa, é sempre um autorretrato; e quanto mais ele se tentar esconder, mais o seu caráter se revelará, contra a sua vontade. ” (Samuel Butler)

Fiz toda essa introdução para dizer da minha satisfação pela conversa agradável com o poeta e escritor ludovicense Ronaldo Costa Fernandes, que sucedeu o escritor Josué Montelo na AML. Graduado em Letras e Mestre em Literatura Hispano-Americana pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília. Ex-professor de Literatura na Universidade Notre Dame e na Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante. Liderou o Setor de Arte e Cultura da Universidade Católica de Brasília e trabalhou na Secretaria Especial da Presidência da República. Ex-coordenador da Funarte-Brasília. Dirigiu o Centro de Estudos Brasileiros em Caracas, na Venezuela e foi professor-convidado de Literatura Brasileira na Universidade Central da Venezuela. Pertence ao quadro do Ministério da Cultura. Trabalha no Conselho Editorial do Senado Federal. É também membro da Academia Brasiliense de Letras, ocupando a cadeira 18, patroneada por Cláudio Manuel da Costa. Autor dos livros: Andarilho, Memória dos porcos, A ideologia do personagem Brasileiro, Um homem é muito pouco, Máquina das mãos, O viúvo, O morto solidário, Conserto para flauta e martelo, O apetite dos mortos, Domício da Gama, Difícil exercício das cinzas, dentre outros.

Pude perceber um misto de paixão, amor e vocação do egrégio acadêmico pela literatura, se assim não for deixou em mim essa suspeita.

“O amor e a literatura coincidem na procura apaixonada, quase sempre desesperada, da comunicação. ” (Jorge Duran)

Ao começar a minha conversa com Ronaldo descrevi o acontecimento acima, assim quebramos o gelo para um bate-papo promissor, apresentei-me disse do meu objetivo sobre o pleito para a AML, falei a respeito das minhas publicações, livros, site falasanches.com, página Fala, Sanches do Facebook, discorri um pouco sobre a minha trajetória pessoal e profissional e o que me fez trilhar o caminho da literatura e tornar-me escritor, cronista e poeta, motivo pelo qual me permito pleitear uma vaga na prestigiada Academia Maranhense de Letras – AML.

“A literatura é a expressão da sociedade, como a palavra é a expressão do homem. ” (Louis Bonald)

Querido Ronaldo Costa Fernandes quero agradecer pela atenção e generosidade durante o nosso breve contato, onde com simpatia, sorriso e alegria pudemos trocar experiências e conhecimentos, somados aos conselhos e orientações para continuar a missão honrosa rumo à Casa de Antônio Lobo.

Tenho absoluta convicção de que em breve nos encontraremos para juntos desbravarmos o misterioso mundo da literatura que se sustenta das ideias, sentimentos, criatividade e inovação de homens e mulheres dedicados a multiplicar a essência do verbo, transformando-o em sementes férteis nas academias que florescem como os jardins de flores belas, perfumadas com borboletas livres para voar pelo universo das letras. Deus seja louvado!

“A solução dos problemas humanos terá que contar com a literatura, a música, a pintura, enfim com as artes. O homem necessita de beleza como necessita de pão e de liberdade. As artes existirão enquanto o homem existir sobre a face da terra. A literatura será sempre uma arma do homem em sua caminhada pela terra, em sua busca de felicidade. ” (Jorge Amado)

São Luís, 13 de novembro de 2020.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.

Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outros nove livros inéditos.

Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta.

Adquira os Livros da Tríade Sancheana, composta pelos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS13.11.2020. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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