Por José Carlos Castro Sanches
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“Beijo é um carimbo que serve para mostrar que a gente gosta daquilo.” (Adriana Falcão)
Dedico esta crônica ao poeta, escritor, imortal e intelectual José de Ribamar Fernandes, nascido em Arari-MA, em 30 de janeiro de 1938, filho do professor e comerciante Nestor Fernandes e dona de casa Teresa de Jesus Fernandes. Autor dos livros: Dor amor e poesia; Poemas do Início; Caminho da Alma; A Representação Paritária na Justiça do Trabalho; O Educador Silvestre Fernandes; Crônica Arariense; Portal do Infinito; O Rio; Gente e Coisas da Minha Terra, entre outros.
José Fernandes, hoje com 80 anos de idade e muita sabedoria, é um homem trabalhador, incansável, generoso, eloquente, de caráter da melhor estirpe, mente ágil, imaginação ardente, vigor de expressão e inteligência em permanente ebulição. Tive o privilégio de conhecê-lo e tornei-me seu admirador, pela empatia gratuita que nos permitiu o fervoroso encontro.
Neste dia 01 de novembro de 2018 estou completando mais uma etapa da minha missão de escritor. A parte mais fácil como já disse outras vezes, é escrever as crônicas, artigos, poemas, prosas e versos. O difícil é transformar tudo isso em livros – são tantas exigências que só não desisto porque tenho uma meta bem definida, tenho foco e não vou deixar morrer um sonho na beira do rio, ou melhor na beira do mar. Pensava que fosse mais fácil, mas nunca desisto quando tenho um objetivo que considero importante para a minha vida.
“Quem carrega o próprio balde de água sabe o valor de cada gota derramada no chão.” (Autor desconhecido)
Escrever um livro é mais que um objetivo é um sonho de criança que está prestes a ser realizado. Quero iniciar essa nobre missão de escritor com uma trilogia, que sapeca na lenha, cintilando no fogo denso e brevemente surgirá como uma chama intensa a iluminar o torrão maranhense sob os cantos dos sabiás nas palmeiras verdejantes, que outrora foram inspiração do nosso poeta maior Antonio Gonçalves Dias, e no presente, são também minhas.
Hoje o ilustre escritor e poeta Arariense JOSÉ FERNANDES a quem tive a honra de conhecer através de suas belas obras concluiu o prefácio da trilogia que estarei lançando em breve nas livrarias de São Luís. O autêntico beletrista, afortunado pela verve poética e abençoado pelo jaez da escrita fácil e profunda, brinca com as palavras, num misto de simplicidade e sagacidade que impressiona e encanta os amantes da literatura e da arte de bem escrever. Eu aqui neste parágrafo quis imitá-lo, de propósito, usando algumas de suas palavras fluentes no seu acervo bibliográfico para demonstrar o meu sincero apreço pela linguagem erudita.
“Ser poeta é voltar a ser criança e brincar com as palavras.” (Jefferson Pires)
Há aproximadamente dois meses após a leitura de um dos seus livros me apaixonei pela forma fácil, leve e cativante que o nobre escritor se deleita nos versos e prosa naquela máquina de escrever antiga – que se nega a perder a magnificência e autoridade – pelo medo de distanciar-se desse magistral condutor das letras, palavras e frases de efeito e profundidade só vista nos escritos de intelectuais, letrados das melhores academias de letras do universo.
O meu querido prefaciador, que vou aqui chamar de “amigo” pelo singelo ato, sem esperar nada em troca, senão o interesse genuíno de ajudar o embrionário escritor, que carecia de um magistral prefácio para a sua obra-prima e o encontrou no recanto daquele apartamento; naquele homem pequeno, benevolente, simples de muita inteligência, vivacidade e extraordinária capacidade de simplificação. Ao contrário do telescópio que quando aumenta o seu alcance, diminui os seus detalhes, o ilustre escritor, aumenta o seu alcance mantendo a percepção aos detalhes com frieza, assertividade e paciência relaxante. Um dom de poucos!
Lembro-me da primeira vez que conversei por telefone com José Fernandes. Perguntei-lhe se poderia fazer o prefácio dos meus primeiros livros (Trilogia). Pediu-me que fosse a sua residência para tratarmos pessoalmente do assunto e levasse cópia impressa dos livros. Então, agendamos uma reunião.
Senti naquele primeiro encontro uma sintonia de ideias e pensamentos, um misto de afinidade e identificação que me fizeram ter a certeza de que havia encontrado a pessoa certa para o ofício que almejava, o que justifica a premissa de que nada ocorre por acaso.
“Lindo é o gesto não ao mundo manifesto,
feito na tua direção
sem esperar nada em troca, sem nenhuma condição.
Mais lindo ainda é a bondade gratuita,
o amor, a simpatia, o carinho em secreto,
o cuidado e afeto por aquele que nunca cruzou teu caminho…
nunca nem de ti passou por perto…” (Rosangela Calza)
Entreguei ao admirado escritor José Fernandes, três livros para que ele fizesse a leitura e a partir destes consumasse a esperada apresentação (Prefácio) para que tomado destas pudesse eu, enriquecer o meu trabalho de aspirante a escritor.
Assevero a vocês que na simplicidade da escrita consistente e clara, me senti honrado, prestigiado e feliz com tamanha capacidade daquele homem ao perceber tantas qualidades e detalhes, naqueles escritos que o entreguei para serem avaliados, em tão pouco tempo.
Fiquei deveras impressionado com a precisão das suas palavras para descrever de forma objetiva, clara e simplificada em apenas duas laudas um compendio dos meus livros escritos de mais de 350 páginas. Disse-me que faz leitura dinâmica e ainda pediu desculpas porque não teve tempo para ler com atenção todos as crônicas. Imagina se assim o fizesse certamente escreveria uma enciclopédia, se pela leitura rápida já fez tão bem o admirável trabalho. Um observador nato com extraordinária capacidade de percepção.
Estou duplamente feliz, primeiro porque acertei na escolha, depois porque conheci um homem sensível, humilde e sereno que me ensinou em poucas palavras o sentido da verdadeira fluidez nas letras e no verbo.
“Para ser poeta basta ser sincero, escrever o que sente, amar o que realmente deseja, e esquecer a beleza superficial das palavras que formam a poesia, pois se verdadeiro é o seu sentimento, puro será seu coração…e lindas serão suas palavras!” (Bruno Augusto A. Costa)
Não irei descrever aqui o prefácio escrito pelo exímio escritor, deixarei esta surpresa para os leitores quando adquirirem a obra- prima intitulada pelo brilhante escritor como: TRÍADE SANCHEANA, formada pelos livros: Colheita Peregrina; Tenho Pressa e A Jangada Passou, frutos de inspiração e desejo de realização do autor.
Digo que já valeu a pena o que até aqui se passou para conseguir o mérito de estar com pessoas tão especiais com as quais tive a oportunidade de conviver durante esta jornada de escritor, dentre elas destaco: Renata Souza, Maria de Ribamar Silva e José Fernandes, cada um destes com o seu lugar muito especial em meu coração. A primeira por organizar todos as minhas publicações e transformá-las em livros, a segunda por revisar os 3(três) livros e orientar sobre aspectos gramaticais e o terceiro por transformar de forma simples e objetiva uma emaranhado de letras, palavras e frases num prefácio de duas páginas que traduz de forma breve e singela o louvável trabalho do autor, introduzindo de maneira magnifica os leitores à brilhante obra.
“A gratidão é o único tesouro dos humildes.” (William Shakespeare)
Mais uma vez, fiquei extasiado quando o insigne escritor declamou o prefácio, numa leitura tranquila, no seu baixo tom de voz, naquela mesa redonda de vidro na varanda do seu apartamento ao vento que soprava forte em duas criaturas que ali se deleitavam na literatura do mais alto nível, aquele notável juiz das letras e eu estávamos embriagados pela beleza eminente do verbo que se fazia poesia na terra de Gonçalves Dias.
Não me contive após a conclusão da leitura do prefácio pelo prestigiado homem das letras, foi tanta a emoção que tomou conta de mim que de forma inesperada e espontânea dei-lhe “UM BEIJO NA TESTA”, com tanta vontade e energia que devo ter assustado o egrégio professor. Um texto com centenas de linhas, não provam nem metade, do que um inesperado beijo na testa prova.
“O beijo é uma forma de diálogo.” (George Sand)
Não me lembro, de ter antes, dado um beijo em outro homem como fiz naquela oportunidade. Era tanta alegria, satisfação misturada com entusiasmo, realização que não sei quantas vezes antes em minha vida tive um momento tão especial como aquele.
“Bonito mesmo é um abraço inesperado, um beijo roubado, um sorriso sincero, uma lágrima de felicidade. Bonito mesmo é o sentimento verdadeiro, o sentir-se perto mesmo estando longe. É se doar sem querer nada em troca, é pensar que a vida é mais do que um dia triste ou uma noite de pesadelos.” (Pedro Bial)
Para completar a surpresa e a minha satisfação o conceituado letrista me presenteou com um dos seus livros de crônicas: AO SABOR DA MEMÓRIA, no qual escreveu sobre o seu autografo: “Ao amigo Sanches, professor e escritor, com estima. São Luís, 1º de novembro de 2018. José Fernandes.”
“A simplicidade é o último degrau da sabedoria.” (Khalil Gibran)
Senti-me prestigiado com tão grande honraria do preclaro homem das letras, que ali tão próximo, se ajuntava a mim naquela missão de elevar a literatura para além da solidão a que me referi quando conversávamos. Porque os poetas, escritores em sua maioria vivem a solidão do pensamento, da escrita, juntos aos seus livros, cadernos, agendas, máquinas de escrever, computador, na cidade ou interior, no mar, no ar, na terra ou em qualquer outro lugar, mas ali estávamos nós dois não mais solitários – solidários na arte de escrever. Apenas o sol e o vento, as paredes, José Fernandes e eu presenciamos aquele momento de magia que nunca mais se repetirá. Um minuto sublime de vasta grandeza e profundidade que só os poetas sabem valorizar. A vida é bela!
“Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.” (Clarice Lispector)
Minha eterna gratidão a José Fernandes por proporcionar um clima fraternal, com tão poucas palavras e muito amor incondicional.
“Quem acolhe um benefício com gratidão, paga a primeira prestação da sua dívida.”
(Sêneca)
Que Deus ilumine os seus caminhos, fortaleça os seus passos e permita que dias de alegria contagiem a sua vida e dos seus familiares.
Você ganhou um amigo e admirador que nunca esquecerá da sua simplicidade e seguirá o seu exemplo sempre que algum aspirante a escritor buscar a minha ajuda lembrarei de você. Espero que num futuro breve, Deus me permita ocupar um lugar de destaque na Academia Fernandense de Letras para seguir os seus passos. Meu muito obrigado!
“Todas as grandes coisas são simples. E muitas podem ser expressas numa só palavra: liberdade; justiça; honra; dever; piedade; esperança.” (Winston Churchill)
São Luís, 02 de novembro de 2018.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Atheniense de Letras e Artes, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia de Letras, Artes e Cultura de Coroatá, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes e Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Ciências.
Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, Gotas de Esperança, A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô e Pétalas ao Vento. Disponíveis na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja on-line www.ameilivraria.com; e no site da Editora Filos: https://filoseditora.com.br/?s=Sanches
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches, com crédito aos autores e fontes citadas, e está licenciada com a licença JCS02.11.2018. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.