Por José Carlos Castro Sanches
(Extraído do Livro “Gotas de Esperança”, páginas 233 a 236, de própria autoria. Áudio na voz de Robson Junior – radialista, produtor e comunicador maranhense)

Bumba meu boi
O maior desejo de Catirina
Era comer a língua do boi
Pai Francisco foi além
E lhe trouxe muito mais
O troféu da liberdade
Patrimônio Cultural
Imaterial da Humanidade.

Bumba, Bumba meu boi
Boi-bumbá
Bá, bum, boi
Memória viva de um povo
Presente do Maranhão
Cultura, arte e literatura
Que vibra no coração
Poesia, música e beleza
Pureza e tradição
Que a todos enaltece
Com tamanha emoção.

Lá vem o bumba meu boi
Vem à frente um lindo Boi
Símbolo da força bruta e resistência
Seguem com suas indumentárias
Índias, índios e cazumbás
O dono da fazenda, o Pai Francisco
E a Mãe Catirina
Vaqueiros, miolos e mutucas
Músicos, caboclos e burrinha
Uma festa da diversidade e nobreza
Neste Estado fértil da farinha.

Bumba meu boi
Hoje és patrimônio Imaterial
A humanidade reconhece o teu valor
E o Maranhão se orgulha
Do seu grande esplendor.

Bumba meu boi
Nos diversos sotaques
Matraca, zabumba
Baixada, Costa de mão
E orquestra que teve origem
Em Rosário do Maranhão
Minha terra e meu ninho
Abençoado torrão.

São muitos os instrumentos
Para tanta animação
Instrumentos de sopro e de corda
Saxofone, clarinete, piston e banjo
Maracá, tamborino…
Cuíca, zabumba e tambor de fogo
Matraca, tambor onça e pandeirão
Tudo junto e misturado
Agradecendo a São João
Na festa mais animada
De todo o maranhão.

Com diversificado ritmo e coreografia
Alegria, melodia e sonoridade
É o divino espectro da magia
Apreciada pelos povos
Pela linda fantasia.

Bumba meu boi
Por toda a humanidade
Uma festa deslumbrante
Para criança, adulto e terceira idade
Assistem todos boquiabertos
Diante da grandiosidade
É algo só comparável
Aos píncaros da majestade.

Bumba meu boi
Encanto, beleza e magia
Nos coloridos arraiás
Da nossa bela Upaon-açu
Orgulho dos Tupinambás.

Bumba, bumbá meu boi
De Rosário, Morros, Axixá
Brilho da Ilha, Barrica
Nina Rodrigues e Ribamar
São Simão, Liberdade, Pindaré
Maracanã, Maioba
Pindoba e Santa Fé.

Tem inúmeros outros grupos
Que não os posso contar
A diversidade é tamanha
Que a muitos vou ofuscar
E já os peço desculpas
Por todos não poder citar.

Viva o “bumba meu boi” do Maranhão!
O dia 10 de dezembro de 2019
Sempre será lembrado
Pela justa homenagem
Orgulho de um povo humilde
De abundante cultura e coragem
Riqueza, bravura e glória
Digno de longa-metragem
Pela merecida vitória
Neste tempo de estiagem.

Quanto orgulho, meu boizinho
Que nasceu no meu torrão
Vem de longe a tua luta
Hoje orgulho da nação.

Bumba meu boi
Patrimônio Cultural
Imaterial da Humanidade
De Bogotá a São Luís
Reina a felicidade.

São Luís, 13 de dezembro de 2019.

José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou (Tríade Sancheana); No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro! (Trilogia da Vida), e outros dez livros inéditos. Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta. Adquira os Livros da Tríade Sancheana e Trilogia da Vida na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS13.12.2019. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.