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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

TRAÍDO PELAS MURIÇOCAS!

“Em uma noite tranquila, o som alto do vizinho não é menos irritante do que um pernilongo. ” (Marcellus)

Que pena! Dormindo sozinho sem muriçoca.

As minhas visitas à casa dos meus pais em Rosário se restringem normalmente ao dia porque à noite quase
sempre temos a companhia dos indesejáveis mosquitos (que chamamos de “praga, pernilongo”), que associados
ao calor me forçam a usar um ventilador e, devido à minha sinusite e alergia, tenho sucessivos espirros e no dia
seguinte, sei onde vou parar.

A noite fica curta e o sono se vai. Certa vez saí de Rosário às 23:00 outra às 02:00 da madrugada para dormir na minha casa em São Luís.

Minha querida mãe já não pergunta mais quantos dias vou ficar com ela. Porque a minha permanência depende
das pragas, do calor e da paciência. É muito comodismo. Não é? Tem lugar melhor para ficar do que a casa dos pais?

Nesta sexta-feira Santa, eu e Socorro estamos visitando os nossos queridos pais e sogros. Tudo fica mais fácil porque eles moram na mesma cidade. Assim, eu e minha esposa sempre ficamos juntos, inclusive nos feriados, quando visitamos os nossos familiares.

Como resolvi contar as coisas que vivo por meio de crônicas, contos, poemas e textos sobre temas universais, aproveito o ensejo para descrever mais esse momento especial e compartilhar as lições aprendidas com os meus leitores. Como recebi a recomendação para ser objetivo. Vou direto ao ponto.

Hoje ao sair da casa dos meus sogros minhas cunhadas Elizete e Marinalda Monteiro sugeriram que eu escrevesse sobre “uma noite com as muriçocas”, visto que na casa dos meus sogros, onde pernoitaram com a minha esposa e familiares, eles estavam sufocados pelas picadas daqueles insetos inoportunos.

Para minha surpresa ao chegar na casa de minha mãe descobri que não tinha motivos para maldizer as “pragas”
visto que elas, sabendo da minha maldosa intenção, nessa noite não deram o ar da graça, desapareceram, se foram para bem longe. Fui traído pelas muriçocas.

A inspiração para escrever sobre o tema proposto, foi então, desviada por falta das protagonistas. De que adiantaria falar de alguém distante? Não faria sentido. Seria dupla traição.

A noite está fria. Eu que quase sempre durmo ao lado da minha querida esposa hoje estou sozinho, sem os pernilongos para tirar o meu sono.

Acho que a desculpa dos mosquitos era apenas um pretexto para ir embora e poder dormir ao lado da amada, debaixo daquele edredom no quarto resfriado e abençoado da nossa humilde casa.

É o costume de dormir no ar condicionado, que nos faz esquecer dos tempos de criança onde dormíamos com muriçoca, calor, carinho e amor na casa dos nossos queridos pais. Agora a pele e o nariz ficaram sensíveis, e não suportam mais uma noite ao calor com as muriçocas.

Amanheceu o dia. O coração muda quando aprende a amar! Mais uma sexta-feira Santa, logo cedo o café com canjica e pamonha, ao meio dia o almoço posto sobre a mesa com muito bobó de abóbora, torta de camarão, peixe frito e cozido, muita fartura, misturada com a alegria de estarmos juntos aos familiares.

Chegou a noite e estou sozinho esperando a novela terminar, escrevendo essa crônica, apressado para assistir a um filme sobre a história de Jesus Cristo “o maior de todos os homens”, filho de Deus. O sangue de Jesus cheio
de poder sem pernilongos me picando, graças a Deus.

Depois fui dormir sozinho naquela cama de casal, numa noite fria sem muriçoca. Vale a pena aproveitar todas as noites quando estivermos juntos meu bem. Boa noite! Minha linda dos olhos de mel.

Feliz Páscoa a todos! Que o soberano Deus ilumine a vida e, o alimento abundante perdure para sempre no lar abençoado dos nossos pais. Pedimos a proteção do Senhor para juntos desfrutarmos de muitas Sextas-feiras da Paixão ao lado deles.

“Senhor, em suas mãos entrego a minha vida e o meu coração. Em ti confio tudo que é meu, pois sei meu Deus
querido que assim como venceste a morte na cruz por tão grande amor a mim, me farás vencer cada luta em
minha vida e em sua presença cantarei o hino da vitória” (Cecília Sfalsin)

Que haja Deus em nós! Que vivamos uma vida simples de maneira extraordinária como o eremita que usa uma pedra como travesseiro para dormir sozinho num monastério sem reclamar de nada, apenas a agradecer pelo presente da vida, pelas bênçãos recebidas, pela vida abundante em oração, trabalho e estudo, sem luxo e extrema felicidade. Assim seja!

“Família é quem te respeita, respeita sua vida, suas escolhas e te ama incondicionalmente. Seu sangue até pernilongo tem!” (Rodrigo Santos)

José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.

Rosário, 14 de abril de 2017.

Visite o site falasanches,com e a página Fala, Sanches (Facebook).

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