Por José Carlos Castro Sanches
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Primeiramente quero esclarecer que não sou psicólogo, psicanalista, psiquiatra, assistente social, tampouco atuo em áreas afins, irei me deter a reportar uma percepção sobre comportamento observável durante as interações com alunos a respeito da catástrofe no Rio Grande do Sul.

Tenho como ponto de partida uma experiência particular e a curiosidade acerca dos efeitos psicoemocionais devastadores decorrentes dos desastres naturais. Especialmente a depressão, a ansiedade, o estresse momentâneo, transtorno de estresse pós-traumático; traumas, fobias, danos emocionais em decorrência das tragédias e de qualquer outra desordem emocional ocasionada após desastre. Os fatos supracitados instigam a busca pela resposta ao questionamento que segue: Quais os efeitos psicoemocionais das catástrofes? Como cuidar da saúde mental após tragédias?

Sabe-se que desastres ambientais, períodos de crise e tragédias impactam diretamente a saúde mental. Alguns estudos estimam um aumento de transtornos emocionais como depressão, ansiedade e estresse em populações que passam por situações de crise, que se comprovam entre os gaúchos e por extensão brasileiros em decorrência da enchente no Rio Grande do Sul.

O fator determinante para a minha busca decorre de alguns aspectos que chamaram a minha atenção, motivo desta reflexão: O sentimento dos brasileiros em decorrência da tragédia ambiental no Rio Grande do Sul; a comoção de pessoas próximas e desconhecidos; a observação durante discussões em sala de aula em que muitos alunos não se sentiam confortáveis ao tratar do tema; angústia, tristeza, ansiedade e certo desequilíbrio emocional manifestado com elevada intensidade – não apenas em decorrência do fato momentâneo.

Gostaria de obter uma resposta com base científica e estudos de psicologia e psiquiatria, sobre o comportamento e fragilidade psicoemocional acentuada das pessoas diante das catástrofes, especialmente das crianças e idosos. O que está por trás desse comportamento? Como reverter a tendência de aumento de doenças psicológicas? Qual a causa dos distúrbios emocionais? O desequilíbrio emocional acentuado tem alguma correlação com o período de reclusão durante a pandemia? Existem outros fatores externos agravantes? Estes são alguns questionamentos de um observador leigo e curioso em busca de respostas convincentes.

São Luís, 13 de maio de 2024.
José Carlos Castro Sanches. Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. É químico, professor, escritor, cronista, contista, poeta e trovador brasileiro. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes, da Academia Vianense de Letras e da Academia de Ciências, Letras e Artes de Presidente Vargas. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô; Pétalas ao Vento; Borboletas & Colibris (em parceria); Das Coisas que Vivi na Serra Gaúcha, Divagando na Fantasia em Orlando; Me Leva na Mala. Além da participação em diversas Antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS13.04.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.



