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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

SOLITÁRIO

Por José Carlos Castro Sanches

FONTE DA IMAGEM: INTERNET

“Deem uma companhia ao solitário e ele falará mais do que qualquer pessoa.” (Cesare Pavese)

O meu computador apresentou problema e levei-o para uma oficina especializada. Era necessário um “upgrade”, ou seja, atualizar a versão antiga para uma mais recente. No caso específico aumentar a memória e a velocidade, trocar a bateria para manter a energia quando fora da tomada elétrica, formatar e organizar os arquivos que desordenadamente ocupavam espaço no meu inseparável “Dell”. Quase “consorte” e amigo fiel.

O meu hábito de escrever diariamente ficou comprometido, os leitores devem ter percebido – a demora na manutenção a cada dia me incomodava – foram apenas cinco dias que pareceu durar uma eternidade. Sem que eu pudesse acariciar as teclas do companheiro leal e indissociável, parceiro de todas as horas com o qual compartilho as alegrias e tristezas, vitórias e frustrações diárias.

O computador já é quase o meu psicanalista, onde no divã durante as sessões de “psicanálise”, no meu escritório, converso com ele sobre sonhos, projetos, realizações, conquistas e desencantos. Ele é a minha companhia silenciosa quando estou trabalhando solitário em home office ou escrevendo crônicas, contos, poemas, sátiras, artigos ou textos sobre temas universais diversos que compartilho diariamente com os leitores ávidos por novidades.

FONTE DA IMAGEM: INTERNET

“Deus criou o homem e, não o achando bastante solitário, deu-lhe uma companheira para o fazer sentir melhor a sua solidão.” (Paul Valéry)

Cria-se vínculo até com os objetos de uso pessoal. É incrível a capacidade que temos de nos apegar, deve ser uma necessidade intrínseca do ser humano para sentir-se acompanhado e fugir da solidão. Sempre buscará uma fuga, seja no rádio, no celular, na internet, no computador ou na televisão, dentre inúmeras possibilidades de interação por necessidade, vício ou atração. Cada indivíduo terá um motivo para justificar a razão. Eu sei o meu. E você?

Pode parecer simples, mas a interação diária com esses instrumentos de trabalho e entretenimento nos tornam cada vez mais submissos, dependentes e solitários no meio da multidão.

Multidão conectada - Revista Cult

“Na solidão, o solitário devora a si mesmo; na multidão devoram-no inúmeros. Então escolhe.” ( Friedrich Nietzsche)

São Luís, 21 de fevereiro de 2022.                                                         

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança, Pérolas da Jujuba com o Vovô e catorze livros inéditos. Visite o site falasanches.com e a página “Fala, Sanches” (Facebook) e conheça o nosso trabalho.

Adquira os Livros da Tríade Sancheana: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja on-line www.ameilivraria.com; os livros da Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!, no site da Editora Filos: https://filoseditora.com.br/?s=Sanches

O Livro “Pérolas da Jujuba como Vovô” com edição limitada você poderá adquirir diretamente com o autor ou na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja on-line www.ameilivraria.com

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS21.02.2022. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

Comments (4):

  1. Maura Luza Frazão

    10 de março de 2022 at 22:42

    Uma interessante narrativa poética. Amei demais!!

    Responder
    • José Carlos Sanches

      11 de março de 2022 at 22:51

      Obrigado poetisa Maura Luza. Siga firme o seu propósito literário produzindo belas Poesiaa Spinas.

      Responder
  2. Maria do Socorro Menezes Monte

    11 de março de 2022 at 14:59

    Quando vc se sentir solitário lembra que estou aqui ao seu lado marido maravilhoso!

    Responder
    • José Carlos Sanches

      11 de março de 2022 at 22:53

      Estou certo disso amada esposa. Dessa solidão não sofro por ter você sempre ao meu lado.

      Responder

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