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RELATO SOBRE OCORRÊNCIAS – APTO 301 – VARESE – CONDOMÍNIO JARDIM DE LOMBARDIA

Por José Carlos Castro Sanches e Maria do Socorro Menezes Monteiro Sanches

Data: 24 / 05 /2021

Nota prévia: Escritos sem revisão, apenas para descrição dos fatos – requer ordenação das ideias e informações pelo advogado (a) responsável pela causa. Este registro deve seguir o anteriormente divulgado para os condôminos e compartilhado com a advogada do condomínio com o título “DESABAFO DE UM CONDÔMINO! ”

            Descrevemos as ocorrências de retorno de água servida com espumas que provocam sistemáticos alagamentos na cozinha, com extensão para a sacada, corredor e sala, interligados pelo piso de mesmo nível – permitindo ampliar os danos sempre que o fato se repete provocando elevado stress, transtorno e desconforto aos moradores do referido imóvel. Tendo como consequências: danos ao móveis e, potencialmente aos eletrodomésticos (água não combina com eletricidade – podendo provocar choque e fatalidade); prejuízos com material de limpeza e retrabalho após a recorrência dos eventos – que não foram poucos ao longo dos últimos três anos – apesar das insistentes solicitações junto à Cyrela e intervenção do Conselho Administrativo do Condomínio Lombardia – na pessoa do saudoso Vinhas e Fábio responsável pela administração do condomínio e demais partes envolvidas.

Muitas vezes nos abstemos de comunicar e procedemos a limpeza sofrendo calado, agora resolvemos tornar público e encaminhar providencias jurídicas junto aos responsáveis legais, em primeira mão por este instrumento – caso não se obtenha a resposta e solução técnica adequada – sem gambiarras ou arranjos técnicos, procederemos junto ao MP, conforme fomos orientados.

            Desde as primeiras ocorrências nestes últimos anos entramos em contato com a Cyrela diversas vezes. Apenas medidas paliativas foram tomadas, sem solução definitiva para o problema. Cito algumas medidas paliativas: jogar água com espuma e sabão através da tubulação e verificar se cai na caixa de esgoto (medida ineficaz – não é a solução, apenas um teste); limpeza das caixas de esgoto (deveriam ser mantidas limpas independentemente do fato citado – obrigação da manutenção do condomínio). Terminadas essas etapas fantasiosas, vão todos embora e após alguns dias tudo volta novamente – transbordo de água na cozinha, pânico e desorientação dos condôminos diante do problema recorrente.

            Foram inúmeras solicitações junto à Cyrela através de ligações, informações, visitas de Engenheiros, encarregados, executantes – inclusive com envolvimento do saudoso Vinhas como citado anteriormente – dedicado e comprometido com a melhoria do condomínio – fazia o que deveria ser feito pela Cyrela buscando agilizar a solução para o problema. Ele orientava, descrevia, mostrava projetos, sugeria soluções – em nosso entendimento a Cyrela sempre optou pela solução mais fácil e barata, diferentemente da solução técnica de engenharia para eliminação do vazamento.

            Sabe-se que por falha de execução do projeto durante a construção dos apartamentos da Torre Varese, as tubulações de retorno de espumas dos apartamentos 01 a 09 não foram interligadas com a caixa de esgoto no piso – demonstrando o descaso dos responsáveis pela construção, dos fiscais de obra, supervisores, engenheiros e por consequência da Cyrela num empreendimento tão vultuoso, divulgado aos quatro cantos do Maranhão e do Brasil como  referência na construção de prédios de apartamentos – ledo engano dos que apostaram nessa proposta – e investiram tudo o que tinham, conquistado com suor e trabalho árduo para obter um imóvel recheado de imperfeições técnicas, erros de projeto de engenharia, falhas na construção, dentre outras irregularidades.

            O retorno da água de espuma, transborda pela tubulação de água servida da máquina de lavar – o que considero uma condição grave pelos riscos citados de contaminação por microrganismos patogênicos na cozinha e adjacências supracitadas – em época de pandemia de um vírus mortal da Covid -19, além de riscos de choque elétrico podendo provocar fatalidade ao contato com a máquina de lavar – dentre outras situações de limpeza, retrabalho e aspectos emocionais envolvidos.

            Como citado anteriormente, as medidas paliativas se sucedem e os episódios se repetem – apenas quem está envolvido na situação é capaz de descrever com propriedade o dissabor provocado pelo infortúnio – por diversas vezes, em dias e horários inesperados – provocando ansiedade, medo e intensificando problemas de saúde dos moradores que são hipertensos, principalmente da senhora Socorro Sanches, que ao se deparar com o problema recorrente e indesejado, entra em pânico, chora e se desespera em busca de uma solução que não depende dela, sem as providencias devidas pela Cyrela.

            A cada evento se multiplicam os desconfortos; trabalho para remoção dos despejos de água servida com espuma; gastos com material de limpeza e higienização; extensão dos danos aos móveis de MDF, material este que em contato com água se expandiu e danificou os móveis da cozinha, porta de acesso entre a cozinha e corredor de entrada do apartamento, parte do móvel da sala, também, em MDF – danificados devido ao contato com a água do piso proveniente dos vazamentos – principalmente nos horários em que não tem ninguém no apartamento para iniciar de imediato a limpeza com rodo, pano, vassoura e materiais de limpeza necessários – se ocorrer demora na ação a água se estende por todo o piso das áreas da cozinha, varanda, corredor e sala – repetidamente citados neste relato.

            E os aborrecimentos se sucedem: cozinha contaminada com água de lavagem; piso da varanda e sala por extensão – aproveito para citar um outro risco iminente de quedas de pessoas, devido ao piso liso molhado – podendo provocar lesões severas – como fraturas de partes do corpo – mãos, braços, pernas, bacia e fêmur – o que certamente poderá ser evitado ao ser corrigido o problema.

Outros aspectos extremamente incômodos:

1) O fato dos condôminos não poderem se afastar do apartamento por longas horas ou dias, devido a imprevisibilidade e incerteza de que poderão encontrar o apartamento totalmente alagado – visto que os pisos seguem o mesmo nível por todas as áreas – sem possibilidade de contenção do vazamento na ausência dos moradores;

2) Acordar à noite ou levantar da mesa ao café, almoço ou jantar para recolher dejetos do piso;

3) Aspectos emocionais envolvidos a cada ocorrência – sempre que se percebe o ruído de lavagem ou passagem de líquidos pela tubulação da cozinha – bate o medo, quase desespero da iminência de água suja transbordar e requerer ação imediata para recolhimento;

4) As intermináveis ligações que excedem a 30 minutos por vezes para se processar uma reclamação ou solicitação de serviços à Cyrela – aguardando o encaminhamento e número de protocolo para acompanhar o andamento de uma solução que nunca chega e nada se resolve. Parece que não passa de tempo perdido e ansiedade por uma ação que não se concretiza;

5) Já, cancelamos viagens programadas, devido à possibilidade de ao estarmos fora – sem ninguém no apartamento – ocorrer um transbordo de água sebosa e causar severos danos aos móveis e eletrodomésticos, como consequência do alagamento das áreas internas da residência. Vejam a que ponto chegamos.

            Tempo perdido com desvio de foco das atividades, inclusive com esta descrição detalhada que requer dedicação, com a expectativa de que possa ser útil para esclarecer os fatos, sensibilizar os responsáveis da Cyrela para encaminhamento de ações definitivas para evitar recorrência dos eventos relatados.

            Os problemas de Engenharia, qualidade dos materiais de construção, falhas na execução do projeto e na construção deste empreendimento se avolumam a cada dia: nos esgotos; tubulações elétricas e sanitárias; sistemas de exaustão – é comum exalar gases e vapores de materiais putrefatos – com um fedor insuportável das tubulações de esgoto da cozinha, retorno de ar condicionado da sala e banheiros, causando desconforto e mal-estar aos moradores. Algumas vezes a Cyrela enviou o pessoal de manutenção para quebrar os forros da cozinha e banheiros, vistoriara tubulações de água e esgoto para identificar infiltrações dos pisos superiores ou avaliar vazamentos para os inferiores. Tudo isso gera incomodo indevido aos moradores, por falha de construção ou projeto de engenharia.

            A pessoas que realizam os serviços da Cyrela nem sempre demonstram compromisso com a qualidade dos serviços e satisfação dos clientes do condomínio (deste apto e outros que tenho contato com os proprietários – solidários com esta causa e ao nosso dilema, também com o que digo e escrevo). As reclamações se acumulam e os paliativos se sucedem acompanhando o mesmo ritmo, enquanto o problema perdura pela eternidade.

            Como moradores do condomínio Jardins de Lombardia, torre Varese, apartamento 301, sentimo-nos lesados e desprezados pela Cyrela, diante disso imploramos desesperadamente para que a referida empresa assuma a sua responsabilidade e resolva de forma definitiva os incontáveis problemas citados neste quase “Jornal do dia do Apto 301”, e por extensão do Condomínio Lombardia, com a urgência requerida para o caso, sem delongas e enrolação.

            Escrevo estas linhas com o sentimento de indignação e insatisfação pela forma como estamos sendo tratados pela Cyrela; o desprezo pelos condôminos, a falta de sensibilidade, empatia e o senso de humanidade dos responsáveis por este empreendimento. Compramos gato por lebre!

             A cada nova ocorrência aumenta a nossa angústia, tensão e aflição. A quem recorrer? Não sabemos mais, basta agora ressarcir as perdas e danos e torcer para que sejamos ouvidos pelos meios jurídicos – visto que pelos convencionais da boa vizinhança, não conseguimos.

            Aquilo que para nós era um sonho de morar bem, virou um pesadelo. O que era alegria é tristeza. O que nos orgulhava, agora nos deprime. O que era um patrimônio para viver por toda a vida – a cada momento – gera frustração e incerteza de continuidade. Por vezes nos sentimos ludibriados e até pensamos em vender o imóvel para fugir de um problema sem solução. Logo agora, que com muita dificuldade, devido aos custos exorbitantes dos serviços cartoriais, conseguimos a escritura e registro do imóvel. Deus seja louvado!

Sem mais para o momento.

Proprietários:

José Carlos Castro Sanches

Maria do Socorro Menezes Monteiro Sanches

INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

Encaminhado para Dra. Renata Freire em 24/05/2021 às 16:37

adv.renatafreire@gmail.com

Arquivo: RELATO SOBRE OCORRÊNCIAS APTO 301 – PARA ADVOGADA –  24.05.2021 – JCSanches

Disponível no site: www.falasanches.com

São Luís, 24 de maio de 2021.

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