Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com
1o SONETO: PEDRO E MAYARA

Pedro de caso pensado eu digo
De Vitória do Mearim, joia rara
Professor dedicado, dócil amigo
Sem dinheiro cativaste Mayara.
Como galanteador bom de conversa
Constrói com amor uma nova história
Um exímio conhecedor do mapa
Que com a Geografia partilha a glória.
Pedro de longe parece um esteio
De perto tão feio que mete medo
Do pescador, a mentira e a couraça.
Mayara não resistiu ao galanteio
Do menino que não guarda segredo
Mãos grossas, palmatória, não roça.
2o SONETO: MAYARA FERNANDA

Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com
Tenho pena da princesa Mayara
Uma moça bonita de olho claro
Alegre e colorida como arara
Que Deus lhe abençoe e dê amparo.
Mayara casamento não é brinquedo
Vais dormir tarde, acordar bem cedo
Com o versado mestre do galanteio
Aprenderá separar trigo e centeio.
Pedro Neto foi garoto safado
Comeu quiabo cru com manga fiapo
Desde criança gosta de mandimba.
Sem perceber que era fotografado
Lambeu muita cobra, engoliu sapo
Na estrada, bebeu água na cacimba.
3o SONETO: PEDRO NETO

Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com
Na infância sempre gostou de biriba
De grão em grão Pedro encheu o papo
Com persistência tornou-se um escriba
Poeta, contista, língua de trapo.
Deixou rastro de menino danado
De Arari tornou-se grande amigo
Sendo namorador, vive desconfiado
Parece estar sempre em perigo.
Escreve trova, prosa e poesia
Sempre sorrindo, apressado
Anda ligeiro tal qual corisco.
Tentando fugir da hipocrisia
Parece eternamente atrasado
Segue correndo como gato arisco.

São Luís, 18 de dezembro de 2023.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de inúmeras antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS18.12.2023. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.