Por José Carlos Castro Sanches Site:www.falasanches.com
NOTA: A apresentação da “Série Lições Estoicas”, que inicia neste capítulo, está dividida em 7 (sete) capítulos – publicados no site falasanches.com. Ao final da série, os textos serão agrupados em arquivo único mantendo a sequência das apresentações com o propósito de facilitar a leitura completa a quem interessar. Usarei citações dos filósofos estoicos Marco Aurélio, Sêneca e Epiteto, entre outros pensadores nas entrelinhas do texto. Boa leitura e reflexão!
“A primeira regra é manter o espírito tranquilo. A segunda é enfrentar as coisas de frente e tomá-las pelo que realmente são.” (Marcus Aurelius)
Numa certa tarde de sábado, enquanto conversava com o amigo Ferreira da Silva, na Academia Luminense de Letras, o dileto confrade perguntou-me: Você já ouviu falar sobre estoicismo? Obteve como resposta imediata, um incisivo “não.” Então, continuou: é uma filosofia de vida. Estou lendo a respeito dos fundamentos dessa doutrina.
A bem da verdade, eu nunca havia me interessado pelo assunto. Como sou curioso, ao retornar para casa comecei a pesquisar acerca da temática, o que rendeu horas de estudo e oportunizou a escrita do texto em referência que compartilho com os leitores ávidos por novidades. Antecipo que a valiosa busca pelo conhecimento trouxe reflexões oportunas para a minha vida. Veja o que tenho a ofertá-los, e faça bom uso dos ensinamentos.
“A nossa vida é aquilo que os nossos pensamentos fizerem dela.” (Marco Aurélio)
Na minuciosa diligência, logo percebi uma citação de Marco Aurélio que daria sentido ao que aspirava realizar: “Aplica-te a todo o instante com toda a atenção, para terminar o trabalho que tens nas tuas mãos e liberta-te de todas as outras preocupações. Delas ficarás livre se executares cada ação da tua vida como se fosse a última.”
Para melhor entendimento dos fundamentos teóricos, seguem alguns conceitos que considero relevantes para que o leitor desenvolva maior afinidade com o tema:
O que é ser uma pessoa estoica?
Não é por acaso que o dicionário da Real Academia da Língua Espanhola (RAE) define estoico em seu primeiro significado como “Forte, equânime diante do infortúnio” e o mesmo se aplica ao dicionário de Oxford, que o define como uma pessoa que sofre dor ou problemas sem reclamar ou sem mostrar o que sente.
O que é Estoicismo?
O estoicismo é uma antiga filosofia grega que teve grande influência no pensamento ocidental. Ela foi fundada por Zenão de Cítio, por volta do século III a.C., e teve entre seus seguidores figuras ilustres como Sêneca, Epiteto e Marco Aurélio.
A filosofia estoica ensina que a chave para a felicidade e a realização está em viver de acordo com a natureza e em conformidade com a razão. Os estoicos acreditavam que as emoções negativas surgem de nossas percepções equivocadas da realidade, e que através do autocontrole e da aceitação das coisas que não podemos mudar, podemos alcançar a serenidade interior.
Um dos princípios fundamentais do estoicismo é a ideia de viver de acordo com o “logos”, ou seja, viver de acordo com a razão universal que rege o universo. Isso significa aceitar os eventos que fogem ao nosso controle e focar nossos esforços naquilo que está ao nosso alcance.
Além disso, os estoicos valorizavam a virtude, defendendo que a verdadeira felicidade vem da prática da coragem, justiça, temperança e sabedoria. Eles também enfatizavam a importância do desapego material e da busca pela simplicidade na vida.
Em resumo, o estoicismo oferece uma abordagem prática para lidar com as adversidades da vida, promovendo o autocontrole, a serenidade e o desenvolvimento das virtudes.
Mais uma vez, durante a leitura, deparei-me com um axioma precioso de Sêneca, que se encaixava perfeitamente na narrativa, dando sentido à mesma: “Muitas coisas não ousamos empreender por parecerem difíceis; entretanto, são difíceis porque não ousamos empreendê-las.” O que reavivou em mim, a chama da ousadia para continuar a missão.
Enquanto uma premissa do filósofo grego Epiteto incomodou-me ao ponto de transcrevê-la: “Não busque a felicidade fora, mas sim dentro de você, caso contrário nunca a encontrará.” Apesar da efusiva afirmativa do grande mestre, persegui a meta, visto que enquanto a felicidade encontramos dentro de nós, o conhecimento e a sabedoria podem ser compartilhados e aprendidos com o outro. Seguirei a trilha com algumas informações importantes sobre a temática em questão. Siga com atenção aos detalhes.
“Só sabemos com exatidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida.” (Johan Goethe)
Leia no site www.falasanches.com os capítulos seguintes da Série Lições Estoicas.
São Luís, 17 de Janeiro de 2024.
José Carlos Castro Sanches É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.
Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de inúmeras antologias brasileiras.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS17.01.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.