Por José Carlos Castro Sanches
“Quando criança eu desconfiava que meu pai fosse um super-herói, hoje eu tenho certeza! ” (Jamile C.Dias)
Hoje eu quero fazer um cafuné, dar um beijo e um abraço apertado e carinhoso como nunca antes lhe dei. Agradecer pelas palmadas, cintadas e chineladas que levei para orientar o meu rumo; pelos sábios conselhos, reflexões, palavras firmes e profundas nos momentos de fraqueza e dúvida; pelo abrigo, sorriso e pão, segurança, carinho, castigo e proteção que você nos deu, em todas as horas da infância, adolescência, perdurando até os dias de hoje como se ainda fossemos crianças.
Agradeço-lhe também pelo empenho com a nossa educação, o cuidado com a saúde, a dedicação ao trabalho, o compromisso com a verdade e a vontade de ver os filhos realizados. Além, dos ensinamentos para a vida, reforçando a crença na vitória e o pensamento positivo para visualizar os resultados no porvir; o incentivo diário às boas virtudes, comportamentos, atitudes e estratégias de defesa e combate ao inimigo. Ainda que pairasse alguma dúvida, logo era sufocada, refutada e ferozmente reprimida com força, coragem e determinação de um pai disposto a lutar e vencer todas as batalhas para defender a honra da sua família. Um guerreiro destemido, empreendedor e visionário.
Amado pai você sempre fez o melhor por nós, só tenho boas lembranças do seu carinho escondido de homem com o coração do mundo; dedicado aos filhos, esposa e familiares, exemplo a ser seguido. Na doença ou na saúde, alegria ou tristeza, sua presença era certa e continua sendo até a presente data.
Nada na vida é por acaso, você teria que ser o nosso pai, o meu pai. O seu olhar, a atenção contínua, as lágrimas discretas, as mãos calejadas, o trabalho árduo; as bênçãos e sofrimentos compartilhados, o zelo contido e o sorriso reprimido; o amor incondicional, muitas vezes não declarado com palavras, mas percebido nos gestos e ações, na pureza d’alma e sabedoria; a eterna melodia que alimenta a paz e o desejo de sucesso aos filhos, decantada no dia-a-dia; o abraço que por vezes esperamos e não recebemos devido ao estilo e criação, herança dos pais e antecedentes, atributo de homem forte e bravo.
Não pense que ignoro o seu viver, respirar e suspirar, o seu jeito de ser e de agir; de chorar e de sorrir, ainda que escondido, para não demonstrar fraqueza. Porque diziam que homem não chorava, hoje vejo que você é capaz de chorar, se permitindo liberar os sentimentos guardados a sete chaves no seu íntimo de pai orgulhoso e feliz pela conquista de educar os filhos e coexistir com a família que sempre foi o seu maior patrimônio. Herdei essa virtude e a tenho como um precioso amuleto e presente divino. Hei de preservar essa herança por toda a minha vida.
Como homem você foi treinado para não fraquejar por isso agiu assim. Eu sei, bem sei, porque hoje também sou pai, sei o quanto dói a tibieza.
Hoje eu quero lhe agradecer do fundo do meu coração como filho primogênito: pela luta, fibra, garra e adversidades vencidas nas incontáveis batalhas da vida. Meu querido pai, você é especial, um diamante de valor inestimável, um ser amado, muito além do que eu possa externar. Não tem prosa ou poesia, canto ou sinfonia que descreva a minha alegria por estar ao seu lado neste dia, em que os pássaros cantam alegres e o bacurau assobia, em sua homenagem.
Você plantou o amor, a integridade, a honestidade, a ética, o respeito e a verdade; a franqueza, a determinação, a superação, a família e o amor como a base de tudo; semeia a paz e cultiva os nossos corações com a essência do amor paterno; com o amor do pai, nem sempre percebido, às vezes ignorado, ainda que puro e nunca recompensado.
Agora como filho e pai entendo perfeitamente o que significa esse amor camuflado, submerso, reprimido, contido feito a lua nova, aguardando a fase de lua cheia; sendo também sol, estrela e constelação – amor, carinho e proteção tudo junto e misturado, meu pai amado.
Em você existe um só coração capaz de suportar a misteriosa e abençoada missão de pai, divagando entre carinho, amor, consolo, firmeza, acalanto, rigidez, harmonia e oração. Pai você é a luz abundante refletida em cada um dos seus oito rebentos, na curva do vento, desde o nascimento. Quatro homens e quatro mulheres, fruto do casamento com a sua amada esposa Zanilde Castro Sanches, são eles: José Carlos; Carlos Henrique; Zanilra; Carlos Alberto; Josenilde; Zenilma; Uilton e Josete, dá para medir a responsabilidade pela criação diferenciada de todos os filhos. Isso sim, é gratificante para um pai. Talvez até o verdadeiro significado de sucesso familiar.
Meu pai, amo você! Ainda que pareça distante sou o reflexo do seu espelho; seu eterno admirador e orgulhoso propagador do seu heroísmo e conquistas, quero replicar o seu nome por toda a humanidade, dizer a todos os povos que tenho um pai que sabe conduzir a família e educar os filhos. Esse é o meu pai: José Firmino Sanches, que hoje completa 89 anos de idade.
Parabéns e feliz aniversário meu herói! Que Deus lhe conceda muita saúde, paz e vida abundante para continuar firme ao nosso lado. Este é o desejo do seu filho amado. Minha eterna gratidão!
“Você não é super-homem, mais é meu herói, você não é minha vida, mais cuida dela, você não é o homem mais querido do mundo, mais me entende, você faz a diferença, meu PAI!!!” (Maay)
São Luís, 01 de junho de 2021.
José Carlos Castro Sanches É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL
Autor dos Livros da Tríade Sancheana: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, e da Trilogia da Vida: No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever; Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro! Disponíveis na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS30.05.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.
