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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

O TREM ESTÁ PASSANDO!

Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

“Nem sei o que estou fazendo nesta viagem de trem… agora mesmo estava num bosque… e gostaria de poder voltar para lá!” (Alice – Através do Espelho)

De longe vejo passar o trem, aos passageiros antigos o desprezo dos condutores, aos novos as boas-vindas, o abraço caloroso e satisfação em recebê-los.  Disseram-me que para chegar ao destino e alcançar a estação desejada seria necessário pegar o trem, assim eu fiz. Informaram-me também que para obter sucesso na viagem e criar intimidade com os passageiros, condutores e eventualmente com o maquinista era importante passear no trem com maior frequência, passei a fazê-lo em quase todas as viagens estava eu a prestigiá-los.

Enquanto eu estava por trás da cortina, com a janela do trem fechada, diziam-me que deveria aparecer para a plateia para tornar-me visível – assim, mais uma vez eu fiz, depois percebi que a visibilidade era seletiva, alguns passageiros e condutores de tão acostumados com a mesma cara fingiam não me enxergar naquele trem, outros até me viam, cumprimentavam, mas era perceptível o desprezo ou desinteresse pelo passageiro de todas as horas. A cada vez que chegava um novo passageiro era uma festa, aos antigos que mantinham o trem sempre lotado, sobrava a indiferença de muitos e a fidelidade e simpatia de poucos.

Quando sobravam as cadeiras vazias aos antigos passageiros fingiam-se não vê-los e visualizavam nos corredores os novos passageiros, era frustrante a percepção de quem via tudo com um olhar assombrado. A paisagem lá fora era distinta: a vegetação, os córregos, as pequenas casas, os homens e mulheres que transitavam atabalhoadamente, enquanto o passageiro solitário ficava a perceber as flores, os cantos dos pássaros, o brilho do sol, a ler e escrever encantado com a prosa e poesia, contagiado pela beleza da vida na esperança de que um dia pudesse ser tratado como os passageiros de primeira viagem que sempre ocupavam lugar de destaque em detrimento dos que ali estavam diuturnamente. Refletindo as paisagens que via do trem como cartões-postais que ganhavam vida diante dos nossos olhos.

Como todo viajante é habitualmente um bom observador, de mente aberta para o mundo, eterno sonhador, visionário, perseverante, aventureiro e destemido – sempre atento ao que se passa além do trem que o transporta – nunca desiste de chegar ao seu destino, remove pedras do caminho, transmuta montes e vales, supera desafios e obstáculos, rompe as adversidades com paciência, força, foco e fé. Jamais se deixa vencer pela indiferença. Cada estação é uma nova experiência, cada parada uma lição de vida, a cada derrota um aprendizado para redefinir a rota e aprimorar as estratégias rumo ao objetivo traçado. Como asseverou John Quincy Adams: “Paciência e perseverança têm o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem.”

O vencedor nem sempre é aquele que atravessa o caminho com maior rapidez, o que fura fila porque encontrou acolhimento na estação. O bom viajante  sempre  cativa a esperança de chegar ao seu destino com os próprios pés, mantendo a sobriedade e a certeza de que os atalhos por vezes levam a estradas espinhosas.  A semente fértil para o sucesso é a missão cumprida com propósito divino sobre os trilhos da constância, do conhecimento e da sabedoria, sem desvios. Esse é o caminho seguro para chegar ao jardim florido, onde as borboletas e os colibris voam suaves e o sol nasce para todos sem distinção. Já dizia John Kennedy: “Todos nós temos talentos diferentes, mas todos nós gostaríamos de ter iguais oportunidades para desenvolver os nossos talentos.” E William Arthur Ward, completou: “As oportunidades são como o nascer do sol: se você esperar demais, vai perdê-las.”

 A vida gira como uma roda girante – o porvir é uma luz nas trevas da incerteza – a última chance de um cego viajante não está nos olhos de quem o vê – extrapola a capacidade humana como fez Bartimeu, descrito em Marcos 10:46-52 e Lucas 18:35-43.

Continuarei vibrante e determinado a vencer seguindo a premissa de Dilson Kutscher: “Não seja apenas passageiro do trem da vida, seja o condutor da locomotiva, viajando nos trilhos do destino, encontrar a estação felicidade só depende de você!”

Agora eu entendi o que estou fazendo nesta viagem de trem… Deus tem um propósito para a vida de cada um – precisamos experimentar as provações – para receber as promessas no tempo certo! Vale a pena esperar no Senhor. Ainda que demore, o propósito de Deus em nossas vidas é infalível! Que os sinos natalícios anunciem as boas-novas e nos tragam um Natal abençoado. Deus seja louvado!

São Luís, 06 de dezembro de 2024.

José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Academia Literária do Maranhão, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes, da Academia Vianense de Letras e da Academia de Ciências Letras e Artes de Presidente Vargas. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de amor e liberdade.

Autor dos livros. Tríade Sancheana: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das Coisas que Vivi na Serra Gaúcha, Me Leva na Mala, Divagando na Fantasia em Orlando e O Voo da Poesia. Participa de diversas antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS06.12.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

Comments (2):

  1. Maria do Socorro Sanches

    6 de dezembro de 2024 at 11:52

    Tudo no tempo de Deus as coisas acontecem.Aguarde o momento exato do trem chegar em sua estação chamada Vida!

    Responder
    • José Carlos Castro Sanches

      6 de dezembro de 2024 at 14:39

      Agradeço pelo amor ❤️, carinho e incentivos constantes. Te amo!

      Responder

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