
“O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem. ” (Antoine de Saint-Exupéry)
No dia do meu aniversário em 26 de março, recebi inúmeras mensagens dos familiares, amigos, leitores, colegas de trabalho, pessoas que não conheço pessoalmente e mantemos contato pelas redes sociais além, de algumas ligações telefônicas da minha mãe, sogra e dos amigos Pedro Américo e Graça que há mais de dez anos me telefonam nesta data.
O presente à distância se multiplicou por mensagens escritas, em áudios, vídeos, que manterei guardadas no fundo do coração como inspiração para continuar a árdua missão de vida. A todos que ofereceram as congratulações, minha eterna gratidão. Todas as mensagens me alegraram, mas me limitarei a publicar apenas três para não prolongar o texto.
“Hoje é o niver dele! Ele que sempre está disposto a nos dar as mãos; ele que é responsável, firme e amoroso, que fala com sabedoria e corrige com amor; avô carinhoso, treinador que ensina com paixão e que lidera com entusiasmo e maestria. Ética, integridade, foco nas pessoas, humildade e dom da escrita são seus sobrenomes. Por onde ele passa, um legado é solidamente construído. *PARABÉNS MEU PAI! * Tanto orgulho e sorte tenho de ter o Sr. como herói e referência para mim e minha família! Te amo muiitoooooo! Saúde, saúde e saúde! (Danielle Sanches)
“Como somos agradecidas e agradecidas a Deus pelo pai e avô que temos… um Paivô de virtudes, inspiração, determinação, garra, amor e sabedoria admirável. Que protege, acolhe, ouve, permite, tolera, aconselha, ensina com paciência os seus e os netos. Obrigada pai pelo ser que você é, pela constante batalha para ser melhor. Julie me disse ontem que te ama até o 200.000, imagina eu! Amor sem medidas! Que Deus lhe permita viver aquilo que sonhas com muita saúde. Bj “ (Fabielle Sanches)
“Parabéns escritor e poeta professor! A esse homem que conheci numa viajem com sua esposa, e ainda virei atriz do livro, que gratificante! Me senti honrada, e digo uma coisa é difícil escrever uma mensagem de parabéns para uma pessoa que escreve melhor que qualquer outra, escolhi dizer que admiro a sua autoconfiança o seu talento a sua capacidade de criar uma e outras realidades, a nossa realidade. *Para um escritor talentoso*
O talento de um escritor sempre precisa ser reconhecido, principalmente quando ele faz aniversário. É por isso que hoje, no seu dia, eu só posso dizer que o seu trabalho é o mais incrível que já li e que desejo um dia poder me tornar um pouquinho do que você é. Parabéns pelo seu aniversário e por se expressar tão bem por meio das palavras!” (Lilia Carneiro, 26 de março de 2020.)
Respondi a todas as mensagens de WhatsApp, Facebook, Messenger, e-mail, Linkedin e demais aplicativos de comunicação. Exceto uma mensagem que recebi no final da noite.
Por que não respondi a essa mensagem? Vocês devem ter ficados curiosos. Eis a resposta. Porque dela eu esperava a primeira mensagem logo ao amanhecer através de uma palavra de afeto, um olhar afetuoso, um abraço carinhoso ou coisa parecida, mas ao contrário em vez de felicitar pessoalmente o aniversariante preferiu enviar uma mensagem pelo WhatsApp.
“As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar. ” (Leonardo da Vinci)
Quero lembrar que estamos a quase quinze dias confinados em casa, só nos dois, com raras exceções uma neta ou filha aparecem para nos visitar rapidamente devido ao risco de contaminação pelo coronavírus, que além de causar doença e morte, ainda afasta as pessoas amadas.
Para não ter desculpa de que não teve tempo para me encontrar, neste dia não arredei o pé de casa em nenhum momento, foi o aniversário mais isolado que já passei em minha vida. Tudo por medo de contrair a tal Covid – 19. Tão amplamente divulgado pelos meios de comunicação gerando pânico, histeria e ansiedade na população. Não sei qual o real objetivo dessa histeria coletiva, mas pressuponho que seja de cunho político.
O que justificou a falta de cortesia da mulher com o aniversariante foi o Jornal Nacional da noite anterior.
Há alguns meses eu tomei a decisão de não mais assistir aos programas da Globo por motivos que considero justos devido ao viés político partidário, parcial, tendencioso e malicioso que essa emissora vem praticando, com o propósito de enfraquecer o governo e desestabilizar o país, em decorrência da vultosa dívida da Rede Globo para a união e dos cortes de subsidio do governo com propagandas, fato que poderá inviabilizar a renovação da licença de operação desta em 2022.
Diante do desespero o Grupo Globo passou a ser o inimigo número um do Brasil usando de todas as estratégias para difamação, injuria e mentiras contra o Presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, legitimamente eleito por 58 milhões de brasileiros. Assim, justifico a minha indignação com este canal de televisão que desde tenra idade, quando junto com o meu pai assistia diariamente ao JN e nos finais de semana o Fantástico. Agora não consigo sequer ver em minha casa uma televisão ligada nessa emissora que sinto repulsa.
Foi exatamente nesse momento que ocorreu o problema. À noite quando fui para a mesa de jantar, após um dia ocupado com a digitação e revisão de um novo livro. Ao chegar na copa me deparei com a minha esposa assistindo ao JN com a TV naquelas alturas.
De verdade naquele horário por volta 21h30min não deveria estar passando mais aquele programa, mas devido ao oportunismo do momento para ampliar o tempo de pregação contra o presidente, enquanto a população está refém, prisioneira e amedrontada em casa, a referida emissora resolveu estender o horário do Jornal Nacional por alguns dias.
Ao perceber que a televisão estava ligada pedi para a minha esposa trocar de canal ou desligar porque não queria jantar escutando aquelas ofensas, desrespeito e mentiras contra o líder da nação.
Perdi a paciência ao ouvir a forma desrespeitosa como a Globo trata a autoridade maior do nosso país, se pudesse teria metido um machado na tela da televisão e partido em miúdos, como vi num vídeo que circulou pelas redes sociais nesta semana, mas me contive batendo as portas de vidro da copa, sem, portanto, deixar de me exaltar com a situação.
Jantei, fui dormir aborrecido, certamente ela também. Quando amanheceu era o dia do meu aniversário. Não recebi sequer uma palavra de carinho, um bolo, um almoço diferente, nada senão a indiferença.
“O amor não se vê com os olhos, mas com o coração. ” (William Shakespeare)

A alegria e o perdão não se fizeram presente durante todo o dia, também não pedi que me perdoasse pela indelicadeza da noite anterior, julguei que devido ao momento especial de aniversário seria perdoado, não pelo que teria feito na noite anterior, mas por tudo que fiz durante anos.
“Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido. ” (Vinicius de Moraes)
Depois de tudo ao final da noite, quando voltei ao meu escritório para continuar a revisão do novo livro. Recebi a seguinte mensagem no meu celular:
“ Parabéns, que o Senhor continue cuidando de você todos os dias de sua vida e possa te encher de paciência porque tem momentos que se faz necessário! Saúde!!!

Simplesmente li, porque para mim aquela mensagem não tinha nenhum significado naquele momento. Assim, encerrei o dia do meu aniversário e fui dormir após um dia produtivo de trabalho. Acho que se esse confinamento durar mais alguns dias vou acabar quebrando a televisão com um machado, ou abandonando a casa para não ser mais importunado pela Globo. Resta esperar o dia do aniversário da minha querida esposa para dar o troco com lindas poesias e declarações de amor que sempre faço para ela. Retribuirei a indiferença com amor, gratidão e perdão. O silêncio diz o que sentimos de uma forma tão perfeita, que as palavras não sabem como traduzi-lo.
“Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura. ” (Friedrich Nietzsche)
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras.
São Luís, 28 de março de 2020.

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