Por José Carlos Castro Sanches

“A palavra foi dada ao homem para explicar os seus pensamentos, e assim como os pensamentos são os retratos das coisas, da mesma forma as nossas palavras são retratos dos nossos pensamentos. ” (Molière)
O que seria da crônica, sem o cronista?
O cronista é aquele ser que se detém aos detalhes na estreita passagem da vida para deleitar-se contando as aventuras da sua própria história e daqueles que convivem em derredor, estendendo a visão infinita do mundo e das coisas para a natureza, os sonhos, devaneios, ambições, medos, alegrias, sofrimentos, frustrações e tudo que se passa durante a vivência como observador nato das nuances que tornam sua vida diferente e consequentemente a dos leitores e apreciadores da crônica.
Há alguns dias escrevi sobre um nobre amigo que conheci durante a peregrinação pela trilha da Academia Maranhense de Letras. Fiz a ele uma homenagem pelas contribuições à literatura e jornalismo no Estado do Maranhão.
Como sempre, o cronista, usa da sua extrema capacidade de percepção do mundo, das coisas e das pessoas para encantar os leitores, sendo essa sua missão precípua, sem obter êxito em todas as tentativas, entretanto quando triunfa deve ser digno de reconhecimento.
Assim ocorreu, após a publicação da crônica: “ Sebastião Barros Jorge: 50 anos escrevendo! ” Quando em conversa telefônica com homenageado disse: “Gostei muito do que você escreveu depois do nosso encontro. Você sabe colocar as palavras. Sem modéstia, sua crônica retratou exatamente o que sou.” E arrematou: “ Você é o retratista da alma ”.
Logo que ouvi esta última sentença do atencioso ouvinte, no outro lado da linha, disse-lhe: “deixe-me escrever rápido o que você falou para contar essa história em uma nova crônica”. Afinal, é isso que inspira o cronista a continuar derramando tinta sobre o papel ou dedilhando o teclado de um computador, na sua incansável e graciosa peleja literária, no afã de manter a arte escrita com a beleza d’alma retratada.
“Um retrato pintado com a alma é um retrato, não do modelo, mas do artista. ” (Oscar Wilde)
Sinto-me lisonjeado pelo reconhecimento e reverencio o preclaro homem das letras, admirável jornalista e talentoso escritor Sebastião Barros Jorge pelo incentivo e amizade que prospera ao méleo sabor da crônica.

“As ações do homem são o álbum de retratos das suas crenças. ” (Ralph Waldo Emerson)
São Luís, 08 de janeiro de 2021.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outro dez livros inéditos.
Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta.
Adquira os Livros da Tríade Sancheana, composta pelos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS08.01.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

