
Por José Carlos Castro Sanches
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“A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos” (Albert Einstein)
O “Dia Internacional da Paz” é celebrado em 21 de setembro, foi declarado pela ONU em 30 de novembro de 1981. Dedica-se à paz mundial e, especificamente, à ausência de guerra e violência.
O verdadeiro significado de paz é o estado de calmaria, de harmonia, de concórdia e de tranquilidade; Ausência de guerra ou de conflito; anulação das hostilidades entre nações. Biblicamente significa tranquilidade, confiança, despreocupação, serenidade, mansidão e segurança. Madre Teresa de Calcutá, com a sua infinita bondade dizia que “Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz.” e que “A paz começa com um sorriso.” Desde que o sorriso não seja falso, adiro ao seu enunciado.
A solidão, a natureza, as flores, os pássaros, o céu azul…, inspiram os poetas e devolvem a paz no misterioso labirinto da criatividade, nessa data especial eu buscava decifrar o segredo sobre o verdadeiro significado da paz e os encontrei nas profundezas de um baú solitário, guardado a sete chaves na casa de uma amiga e nas conversas com um sábio. Eis as belas descobertas e a resposta para as minhas indagações.
Ter paz significa encontrar um estado de tranquilidade interior, onde não há conflitos, preocupações ou perturbações, permitindo viver em harmonia consigo mesmo e com o mundo ao redor. Como disse Platão: “A paz do coração é o paraíso dos homens.”
Encontramos a paz dentro de nós mesmos, ao cultivar a serenidade, aceitação e equilíbrio emocional. Também podemos encontrar paz na natureza, em momentos de meditação ou em conexões profundas com outras pessoas. Até no silêncio encontramos a paz como afirmou Arthur Schopenhauer: “Da árvore do silêncio pende seu fruto, a paz.”
Fiquei a me indagar: Seria possível encontrar a paz interior em meio à guerra? Embora seja desafiador, é possível encontrar a paz interior em meio à guerra, através da busca pela aceitação, compaixão e resiliência, mantendo a calma e cultivando pensamentos positivos, mesmo diante das adversidades. O que me fez lembrar de Viktor Frankl que sobreviveu ao holocausto em busca do sentido da vida. Hoje é reconhecido como um dos maiores psiquiatras da história, criador do método terapêutico denominado logoterapia baseado na busca pelo sentido da vida. Talvez tenha se inspirado na epígrafe de Lao-Tsé, ao dizer que: “A libertação do desejo conduz à paz interior.”
Segui questionando: O que ocorre com o homem que não encontra a paz? Uma voz mansa e delicada respondeu-me com convicção: “O homem que não encontra a paz pode experimentar uma sensação de inquietação, ansiedade, estresse e desequilíbrio emocional, o que pode afetar negativamente sua qualidade de vida e relacionamentos.” Émile-Auguste Chartier afirmava: “ A felicidade não é fruto da paz, é a própria paz.” O que parece ter sentido na minha limitada sabedoria.
As dúvidas se sucediam e continuei a sabatina com o erudito ancião, dessa vez perguntei-lhe: Mestre, qual a importância da paz e harmonia para a família? Ele respondeu-me: “A paz e harmonia são fundamentais para fortalecer os laços familiares e promover um ambiente saudável e feliz.” Deve ter aprendido com Johann Goethe, que afirmava: “É o homem mais feliz, seja ele rei ou camponês, aquele que encontra paz em seu lar.” Respaldado por Benjamin Franklin que escreveu: “Paz e harmonia: eis a verdadeira riqueza de uma família.”
Eu não poderia perder a oportunidade de fazer mais uma pergunta àquele homem de vasto conhecimento sobre a vida. Arrisquei-me perguntando-o: O que posso fazer para cultivar a paz entre os homens? Respondeu-me mansamente: “Você pode cultivar a paz entre os homens promovendo o diálogo aberto e respeitoso, praticando a empatia, buscando soluções pacíficas para os conflitos, promovendo a igualdade e a justiça, e espalhando amor e compreensão em suas interações com os outros.”
Saciado com tamanha sabedoria, despedia-me do iluminado andarilho quando ele fez o seu último pedido, caminhado ao meu lado tranquilamente, disse-me leia e reflita sobre o texto bíblico do Evangelho de João 14:27: “Deixo a paz a vocês; a minha paz dou a vocês. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo.” E concluiu dizendo: “Essa passagem bíblica poderá mudar a sua vida.”
Acenando com as mãos como em despedida seguia o seu caminho, quando inesperadamente tomou forma de um pombo e voou entre as flores do bosque, lançando plumas brancas ao vento rumo ao céu azul, com o propósito de propagar a paz por toda a humanidade. De quem seria o baú das revelações? Quem seria aquele homem que transmitiu aprendizados e deixou tão boas lições de vida? Onde estará o pombo branco mensageiro da paz?

São Luís, 21 de setembro de 2023.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista, trovador e poeta brasileiro. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras, Artes e Ciências, da Sociedade de Cultura Latina do Maranhão, da União Brasileira de Escritores e da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro Correspondente da Academia Arariense de Letras, Artes e Ciências e da Academia Vianense de Letras.

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas, A Vida é um Sopro!, Gotas de Esperança, Pérolas da Jujuba com o Vovô; Pétalas ao Vento; Borboletas & Colibris (em parceria com Pedro Neto).
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