Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com
Em busca de novas descobertas, o poeta, juntamente com a família, tomou o primeiro avião que partia da Ilha de São Luís do Maranhão com destino ao mundo desconhecido na América do Norte. A vida, por mais que pareça organizada e previsível, é feita de incertezas. Os medos se intensificam diante do novo. O aviso do piloto a todo instante sobre as turbulências durante a viagem – mantinha todos acordados e atentos ao movimento da aeronave – o voo demoraria nove horas, todavia o tempo parecia não passar. Era aquela sensação de inércia, os espirros se acentuavam entre os passageiros, aumentando a ansiedade do letrista. Levando-o a inumeráveis divagações: será que o piloto está seguindo a rota certa, não estaria perdido no espaço sem mesmo perceber? Onde iríamos parar com aquele “bicho grande de asa dura” que voava a mais de 36 mil pés de altitude, a 800Km/hora?
As dúvidas se sucediam até o momento em que fomos surpreendidos pelo aviso do piloto, ao dizer: estamos entrando no céu, apertem os cintos porque a turbulência vai aumentar? Logo fiquei inquieto e confuso. Não seria o céu um lugar tranquilo, um paraíso onde todos viveriam em paz? O que estaria ocorrendo de verdade? Não teria o piloto desviado a rota, em vez de seguir para o céu entrado em colisão com as labaredas ardentes das trevas? A mudez era aterrorizadora, escutava-se as batidas dos cílios, o tremer dos olhos e para minha alegria o choro de um bebê que parecia não estar alegre e satisfeito naquele meio.
Eu estava sentado numa poltrona desconfortável posicionada sobre as asas do avião, contrariando a orientação do piloto, pedi licença ao Sr. Araripe que sentava-se à minha direita e caminhei até o fundo da aeronave com o propósito de conhecer aquele menino que chorava.
Olhei cuidadosamente a passos lentos e visão de águia para cada assento, não havia nenhuma criança naquele “bicho de asa dura”, mas eu continuava a escutar o seu choro. Então, para disfarçar fui ao banheiro da parte de trás da “aeronave”. Agora a confusão estava completa, as ideias confusas, a imaginação do poeta se transportou para o infinito. Ao adentrar no banheiro, o choro do bebê se intensificou – Ele estava ali comigo – sem que eu o visse. Abateu-se uma paz profunda, a porta fechada, somente eu o silêncio aterrador que me cercava. Quando ouvi uma voz singela ao dizer: “Estou contigo, nada o impactará.” Eu precisava te distrair para levar o teu pensamento distante e descobrir nesta viagem que existe um Deus, que tem um firme propósito em tua vida – como dito por minha serva amada Elaine, naquele encontro de terça-feira à noite em que tu chegaste atrasado – mas eu não te deixei faltar para receber aquela benção.
Saiba que essa viagem trará inúmeras certezas para ti e tua família. Quero que todos vejam o que tenho para te mostrar. Por isso, esposa, filhas, neta, genro e amigos para serem testemunhas das minhas bençãos sobre a tua vida. Ao retornar a grande Ilha de São Luís uma força transformadora elevará a tua voz para todos os recantos da terra, a tua palavra será como alimento para os necessitados, o teu nome será usado para testemunhar a minha ressurreição.
A Flórida não é um acaso – foi tudo planejado por mim para que tu saibas do meu poder. Tu imaginas que por tua iniciativa e condição financeira no momento seria possível aventurar-se com a esposa, filhas e genro, numa viagem não planejada? Com o dólar nas alturas, seria impossível realizar tal façanha sozinho. Tenha certeza disso. Também lembre-se que as orações da tua esposa, filhas e amigos do pequeno grupo tornaram possível chegar até aqui. Julie está precisando da tua presença, ela te ama como um pai – dê a ela todo o seu amor e as palavras que ora te entrego nesta crônica para que saiba do meu poder e do amor que tenho por ela a ponto de trazer todos vocês para juntos comemorarem o seu aniversário – 12 anos de vida – veja quantos apóstolos eu tive. Isso tem muito a dizer a cada um de vocês. Eu os escolhi para propagar a minha palavra por todo o mundo. Vocês são os escolhidos, saibam disso, nunca duvidem do poder de Deus. Ao chegarem em Orlando eu estarei com vocês.
O piloto foi usado por mim para te fazer pensar que eu existo, a criança que chorava, era eu que estava lá naquele avião com vocês. Esse escrito deve ser divulgado por todos os meios físicos, virtuais, escritos, falados e cantados. Difundido para todos os pastores, bispos, e àqueles que se consideram cristãos para fortalecer as suas almas.
O Brasil está passando por um momento muito difícil, as mudanças para retomada da luz, da paz, do progresso e da ordem partirão da Flórida, região que vocês estão visitando a meu comando. Fiz-te levar o computador em uma bolsa pesada, de difícil manuseio para que tu sentisses o peso da responsabilidade, junto com tua família e, a minha mão abençoada sobre vocês.
Agora faça uma entrevista com alguém que irei te indicar para um bate-papo na cidade onde tua neta está morando na Flórida – Deus usará essa pessoa para dizer coisas nunca ditas para o teu entendimento do meu amor por vocês. Digo mais, tudo que tu escreveste tem a minha digital, motivo pelo qual todos que a lerem com devoção receberão uma mensagem profunda e transformadora para suas vidas. Era o que tinha a te dizer para ser escrito e compartilhado. Deus seja louvado!
(Crônica escrita durante a viagem de Brasília para Orlando, Flórida – sob orientação divina).
Das Nuvens, de Brasília para Orlando, 20 de fevereiro de 2025. 17h30.
José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Literária do Maranhão, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras, Artes e Ciências, da Academia Vianense de Letras e da Academia de Ciências, Letras e Artes de Presidente Vargas. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de amor e liberdade.
Autor dos livros: Tríade Sancheana: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das Coisas que Vivi na Serra Gaúcha, Me Leva na Mala, Divagando na Fantasia em Orlando e O Voo da Poesia. Coautoria em diversas antologias brasileiras.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS20.02.2025. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.