Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com

“Além dos meus espinhos eu tenho também muitas flores.” (Tati Bernardi)
Um leão majestoso chamado Leonel e um porco-espinho astuto chamado Piggy, viviam na savana. Leonel era o rei da selva, e Piggy, apesar de ser pequeno, era inteligente e esperto. Leonel sempre zombava de Piggy por causa de seu tamanho, mas Piggy sempre respondia com uma sabedoria afiada.

Um dia, a savana enfrentou uma seca severa e a comida escasseou. Leonel, com sua imponência, intimidava os outros animais e monopolizava o pouco alimento que restava. Piggy, por sua vez, usava sua astúcia para encontrar pequenos frutos e insetos escondidos.

Enquanto Leonel lutava para caçar presas escassas, Piggy encontrava comida suficiente para sobreviver. Impressionado com a habilidade de Piggy em encontrar comida onde outros falhavam, Leonel foi até o porco-espinho e pediu sua ajuda.

Piggy concordou em ajudar o leão, desde que Leonel parasse de menosprezá-lo. O leão concordou e os dois formaram uma parceria incomum. Leonel usava sua força para proteger Piggy dos predadores maiores, enquanto Piggy compartilhava seus conhecimentos sobre como encontrar comida na savana devastada pela seca.

Com o tempo, a savana começou a se recuperar e os animais voltaram a prosperar. A parceria entre Leonel e Piggy mostrou que mesmo os opostos podem trabalhar juntos para superar desafios. Eles se tornaram amigos e viveram em harmonia na savana, respeitando as diferenças um do outro. Como disse Solomon Ibn Gabirol: “O fundo de uma agulha é bastante espaçoso para dois enamorados; mas o mundo todo é pequeno para dois inimigos.”

E assim, a sabedoria do porco-espinho e a força do leão se uniram para criar um equilíbrio perfeito na selva. Eles ensinaram aos outros animais que, apesar das diferenças, a cooperação e o respeito mútuo são essenciais para viver em paz.

Moral da história: “Às vezes é necessário ser um porco-espinho para sobreviver aos leões.”
São Luís, 29 de dezembro de 2023.
José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de inúmeras antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS29.12.2023. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.


