Por José Carlos Castro Sanches
“Devemos aprender durante toda a vida, sem imaginar que a sabedoria vem com a velhice.” (Platão)
Certa vez … um sábio disse: Nunca desperdice mensagens com quem não as lê; palavras com quem não as ouve; seu tempo com quem não te valoriza; a sua vida com quem não te merece.
Ao ler a referida frase que retrata a sabedoria milenar, refleti sobre o tempo que eventualmente perdi compartilhando os meus escritos diários com pessoas que sequer leram o título do que escrevi; das vezes que disse algo para alguém com o propósito de ajudar e fui ignorado; do tempo que dediquei a indivíduos que nunca demonstraram apreço e consideração por mim. Foi então que descobri quanta energia desperdicei com quem não merecia, e entendi o axioma de Confúcio: “O maior prazer de um homem sábio é se passar por tolo diante de um tolo que quer se passar por sábio.”
Sob outra perspectiva estou convicto de que devo:
Valorizar quem me valoriza; usar a palavra como flecha certeira para provocar reflexão e transformar vidas; compartilhar pensamentos, ideias, valores e princípios para melhor viver e agir em sociedade; ter otimismo, fé e esperança; propagar o amor, a paz e a harmonia; fazer o bem sem esperar nada em troca.
Acreditar na capacidade de mudar e estar aberto à mudança; aumentar a autoestima e ser feliz comemorando as pequenas conquistas; exercitar a solidariedade e a capacidade de perceber as qualidades e virtudes das pessoas em detrimento dos defeitos; visualizar o universo com um olhar positivo, extraindo o precioso néctar que alimenta os sonhos e as realizações; fortalecer as amizades e promover a empatia; entender que interação respeitosa e justiça são sementes que transformam o mundo; visualizar as diferenças com um olhar imparcial, fortalecer a diversidade e a inclusão, afinal somos todos diversos; manter-me firme, sem desviar da ética, da moral, dos bons costumes, valores e princípios que norteiam a minha vida, apesar das forças antagônicas que pervertem os probos.
Ser agente de metamorfismo numa rocha viva e cristalina que precisa ser lapidada com amor como um diamante. Ter a sabedoria de Salomão; a resiliência do bambu e seguir o exemplo de Jesus Cristo adotando a solidariedade com estilo de vida. Como disse Rubem Alves: “A alma é uma borboleta: há um instante em que uma voz nos diz que chegou o momento de uma grande metamorfose.”
Ter conhecimento suficiente para ser capaz de distinguir o carvão do diamante: “O diamante e o carvão são feitos do mesmo elemento químico – carbono – e têm a mesma composição. O diamante é translúcido e brilhante enquanto o carvão é opaco e escuro. O diamante é um dos mais duros materiais do planeta, ao passo que o carvão se esfarela com um mero esfregão de um dedo. Na verdade, a semelhança entre diamante e carvão limita-se apenas ao fato de que ambos são feitos de carbono.”
Eu preciso saber usar o carvão e o diamante com perspicácia. Imaginar-me fazendo joias usando carvão e acendendo uma lareira colocando diamantes para queimar. Seria absurdo? Também, entender por que o diamante possui valor tão alto, ao contrário do carvão, que é simplesmente queimado?
Como disse Aristóteles: “A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e aprender ainda mais.”
São Luís, 07 de novembro de 2022.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Atheniense de Letras e Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Maranhão, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.
Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança, Pérolas da Jujuba com o Vovô e Pétalas ao Vento.
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS07.11.2022. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.
