Por José Carlos Castro Sanches
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A crítica quase sempre disfarçada de bem-intencionada, traz na sua essência o desejo ou intenção de depreciar, inferiorizar e enfraquecer o destinatário.
Normalmente parte daqueles que convivem no meio em que habitamos, mantêm relações próximas ou atuam em áreas afins; amigos, falsos amigos, inimigos ou adversários figadais. De qualquer lado você poderá ser surpreendido com críticas das mais diversas modalidades, dificilmente elogiado pelos pares ou pessoas próximas, mais comumente pelos desconhecidos. Talvez a grande verdade que haja na critica seja a falsidade embutida com o propósito de limitar o potencial do oponente virtual ou presencial.
Agradeça aos críticos, todavia não os deixe aprisioná-lo numa clausura, redoma, corrente ou algema, não permita que a sua capacidade criativa seja limitada, inibida, tampouco que a sua autoestima seja abalada.
Tenho visto no meio que transito a falsa ideia de benevolência, amizade, parceria, trabalho em equipe, colaboração, empatia… a cada dia mais me distancio dos donos da verdade que em nome da generosidade, do amor, do respeito e da humanidade, lançam o veneno mortal com aroma de perfume para dilacerar a quem possa parecer uma ameaça aos seus anseios. Quase sempre usam da pele de cordeiro para esconder o lobo feroz e destruidor que habita as mentes doentias.
Recomendo que ao criticar alguém o faça em particular, ao elogiar em público, se o objetivo real for ajudar o destinatário, do contrário fique calado, guarde para você a ofensa indevida, porque se conselho fosse bom não seria dado de graça a quem não deseja receber. Ainda será pior se o que concebe como conselho seja uma ofensa, depreciativa a outrem.
Por outro lado se o conselho for solicitado não deixe de falar a verdade, usando as palavras certas para não causar transtorno ao ouvinte, ainda que você tenha a intenção de ajudá-lo. A palavra saída da sua boca deve ser motivo de incentivo e júbilo, não de destruição. Como escrito no Livro Sagrado: “Mas ninguém consegue domar a língua. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero. Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos isso não está certo!” (Tiago 3:8-10).
Uma lição incomoda que aprendi para a vida: “Poucas pessoas realmente se importam com o que você faz bem. Poucos serão capazes de elogiá-lo em público pelos seus dons, talentos, qualidades, desempenho… muitos estão ávidos para encontrar e denunciar publicamente os seus pequenos erros tornando-os visíveis a quantos puderem para depreciá-lo e enfraquecê-lo. Identifique esses Judas que o acompanham, reconheça-os como traidores, não são confiáveis, nem agregadores, fuja deles o quanto antes.
São Luís, 22 de maio de 2024.
José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.
Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de antologias brasileiras.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS22.05.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.