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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

O ESCORPIÃO E O SAPO – CAPÍTULO 1 (Crítica Construtiva X Destrutiva)

Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

Lembro-me da leitura da fábula “O Escorpião e o Sapo”, atribuída a Esopo, embora alguns autores imputem que a sua origem pareça ser mais recente, provavelmente do século XX, podendo ser inspirada em fábulas da Panchatantra, a mais antiga coleção de fábulas indianas, originalmente uma coleção de fábulas com animais em verso e prosa em sânscrito (hindu) e em pali (budista).  

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Essa introdução serve de mote para a temática que pretendo desenvolver nessa crônica-reflexão com foco nas afamadas: “críticas construtivas.”

Na referida fábula, um escorpião pedia a um sapo que o levasse através de um rio. O sapo tinha medo de ser picado durante a viagem, entretanto o escorpião argumentou que se picasse o sapo, os dois afundariam, em consequência se afogariam. O sapo concordou em ajudá-lo na travessia e começou a carregar o escorpião nas costas, no meio da travessia, o escorpião deu uma ferroada ao seu instinto cruel, destilando o pior veneno no sapo que o ajudava, condenando ambos à morte. Quando perguntado pelo sapo por que havia lhe picado, o escorpião respondeu que aquela era a sua natureza e que nada poderia ser feito para mudar o destino.

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Muitos de nós estamos familiarizados com a fábula do escorpião e do sapo, em que a caridade e a bondade do sapo são recompensadas com crueldade pelo escorpião.

Ultimamente tenho pensado nessa história fazendo uma correlação com aquelas situações do dia a dia na qual usamos de um subterfúgio linguístico para “destilar” o nosso veneno, em nome da crítica construtiva. Diante dessa artimanha maliciosa tenho algo a relatar como segue:

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Após algumas leituras e apontamentos somados ao meu ponto de vista sobre o assunto, pressuponho que uma crítica construtiva, se assim for, na essência da palavra deve ser acompanhada de uma sugestão de melhoria, sempre mantendo o foco na ideia, em vez de focar na pessoa. Enquanto a crítica negativa não tem o propósito de ajudar a melhorar, enfatiza o que há de imperfeito levando-nos a sentir que somos culpados, o foco é claramente na pessoa, não na ideia, embora de forma camuflada.

Quando de fato trata-se de uma crítica positiva, quase sempre percebemos o seu benefício, assim sendo, devemos ruminar, assimilar, incorporar e implementar a melhoria. Sem esquecer de sermos gratos a quem nos ajudou.

No caso da crítica negativa, normalmente vem carregada de maldade e impacta em nossa autoestima, pois a sua natureza perversa e/ou irresponsável busca ofender ou desvalorizar, depreciar a imagem e frear os anseios, objetivos, metas e sonhos de alguém. Muitas vezes o melhor que fazemos diante dessas situações é desprezá-las e seguirmos o propósito, sem nos deixarmos afetar pelas injúrias, difamações e outras “infâmias.” O caminho mais oportuno é liberar-se da mágoa, perdoar os ofensores, visto que frequentemente as críticas desabonadoras, depreciadoras e destruidoras partem de pessoas doentes emocionalmente que precisam de tratamento psicológico, medicamentos e/ou acompanhamento psiquiátrico.

A crítica, quando feita corretamente é uma ferramenta valiosa para o crescimento pessoal e profissional. Ajuda a identificar pontos fracos e oportunidades de melhoria. No entanto, nem todas as críticas são elaboradas com esse propósito. Algumas são feitas com a intenção de ajudar, enquanto outras são destinadas a prejudicar, diminuir, depreciar, arruinar, ofender…

Críticas construtivas são aquelas que são dadas com a intenção genuína de ajudar o destinatário, a melhorar algum aspecto relativo ao seu desempenho pessoal ou profissional. São baseadas em fatos e apresentadas de maneira respeitosa, direcionada de forma individual, sem exposição pública do destinatário. Geralmente incluem sugestões específicas sobre como a pessoa pode melhorar, pontuadas com exemplos, com sentimento de respeito e empatia.

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As críticas destrutivas, de outro modo, são aquelas feitas com a real intenção de prejudicar ou diminuir a pessoa que está sendo criticada. Habitualmente não são baseadas em fatos e são apresentadas de maneira agressiva e desdenhosa. São quase sempre suportadas por suposições sem provas ou em especulações. As críticas destrutivas não oferecem nenhuma sugestão útil e são dadas de maneira desrespeitosa, sem consideração aos sentimentos de quem as recebe. São por natureza maldosas e com a intenção de causar desconforto ao destinatário.

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É fácil perceber que a crítica destrutiva machuca demais, às vezes nos joga para o fundo do poço, para debaixo do tapete ou coisa parecida, porém ao mesmo tempo que ela gera uma grande revolta interna, pode ser um forte catalisador de mudança, por incrível que pareça se usada de forma positiva funciona como um vulcão em erupção, uma grande força transformadora que poderá ser usada a nosso favor. Eu poderia citar vários exemplos em que uma crítica destrutiva fez uma revolução dentro de mim e me tornou quem eu sou, especialmente na literatura. Apenas um exemplo para ilustrar.

É natural em conversas com amigos ou familiares cairmos na tentação de contar sobre algo que pretendemos fazer. Geralmente nessas horas a maioria das pessoas apresenta uma série de argumentos contrários à sua ideia, especialmente se parecer inovadora ou diferente do convencional, os críticos de plantão estão ali quase sempre empenhados em demolir a sua ideia.

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Certa vez quando eu tinha 53 anos e mais de uma dúzia de livros escritos e não publicados, fui a uma instituição acadêmica com o propósito de convidar alguns dos seus membros para prefaciar seis daqueles livros. Apresentei-me durante uma reunião, convidei a quem tivesse interesse em prefaciar um dos livros para em seguida conversarmos particularmente e entregar-lhes os livros xerografados.

Dois dos acadêmicos se manifestaram favoravelmente, apresentei-lhes os livros e entreguei-lhes as cópias. Outro acadêmico em vez de contribuir positivamente, ainda que fosse com uma palavra de incentivo, fez a seguinte pergunta: Por que só agora você resolve lançar seis livros? Foi a pergunta que me fez decidir que não importava se ele faria o prefácio ou não, eu iria lançar os seis livros em breve, assim foi feito. Nenhum deles com o seu prefácio!

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A partir de então tomei outra decisão, iria publicar três livros a cada ano, além daqueles que já estavam escritos. Assim não me deixei influenciar pelo negativo, e sigo com a minha missão, escrevendo diariamente no site falasanches.com, compartilhando nos grupos de WhatsApp, Facebook, Instagram, Linkedin, entre outras mídias e publicando três livros anualmente. Por esse motivo, tenho recebido as tais críticas negativas, com a máscara de positivas por meio da pergunta: Por que você lança tantos livros? A minha pergunta é: Por que isso te incomoda? E o seu quando será lançado? Há muitos anos vejo você dizendo que vai lançar e nunca sai do lugar. Mova-se, realize em vez de criticar que estou fazendo.

Digo aos indecisos que é possivel fazer muito mais e estou à disposição para orientá-los a realizarem os seus sonhos, contem comigo! Não deixe que um balde de água fria tire você do seu foco, use essa energia a seu favor. A vida está em constante revolução!

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Moral da história:

O Escorpião e o Sapo é uma fábula sobre como pessoas cruéis não podem evitar prejudicar os outros, mesmo quando não é do seu próprio interesse. É apenas a natureza do escorpião ferroar e lançar o seu veneno. O sapo deveria estar ciente da natureza do escorpião e, portanto, devemos sempre estar cientes da verdadeira natureza daqueles que nos cercam. Depois eu aprendi algo muito duro e difícil de dizer nesses tempos de censura, mas escreverei ainda que possa contrariar os críticos: “Sua crítica destrutiva foi recebida com sucesso e já encaminhada ao departamento do fod*se!”

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São Luís, 27 de maio de 2024.

José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Literária do Maranhão, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de amor e liberdade.

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Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando e O Voo da Poesia. Coautor de diversas antologias brasileiras.

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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS27.05.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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Comments (7):

  1. Maria do Socorro Sanches

    9 de junho de 2024 at 04:08

    Vc tem o dom de escrever diariamente, isso é uma dádiva de Deus! Não se importe com quem está incomodado em críticá_lo! Siga firme com seus objetivos e metas a serem alcançadas e realizadas.Sucesso grande! Bjos 😘😘

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    • sanches

      17 de dezembro de 2024 at 20:47

      Certamente que manterei a minha rotina exercitando o dom que Deus me deu e partilhando ensinamentos, lições de vida e experiências – ao tempo que aprendo com todos que contribuem para o meu sucesso ( tanto com os incentivadores – quanto com os críticos).

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  2. Eron Oliveira

    9 de junho de 2024 at 07:46

    Um excelente “ponto de vista” sobre, a metáfora, realmente, infelizmente há pessoas que vivem para criticar e tentar minar sonhos de outras, elas não passam de escorpiões a destilar o seu veneno.

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    • sanches

      9 de junho de 2024 at 07:48

      Agradeço pelas considerações querido amigo Eron Oliveira. Saúde e paz para você e família. José Carlos Sanches. falasanches.com

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    • sanches

      28 de dezembro de 2024 at 14:22

      Grande Eron Oliveira, sou grato pelo carinho, atenção e considerações. Que Deus ilumine a sua vida e dos familiares e permita 2025 realizações. Forte abraço do amigo José Carlos Sanches.

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  3. Francisco Moreira de Sousa Fil

    28 de dezembro de 2024 at 11:56

    Ilustre poeta escritor cronista Sanches. Na minha opinião e na filosofia não existe crítica negativa. Ou seja existe uma visão crítica. Ela tem um teor de avaliação das coisas, seja na arte, seja na qualidade de um produto ou na beleza ou feiura de alguém ou mesmo no nível social ou intelectual de outrem. A crítica tem uma intenção. Quando algo preenche a sua expectativa. Você elogia, quando não nenhuma pessoa tem o direito de fazer uma avaliação depreciativa. Se faz tem desvios de comportamento (esquizofrenia, narcisismo, inveja ou egoísmo, etc. ) ou má formação na sua educação. A crítica é uma racionalidade do ser. Ela tem que ser feita para mostrar os pontos bons e os que deseja que o outro deve chegar. Se assim ele deseja. Do contrário você não deve exigir, a não ser que seja uma relação de empregador e é empregado. Na avaliação, você crítica de forma que trate de metas a ser atingidas e logo passa-se os desafios e sela um contrato de expectativa. Quanto a pessoas, sempre iremos encontrar os que querem colocar você para baixo, porque não fazem nada diferente. Esses só elogiam e só tem a capacidade de fazer isso para famosos e os famosos não precisam desse tipo de gente. Abraços poéticos meu amigo poeta Sanches.

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    • sanches

      28 de dezembro de 2024 at 14:19

      Querido amigo Francisco Moreira, aprecio a sua atenção e considerações sobre o tema. Desejo-lhe saúde, paz e vida abundante em 2025. Forte abraço, José Carlos Sanches

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