Por José Carlos Castro Sanches
“Para um bom entendedor meio plágio basta. ” (Willian Steffler)
Desde jovem tenho predileção pelas letras, amo e cultivo a leitura e a escrita. Tenho a literatura como hobby e um prazer imensurável de escrever. Me debruço sobre a agenda, um pedaço de papel, guardanapo, papelão, com a minha caneta ou sobre o teclado do meu computador para produzir crônicas, poemas, contos ou textos sobre temas universais diversos, entre outras publicações em verso e prosa. Isso faz bem para o meu corpo e intelecto. Eu, amo escrever! Escrever é liberdade!
Tenho visão de águia e a impressionante capacidade de reparar na mais pequena das nuances e dos detalhes, além de uma extrema facilidade para transformar pensamentos em páginas escritas, o que atribuo a um dom de Deus.
É através da escrita que libero o meu pensamento e compartilho as ideias com os leitores, que com o passar do tempo foram se tornando cativos apreciadores do meu trabalho. Hoje tenho alguns seguidores e admiradores.
A partir de 2015, dediquei-me a uma intensa produção literária, escrevendo diariamente e publicando na página Fala, Sanches (Facebook), site falasanches.com, Linkedin, Instagram, WhatsApp, Internet e outras mídias. Hoje, também faço publicações semanais nos sites Tordesilhas e Quarentena Literária.
O gosto pela escrita se intensificou a partir de 26 março de 2017, quando, ao comemorar o aniversário de 55 anos, recebi de presente das minhas filhas um compêndio, denominado: “Das coisas que já vivi”, que reunia parte de minhas crônicas, poemas e artigos publicados. Movido pela inspiração e pelo desejo, decidi agrupar todas as minhas produções e transformá-las em livros.
Hoje tenho 15 (quinze) livros escritos: 03(três) publicados em 2018: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; 03(três) em diagramação para lançamento em 2020: No Fluir da Horas é tempo de ler e escrever; A Vida é Um Sopro (Crônicas) e Gotas de Esperança (Poemas) e 09 (nove) em processo de revisão para publicação futura: Abrindo as Cortinas; Momentos do Cotidiano; No Vagar do Pensamento; Com a Palavra, Sanches; Das coisas que vivi na Serra Gaúcha; Me Leva para Maceió; Divagando na Fantasia em Orlando; Escrevendo as Páginas da Vida (Crônicas/Contos) e Pétalas ao Vento (Poemas).
Durante estes anos tenho me dedicado a criar textos literários diferentes, novos, originais e especiais, detendo-me aos detalhes e principalmente à narrativa de assuntos do dia a dia, ocorridos comigo, com a família, no trabalho, lazer ou envolvendo situações que me fizeram refletir e ter a iniciativa de escrever as nuances de cada episódio, fato real ou imaginário. Frutos da criação, vontade, desejo, ação, inspiração e tudo mais que é necessário para a produção literária.
Já escrevi e publiquei mais de 500 crônicas, acima de 100 poemas e mantenho em casa a cópia de todos apostilados. Normalmente quando me apresento levo a minha mochila cada vez maior, cheia de “apostilas com cópias em Word” das minhas produções literárias (que chamo carinhosamente de meus tesouros de papel), os colegas escritores amigos e familiares, que me conhecem vão lembrar, ao lerem essa passagem.
Assim, procedo criando a minha própria história, sem usar de subterfúgios ou oportunismo com obras de outros autores, quando porventura faço uso de qualquer informação, extrato ou citação (que gosto de usar nos meus textos), dou credito ao autor original, quem me acompanha e lê os meus textos, sabe muito bem disso.
“Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22:19-21).
Não aprecio a conduta antiética do plágio ou apropriação indébita de qualquer referência, até porque o cronista, contista e poeta que se preza deve ter a sua identidade, CPF e DNA no que escreve, ser autêntico e original, criar a sua própria história, desenvolver o seu próprio enredo e por consequência o seu estilo próprio, por meio do qual, passará a ser identificado e reconhecido por qualquer leitor que o acompanha.
Sou contrário à imitação por ser capaz de criar o meu próprio conteúdo e desenvolver com cautela e atenção os meus textos, e, também adverso aos que se dizem escritores copiarem obras de outros.
O motivo pelo qual resolvi escrever sobre este assunto foi o seguinte fato ocorrido no dia 05 de maio de 2020. Ao abrir o Facebook vi um texto que me chamou a atenção. Era uma crônica que eu tinha escrito há aproximadamente um mês, copiada por outra pessoa, como se fosse sua. O sorrateiro aspirante de escritor de obras alheias, mudou apenas ou título e ao final colocou o seu nome como autor.
“As pessoas deveriam envergonha-se do plágio e entender que uma coisa é inspirar e outra é imitar. ” (Danielle Wyrgun)
Senti uma tremenda decepção ao perceber aquele plágio, aquela sensação desagradável de ser ultrajado, roubado, ferido na alma. Como alguém pode se apropriar indevidamente da história de outro, como se fosse sua? Fatos ocorridos comigo, no meu ambiente, em família, relatos de desejos, visões, sentidos. E dizer que é sua? Como alguém pode incorporar outro para fingir ser escritor de uma falsa obra que não escreveu?
Neste dia fiquei tão aborrecido e chateado que passou a fome, a pressão arterial subiu e a frustração bateu ao ponto de pensar em “parar de publicar” as minhas crônicas, poemas, contos e textos sobre temas universais nas mídias sociais, pela fragilidade que a exposição representa para manter a autoria.
No dia seguinte não consegui escrever porque estava contrariado com a atitude daquele indivíduo que prefiro preservar o nome para não expor ao ridículo. Imediatamente o comuniquei sobre a atitude antiética e de que o seu plágio havia sido identificado pelo autor original do texto.
“Inegavelmente todo plágio é um roubo. Mas, acima de tudo, eu o vejo como uma pública declaração pessoal de covardia e incompetência! ” (Reinaldo Ribeiro)
Pedi que retirasse de imediato o texto do Facebook e assim ele fez. Porém, no dia seguinte vi outra postagem do irreverente copiador de textos – mais uma vez copiou uma crônica de minha autoria, publicada na semana anterior na página Fala, Sanches do Facebook, apenas com o título modificado e pequenas modificações no texto e assinada, como se fosse sua. Uma triste e lamentável reincidência.
Não me contive, e exclui do meu Facebook o “amigo” que não conheço – para que não tendo acesso às minhas publicações, não faça uso indevido destas como se fosse de sua autoria. Quem sabe, depois, com “sangue frio” eu volte a reconsiderar a decisão de excluí-lo dos meus contatos no Facebook.
Descobri que o “plagiador” é do interior do estado XYZ. Comuniquei o fato ocorrido para os meus familiares, alguns amigos, escritores, leitores e administradores de sites para juntos fiscalizarmos a atuação do suspeito escritor. Depois fui orientado a denunciá-lo ao Facebook, mas decidi não fazer para não o prejudicar. Farei a denúncia se reincidir com a prática indevida do “copy – paste”, que depois descobri ser crime.
Confesso que esse fato mexeu comigo de forma que parecia ter ele, literalmente, retirado um pedaço de mim, o que não deixa de ser – pelo carinho e tempo dedicado a escrever diariamente, muitas vezes começo durante o dia e me estendo até a madrugada, buscando fazer o melhor para compartilhar com os meus leitores. Faço com tanta satisfação que não me sinto cansado, do contrário me realizo.
Talvez, nem todos entendam o que digo, porque o resultado do que fazemos com amor e dedicação não se permite que seja retirado de forma ardilosa por quem não conhece o valor e a seriedade do seu trabalho, além, de não respeitar o direito de propriedade intelectual, por desconhecimento ou astúcia. Não caia no conto do plágio.
“Como é fecunda a mais pequena propriedade, quando se sabe cultivá-la bem. ” (Johann Goethe)
“O plágio se caracteriza como uma prática ilegal e acontece quando alguém copia um conteúdo produzido por outra pessoa sem apresentar a fonte original, ou seja, assumindo que a autoria da obra é sua. É um tipo de violação do direito autoral e pode acontecer com a reprodução de vários tipos de conteúdo, como trabalhos acadêmicos, livros, músicas e imagens.
É uma imitação fraudulenta e é considerada crime no Brasil. Aquele que assumir autoria de outra pessoa, deve responder judicialmente e está sujeito a punições.
O plágio pode ser integral, parcial, conceitual, musical, et cetera. É uma prática perigosa, que além de comprometer a credibilidade de um profissional, é um crime passível de punição, descrito no Código Penal Brasileiro e na Lei 9.610 / 1988 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.
Especialmente no mundo literário, copiar ideias, frases, imagens ou qualquer outro tipo de material de outro autor e não citar a fonte, é uma atitude reprovável. Quando um escritor comete o crime de plágio, pode colocar em risco sua reputação e seu futuro como escritor.”(Fonte de referência: https://www.significados.com.br/plagio/)
“Foi graças as pessoas incapazes de criar algo original, que o maldito plágio surgiu e se alastrou pelo o mundo. ” (Leonardo Pina)
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
São Luís, 12 de maio de 2020.
(Fonte das imagens: https://br.images.search.yahoo.com/search/images )
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches, com crédito aos autores e fontes citadas, e está licenciada com a licença JCS12.05.2020. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.