Por José Carlos Castro Sanches

“Um professor é a personificada consciência do aluno; confirma-o nas suas dúvidas; explica-lhe o motivo de sua insatisfação e lhe estimula a vontade de melhorar. ” (Thomas Mann)
Sônia Almeidaé Membro Efetivo da Academia Maranhense de Letras – AML, ocupante da Cadeira 20, patroneada por Trajano Galvão.
Hoje a minha reverência é para uma pessoa muito especial, nesta manhã ensolarada de 12 de novembro de 2020, dia dedicado aos diretores escolares, me vi diante da dedicada escritora e professora Sonia Almeida.

Como acredito que nada ocorre por acaso, quero reafirmar o empenho da ilustre acadêmica na missão de propagar o conhecimento da língua portuguesa. Pelo que tenho visto a semente plantada na Ilha de Upaon-Açu se propaga por diversos estados da federação e ganha força além-fronteiras, multiplicando o trabalho árduo e merecedor de destaque da literata maranhense por todos os recantos do mundo.
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher. ” (Cora Coralina)
A ariana, nascida em São Luís do Maranhão, ex-aluna do Colégio Santa Tereza é graduada em Letras pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA, especialista em Semiologia Aplicada ao Ensino da Língua Portuguesa e Literatura, mestra em Educação pela UFMA, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo – USP e pós-doutorado pela Ruhr Universitat Bochum (Alemanha). Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação, na área de linguagem e Educação. É professora permanente do Mestrado em Letras da UFMA. Foi pró-reitora de Ensino da mesma universidade, é poetisa e membro da Academia Maranhense de Letras e do Conselho Estadual de Educação do Maranhão. Tem publicações poético-literárias e científicas.
Determinada a desbravar o mundo encantado da leitura deu início a reflexões sistemáticas sobre a necessidade do ler/coproduzir, criando o Núcleo de Leitura e Produção Textual da UFMA, onde desenvolveu trabalhos com alunos do Ensino Médio.
Numa trajetória de intensa dedicação ao laborioso oficio tem construído uma história na formação de professores de língua portuguesa no Maranhão, ministrando disciplinas do PROEB por diversos municípios, levando os Programas de Mestrado Profissional para Qualificação de Professores da Rede Pública Estadual Básica para a formação continuada stricto sensu dos professores em exercício na rede pública de educação básica, em conformidade com a política do Ministério da Educação – MEC.

“O professor disserta sobre ponto difícil do programa.
Um aluno dorme, cansado das canseiras desta vida.
O professor vai sacudi-lo?
Vai repreendê-lo?
Não.
O professor baixa a voz,
Com medo de acordá-lo.” (Carlos Drummond de Andrade)
Satisfeita com as inúmeras atribuições e responsabilidades, no exercício da sua profissão de professora, tornou-se leitora, ao incentivar seus alunos nas leituras de centenas de obras, o que a levou a refletir sobre a vida de inúmeros autores da literatura maranhense, brasileira e portuguesa que o incentivaram a produzir a sua obra poética “ Penumbra”, “A língua e a árvore: uma herança com chão e tempo” e “Palavras herdadas: sobre o Português como língua de herança”. Nesse último, ela divide a autoria com Andréa Menescal, dentre outras obras publicadas e no prelo para publicação futura.
“Muitos são os obstinados que se empenham no caminho que escolheram, poucos os que se empenham no objetivo. ” (Friedrich Nietzsche)
Reafirmando sua contribuição como escritora, professora e uma das maiores educadoras do Estado do Maranhão a Assembleia Legislativa condecorou Sônia Almeida com a Medalha do Mérito Legislativo “Manoel Bequimão”, sendo a proposição da homenagem aprovada por unanimidade pelo plenário da Assembleia Legislativa, o que comprova sua relevância no âmbito da educação e literatura maranhense.

Querida confreira Sônia Almeida, agradeço pela atenção e generosidade durante o breve contato telefônico, em decorrência da pandemia. Assim, encerro essa homenagem, com a certeza de que seguiremos os caminhos das letras e em breve nos encontraremos na encruzilhada da Casa de Antônio Lobo, onde juntos continuaremos a árdua missão de propagar a literatura, a cultura, a arte e a educação, como agentes de mudança, fazemos a diferença e levaremos com humidade e sabedoria a semente da paz, do amor e da perseverança em tudo que realizarmos. Escrever é liberdade e a literatura é uma vocação. Deus seja louvado!

“Amo a minha vocação, que é escrever. Literatura é uma vocação bela e fraca. O escritor tem amor, mas não tem poder. ” (Rubem Alves)
São Luís, 12 de novembro de 2020.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outros nove livros inéditos.
Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta.
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS12.11.2020. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.