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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

NATAL TODOS OS DIAS!

Por José Fernandes, do livro “Crônicas de Outono”.

Site: www.falasanches.com

16 Símbolos de Natal e seus Significados - Escola Educação
FONTE DA IMAGEM: INTERNET

É DE LAMENTAR que, só no finalzinho de cada ano, exatamente nos dias mais próximos da comemoração do Natal, os nossos sentimentos afetivos e de uma parte dos habitantes deste planeta se aticem, como se, de repente, despertasse-nos de uma inércia cujo tempo poderia ter sido aproveitado para ações mais nobres, no decurso de cada ano que se finda.

Esse tardio despertar, só ocorrido, quase sempre, nesses ciclos anuais, não é de todo mal. É melhor do que se até nesses dias estivéssemos indiferentes a essa data tradicionalmente alegre para a grande parte das pessoas do mundo inteiro. 

Mas o bom mesmo seria que fôssemos permanentemente inspirados à fraternidade e à benevolência; que nos despíssemos da apatia e da insensibilidade e passássemos a ser fraternos todos os dias; que a generosidade e a benevolência tomassem conta do nosso ser, naturalmente induzindo-nos à reflexão, ao levantamento crítico das nossas atitudes anteriores quanto ao nosso relacionamento conosco mesmo e com quem interagimos, nossos companheiros e companheiras de jornadas, moços e velhos, pobres, ricos, doentes e sadios, indiscriminadamente, e para com estes mantivéssemos atitudes de tolerância e magnanimidade, tendências que já existem nos esconsos de nossas almas, a espera, apenas, de um pequeno impulso de vontade.  

É certo que às vezes somos atingidos pelos maus ventos das tormentas pessoais, advindas de conjunturas desfavoráveis – prejuízos materiais, carências afetivas, desajustes e intranquilidades. Mas, mesmo assim, é possível dispormos de um pouco de força moral e de otimismo. Temos oportunidades de recorrer às pessoas próximas e disponíveis, que às vezes ignoramos mas nos poderão ser úteis; apelar ao poder incomensurável da prece, do colóquio com Deus e com as forças superiores do universo, que não falham nunca, na convicção de que tudo passa, o bem e o mal, sempre cônscios de que cada dia tem um novo alvorecer, passível de nos conduzir à paz interior, de superar empecilhos e seguir novos caminhos.

Aproveitemos os dias de serenidade para nos submetermos a reflexões mais profundas, reanálise dos nossos atos, um levantamento crítico do nosso proceder, rememorando pensamentos, palavras e atos, perguntando a nós mesmos se temos ou não contribuído para minorar os sofrimentos dos outros, com que se nos deparam a cada dia; se temos facilitado a vida do nosso próximo; se exaurimos as oportunidades de praticar o bem ou se ficamos inertes, envoltos no nosso egocentrismo.

Essas reflexões constantes enriquecem a nossa experiência, dão ensejo a repensarmos a nossa vida, de mudá-la, se for o caso, tornando mais saudável o nosso convívio com nós mesmos e com os outros, visando – quem sabe – uma reforma íntima, difícil mas não inalcançável, voltada para as coisas maiores, para o aprimoramento do nosso espírito, sempre buscando alcançar os ideais transcendentes que diminuem as aflições e o clamor da hora presente, culminando em boas expectativas para as novas gerações, acalentando novas esperanças.

História do Natal - Brasil Escola
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 Perscrutando sob essa órbita, passamos a olhar o mundo como sendo um mundo novo, onde está começando a florescer e a frutificar o ideal que existe camuflado dentro no âmago da nossa unidade espiritual, afetiva e cultural, que o futuro solidifica.

A vida material flui e flui rápida e até impiedosa, já o dissemos uma vez. É necessário, é urgente que nesse fluxo cronológico que transforma as épocas, nós também nos transformemos, adaptando-nos aos avanços da ciência, em consonância com a espiritualidade maior, extraindo dela os mais salutares proveitos.

É preciso fazer silêncio onde o pensamento e a palavra não possam construir com proveito; sorrir, se possível, até na dor; perdoar incondicionalmente; ser fiel ao dever; valorizar o tempo espalhando a felicidade, a paz e o amor pelos caminhos; usar o diálogo como meio de apaziguar o mundo, qualquer que seja o tamanho desse mundo – o pequeno lugar em que vivemos, o país e todas as moradas de Deus.

Após estas simples reflexões, auspiciemos uma vida de paz, natais felizes – um Natal todos os dias.

Imagens de Natal
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P.S. José Fernandes é escritor e cronista maranhense. Membro Efetivo da Academia Ludovicense de Letras e da Academia Arariense de Letras. Meu grande amigo e admirador. Faço uma homenagem ao ilustre literato publicando sua bela crônica nesta página e no site falasanches.com – boa leitura e reflexão! Forte abraço, José Carlos Castro Sanches.

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São Luís, 29 de dezembro de 2023.

Dados abaixo atualizados em 30/01/2024.

José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

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Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de inúmeras antologias brasileiras.

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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS30.01.2024 Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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