O que faz da vida um triz
Certamente não é a prisão
Na jaula desalmada
E nebulosa do Leão
O que fazia o professor
De outrora sem o giz
Quem disse que Regina Duarte
Não é uma grande atriz?
A mente prisioneira do vício
Da destruição que libera o veneno
Tenebroso e maldoso
Para aniquilar uma reputação
Digo-vos que estive na jaula
E não senti medo do Leão
II
Quando eu era criança
Fugia da assombração
Hoje o que me assusta
É a tal corrupção
Que os nossos juízes
Deputados, políticos
Ministros togados
Jornalistas ultrajados
Grupos organizados
TVs, rádios, jornais e revistas
Distorcem a realidade
Aplaudem anarquistas
Para sustentar privilégios
De pseudo-ativistas
A jaula do Leão está longe de ser
Um lugar perigoso para ficar
É mais fácil conviver com uma fera
Num mesmo covil
Que ser honesto no Brasil
III
Quando alguém tenta mudar
A força destruidora é resistente
Querem a qualquer preço
Destruir o Presidente
As hienas giram desordenadas
E manipulam covardemente
Querem legalizar a ilegalidade
Suprem as mentes vazias
Com o veneno da insanidade
Maltratam o povo humilde
Destroem a verdade
Criam pobres, submissos
Privados da liberdade
Leões destruidores
Da humanidade
A jaula que os prende
É a vaidade
E a ignorância de um povo
Escravo da malandragem
IV
Naquela jaula desalmada e nebulosa
De Leões irracionais e famintos
Havia um homem de carne e osso
De sangue rubro bombeado
Por um forte coração
Um pensador solitário
Na combalida e rude solidão
Movido pelo sofrimento
Tragado pela emoção
Em busca da liberdade
Iluminado de inspiração
Calejado da maldade
Sem medo do Leão
Mas, alarmado e sobressaltado
Com a “fieira” de aldabrão
Porque em cada esquina
Encontra-se um viciado
Alimentado pelo patrão
Que vive preso
Na sua própria prisão
Escondido na rua estreita
Sem rumo e sem direção
Assim vivem os homens
Encurralados nesta nação
A esperança é uma espera
Que não cansa
Quem sabe um dia
Os pandilheiros ocupem
Lugar definitivo nas jaulas
E os leões possam viver
Livres na floresta
Reine a paz e a união
Concórdia e festa
Alegria e segurança
Nas ruas das cidades
Propriedades rurais e roçados
Em vez do medo e da violência
Que a todos atormenta
VI
Sairemos vencedores
Como Daniel que sobreviveu
Depois de lançado na cova dos leões
E o rei Dario escreveu
A todo o povo do seu reino
“Ordeno que todos respeitem
O Deus de Daniel
Ele faz grandes milagres
E Salvou Daniel
De ser devorado pelos leões. ”
É nesse Deus que me apego
Para profetizar o progresso
Da nossa amada nação
Que foge do retrocesso
Com fé e orientação
Do poderoso pai
Que me protegeu
Na Jaula dos felinos
E libertou Daniel
Da cova dos leões
José Carlos Castro Sanches
São Luís, 24 de janeiro de 2020