1236657.1677ed0.a1d49e5be45046c98447636dfa3d9e34
Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

LIÇÕES APRENDIDAS COM ROSSANDRO KLINJEY!

Upaon-Açu – 36 ANOS EDUCANDO

“É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.” (Coelho Neto)

Na noite de sexta-feira 15 de setembro de 2018, após mais um dia de trabalho recebi um convite para participar de uma palestra com o ilustre escritor Rossandro Klinjey com o tema: “Como educar uma geração que não acredita na educação como agente transformador da vida.” A palestra é parte da programação de comemoração dos 36 anos do Centro Educacional Upaon-Açu. 

Há 36 anos três amigas realizaram o sonho de criar uma escola. Unidas pelo mesmo ideal, Ana Lucia Oliveira de Carvalho, Margarida Saito e Virgínia Helena de Albuquerque fundaram o Centro Educacional Upaon-Açu, com o desejo de realizar um projeto pedagógico inovador e fazer da escola um lugar prazeroso, com atividades atraentes, vividas num processo de aprendizagem instigante e participativo.

“A cultura forma sábios; a educação, homens.” (Louis Bonald)

Rossandro Klinjey é Psicólogo Clinico Mestre em Saúde Coletiva e Doutor em Psicanálise, nascido em Campina Grande, Paraíba, o Personal Life and Coach é coautor do livro Educando para a paz.

Fenômeno nas redes sociais, seus vídeos já alcançaram a marca de mais de cem milhões de visualizações. Autor de vários livros, sendo os mais recentes: As cinco faces do Perdão; Help: me eduque e Eu escolho ser feliz. É consultor de Rede Globo em temas relacionados a comportamento, educação e família, no programa Fátima Bernardes, além de colunista da Rádio CBN. Foi professor universitário por mais de dez anos, quando passou a se dedicar à atividade de palestrante, atuando nas áreas de perspectiva da educação, motivação, liderança, relações interpessoais, desenvolvimento emocional, gestão de pessoas cultura e paz, entre outros, no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos.

“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” (Immanuel Kant)

Numa palestra descontraída e agradável o grande mestre Rossandro Klinjey, a quem denominei de “Encantador de gente”, me fez refletir sobre o tema. Na oportunidade registrei algumas dicas, indagações, reflexões e aprendizados que transcrevo abaixo com algumas adequações para completar as ideias não perfeitamente concluídas nos apontamentos, sem a pretensão de esgotar o assunto (as ideias fluem muito rapidamente e não consegui registrar todos os detalhes de cada reflexão, apenas flashes, release, fragmentos das citações do palestrante – que oscila entre vários temas, histórias pessoais, aspectos científicos, músicas, poesias, piadas, e outras técnicas inteligentes para cativar e manter a atenção da plateia)

“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.” (Aristóteles)

Segue as lições aprendidas: 

• Ninguém vai construir um país melhor sem passar pelos professores; 

• Aprendemos por imitação. Para aprender é preciso PARAR e REPETIR exige esforço. E esforço é desgastante, por isso muitas vezes fugimos desse compromisso;

• O pobre não troca de roupa. É a roupa que troca de pobre – se referia sobre quando criança usava as roupas do irmão mais velho e de outras pessoas da família;

• Foi exatamente pelo que passamos que nos tornamos o que somos – demonstra genuína gratidão à mãe, avô e pessoas que o ajudaram a chegar onde está, associada à sua decisão de estudar por necessidade para poder crescer na vida e obter o que desejava, ainda que inicialmente não tivesse interesse pelo estudo – a influencia da mãe e avô parece determinantes para o seu sucesso. Desde a rotina forçada durante as revisões dos escritos da mãe jornalista que exigia precisão e zelo, até as poesias e canções do avô para incentivá-lo a estudar fizeram grande diferença em sua vida;

“Toda a educação, no momento, não parece motivo de alegria, mas de tristeza. Depois, no entanto, produz naqueles que assim foram exercitados um fruto de paz e de justiça.” (Textos Bíblicos)

• Quando o seu pai chegar! Um pouco do que as mães usam para forçar os filhos a fazerem o que elas determinam, mesmo sabendo que muitas das vezes, os pais não façam nada ao chegar e elas (as mães) que geralmente comandam e dão as ordens em casa;

• Famílias: TESE – quartel/ ditadura e ANTÍTESE: Hotel/quase Motel com liberdades indefinidas (Não capturei a ideia completa – vale aprofundamento e reflexão);

• Um filho corre mais risco num quarto da própria casa do que numa Rua de Bagdá; na Internet do que numa rua perigosa à procura de…

• Evolução das gerações. Geração: Sitio do pica pau amarelo; Geração: Balão mágico; Geração: Hilarié (das vogais); Geração: Desce mais devagarinho na boquinha da garrafa… Por outro lado no mesmo contexto temos vários exemplos de jovens surpreendentes em nosso tempo. Decadência ou redenção da humanidade?

• Veja todas as coisas: Vê de tudo e recorta o que é BOM. Recortar o que é POSITIVO. Aqui eu quero colocar um ponto de vista pessoal. 

“Esse olhar do BOM, do POSITIVO, de VALORIZAR o outro, de sair da dependência, da condição de vítima e partir para a ação como PROTAGONISTA da sua própria vida é muito importante para todos os brasileiros neste momento de intriga, corrupção, mentira que tomou posse do nosso país e está atingindo fortemente os princípios e valores das famílias.” (José Carlos Sanches) 

• Quem sabe qual Youtuber seu filho esta seguindo? No passado tínhamos mais controle sobre o que os filhos faziam, hoje é mais difícil requer tempo e atenção continuada; 

• Hoje a tarefa de educar é mais complexa;

• A educação moral dos filhos não se pode terceirizar;

• Filhos têm direitos e deveres;

• Como se criava hierarquia na família? No passado os pais comiam os melhores pedaços do frango. Hoje os melhores pedaços são para os filhos. Quem menos produz tem mais privilégio;

• Hoje temos distrações em excesso: internet, YouTube, What App, TV, celular…

• Geração de pais incompetentes que criam filhos dependentes;

• No passado quando uma criança pegava catapora, os pais juntavam as crianças próximas para dormirem juntas. Preferiam que contraíssem as doenças na infância para tornarem-se mais resistentes e imunes. Hoje se uma criança está doente fica isolada e não pode conviver com as outras, todos os colegas, amigos e familiares se afastam com medo de contraírem a doença;

• As crianças de hoje são superprotegidas; na infância é preciso se expor a doenças, andar descalço pelo chão, se enlamear para ganhar resistência e imunidade.

• Uma criança não pode morder outra na escola que os pais tomam partido. Mesmo sabendo que é uma fase que todas passam;

• Os filhos têm que se frustrar; Sair do EGO para reconhecer o sentimento do outro;

• Qualquer um precisa fazer primeiro o que todos fazem para depois fazer diferente – referia-se à necessidade de começar a estudar para depois fazer o que gostava (Estudar é a base para iniciar o processo de libertação – fazer o que quero);

• Quando dizia para a minha mãe o que queria – sem ter decidido que iria estudar. Ela perguntava: Quem vai lhe dar tudo isso? Você tem um monte de sonhos. Somos pobres, só posso te dar a educação. Só sobra para você uma coisa: ESTUDAR. Não tem que gostar!

“Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido.” (Sir Arthur Lewis) 

• Quando se refere à ajuda que recebemos dos familiares que nos antecederam (avós e outros familiares) Rossandro diz: Você não está aqui por seu próprio mérito. Muitas pessoas trabalharam por você. (Uma grande verdade! Quase sempre esquecemos das pessoas que nos ajudaram);

• Quando se referia à necessidade de estudar: Não mudou o meu sentimento, mas mudou o meu comportamento. A Educação é a única coisa que nos permite a mudança;

“A boa educação é moeda de ouro. Em toda a parte tem valor.” (Padre Antônio Vieira) 

• Fixação vem por repetição;

• Raciocínio contraintuitivo;

• O educador tem que: repetir, repetir e repetir;

“A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida.” (Sêneca)

• Não tem mais treino para perder, frustração;

• O que vem fácil não tem valor NENHUM; (Precisamos de trabalho, dedicação e foco para atingir os objetivos – nada vem de graça);

• Ratinho geração moral e cívica sabe o que tem que fazer para poder ganhar a recompensa; (Não ganhará a recompensa sem nada fazer);

• Quando um colega de trabalho o chamou de “tamborete de forro” porque era baixinho, chegou a casa e contou para a sua mãe. “ a mãe perguntou: você é tamborete de forro? Então pronto! E completou esse desafio é seu você precisa aprender a se virar. (Se fosse hoje seria Bullying, motivo de isolamento, depressão);

• Uma noite quando estava com medo de uma mancha na parede provocada pela goteira durante a chuva procurou abrigo no quarto dos pais. Recebeu como resposta: volta para o teu quarto. Deitou e dormiu ao amanhecer percebeu que era apenas uma mancha na parede. Concluiu: Precisamos enfrentar os nossos medos. Criança tem que dormir no seu próprio quarto. O máximo que você poderia fazer se tivesse filhos pequenos era permitir que ele dormisse com você (entre o casal) uma vez por semana;

• Criar um dia especial para dormir com a criança. Criar DISCIPLINA; O mesmo princípio vale para o casal, marcar pelo menos um dia por semana para o sexo; (Nestes dias em que os casais vivem sobrecarregados de compromissos é necessário tirar um tempo para o amor e manter a relação a dois aquecida);

• Quer ser um pai e mãe FELIZ: Seja UM CASAL FELIZ! ( Palmas);

• Quando meu avô adoeceu de Alzheimer cuidei dele. Perguntou para a plateia: “Os filhos que vocês têm, vão limpar a bunda de vocês quando estiverem doentes?” A culpa é sua! Ainda há tempo para educa-los!

• Quando a minha mãe me ensinava a escrever para ajuda-la nas atividades jornalísticas, dizia: tem que ser bem feito o que se faz;

“A educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes de falar, antes de entender, já se instrui.” (Jean-Jacques Rousseau)

• Certa vez me perguntaram: quem te ensinou a escrever? Nunca antes tinha me deparado com esta pergunta então comecei a pensar e encontrei a resposta: Com a minha mãe que era jornalista;

“Os filhos tornam-se para os pais, segundo a educação que recebem, uma recompensa ou um castigo.” (J. Petit Senn)

• Filhos não precisam de PADRÃO DE VIDA, precisam de PADRÃO DE AFETO;

• Os filhos precisam olhar para os pais e mães com respeito;

• O filho que não valoriza o respeito ao professor está sabotando a própria vida;

• Não saiam daqui com culpa, nem medo;

• Criamos galinha e gato SER HUMANO a gente EDUCA;

“Se você acha que educação é cara, experimente a ignorância.” (Derek Bok)

• Assim o ilustre palestrante encerrou a palestra, recebeu o reconhecimento da plateia e passou a receber os presentes para autografar os livros e compartilhar fotos.

A diretora de escola agradeceu a presença de Rossandro Klinjey e dos participantes e completou com a seguinte pergunta: A quem interessa desqualificar a família? 

Em seguida encerou o evento dizendo: Quem abraça a educação é muito feliz!

Agradeço às minhas cunhadas Herbene pelo convite, a Marinada, Rita e Elizete pela companhia e ao ilustre palestrante Rossandro Klinjey pela palavra rica, inteligente e reflexiva. Como disse: “Você é um encantador de gente.” 

Parabéns aos Diretores, Professores, Coordenadores, Equipe Técnico-Administrativa e demais funcionários do Centro Educacional UPAON-AÇU pelos 36 anos de compromisso com a educação. 

“Treino é treino e jogo é jogo. Educar é treinar e acreditar no impossível: repetir, repetir e repetir. Aprender é jogar e imitar.” (José Carlos Sanches)

NOTA: Os apontamentos não refletem a ideia completa do palestrante, são apenas recortes com adequações do autor deste relato pessoal. Portanto, qualquer interpretação equivocada não poderá ser atribuída ao palestrante. Não tenho a autorização expressa para citá-lo nem para reproduzir qualquer informação em seu nome. Assumo a responsabilidade pelo relato e aprecio a aprovação do palestrante a quem agradeço pela oportunidade de aprendizado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *