Por José Carlos Castro Sanches

“A amizade é um amor que nunca morre.” (Mario Quintana)

Na esquina da vida reluz uma esperança. A centelha que atiça a chama é a amizade que próxima ou distante se fortalece com o tempo, não importa se as circunstâncias proporcionaram o impedimento dos contatos frequentes. A boa amizade nunca finda ela permanece silenciosa dentro de cada um de nós, basta o reencontro para torná-la viçosa como as sementes plantadas em solo fértil e irrigadas, na dose certa, com amor e carinho.

“Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz…” (Machado de Assis)

Quando a amizade é verdadeira o corpo e a alma vibram na mesma frequência ao reencontro; o abraço é sincero; o olhar é atraente; o ouvido é sensível, a palavra é doce como mel, a comunicação é como o néctar extraído da flor pelo colibri, o toque é amoroso, puro e verdadeiro; a reciprocidade é intensa como as flores e a primavera. Até o silêncio é pacífico tal qual a vida num mosteiro. Viceja a magia da intensa relação entre pessoas que mantêm a admiração, o carinho e afeto recíprocos.

“Nada substitui a riqueza de um afeto sincero. E o carinho de uma amizade verdadeira
são laços criados e honestamente selados na cumplicidade e no amor.” (Sueli Matochi)

Em 21 de agosto de 2022, reencontrei dois amigos, o primeiro Celson de Jesus Moreira é um amigo de longa data, desde 1977 a 1979, quando estudamos o “Segundo Grau” (hoje Ensino Médio) no Colégio “Ateneu Teixeira Mendes”, em São Luís do Maranhão.  Pelo acaso do destino, ele visitava o BASA Clube de São Luís, acompanhado da esposa Zózima de Jesus Prazeres Costa, do filho Celson Feques Prazeres Costa, da filha Allane Prazeres Costa e da nora Tamires Araújo. Eles estavam a passeio em busca de divertimento num ambiente que oferecesse um bom petisco, cerveja gelada e alimento saudável, ali encontraram o que desejavam. Enquanto a minha esposa Socorro Sanches e eu participávamos do encontro literário “Laços Poéticos”, juntamente com uma plêiade de escritores (as) talentosos(as):  poetas (isas), cronistas, contistas, trovadores (as), cantores (as), artistas, músicos, artesãos, pintores… familiares e convidados, todos contagiados pela poesia e música: cantavam, declamavam e liam belos poemas para alegrar os presentes naquele domingo ensolarado e revitalizante.

No clima festivo e abençoado juntei-me aos beletristas para fortalecer os “Laços Poéticos” e ao velho amigo para revigorar os “Laços de amizade”. Fomos duplamente agraciados pela poesia e fraternidade.

O “Encontro de Improváveis” conduzido por Eloy Melonio, Rogério Rocha e Wanda Cunha contou com a participação dos colegas escritores (as): Hilmar Hortegal, Pedro Neto, João Batista, Jeanderson Mafra, Natinho Fênix, Rossana Cunha, Rossana Azevedo e do músico Rhoni Grato. Seguido de outros participantes dentre eles, este que vos escreve José Carlos Sanches, Rômulo Reis, Márcia Reis e um talentoso escritor e poeta de Icatu que apresentou seus livros e declamou um poema (não lembrei do nome – quem souber me informe para incluir no texto).

Na oportunidade conversei com o distinto jornalista, comunicador e vereador Marcial Lima, também com os confrades e escritores Hilmar Hortegal, Raimundo Campos Filho, sempre presentes nos “Laços Poéticos”. Dentre outros que abrilhantaram o magnífico encontro com suas presenças, registrados nas belas fotografias.

“O que era pequeno se transformou em uma amizade
Uma amizade se transformou num laço
E esse laço nunca será quebrado
O amor nunca será perdido.” (Charlie Puth)

O segundo amigo escolhido para visitarmos em sua residência após o encontro “Laços Poéticos”, foi Tarcizo Estanislau Marques. Minha esposa e eu fomos agraciados com uma maravilhosa recepção. Pão de queijo e francês, café, sucos, queijo etc. Nos sentimos em Minas Gerais. Era um clima envolvente de felicidade, sorriso, conversas atrativas e valiosas que fortaleciam a imaginação prodigiosa e o fraterno acolhimento. Sentimo-nos em casa com os anfitriões Tarcizo e esposa Cirlei, acompanhados da filha Ana Cláudia, do neto Gabriel, do genro Guilherme e uma generosa amiga da família que ajudou a nos servir e participou do bate-papo amigável.

Tarcizo chegou a São Luís em 1981, proveniente de Poços de Caldas para trabalhar no Consórcio de Alumínio do Maranhão – Alumar, onde convivemos por décadas. O conheci por volta de 1989, quando ele atuava como Supervisor na Refinaria e eu como profissional da área de Meio Ambiente, Segurança do Trabalho e Higiene Ocupacional. Da convivência laboral tornamo-nos amigos e a genuína amizade perdura até o presente.

“…toda minha gratidão pela companhia linda… na harmonia dos laços da amizade verdadeira… compartilhamos sempre muitos momentos de alegria! (Jared Hassan)

Quando construímos amizades sinceras, não tememos o tempo nem a distância porque se consolidam de forma sólida e perene os “Laços de amor” que nunca se desenlaçam; fortemente amarrados pela simpatia e empatia. Uma amizade verdadeira é um laço tão forte, que nem a morte pode quebrá-lo. Como disse Henri Lacordaire: “A amizade é o transbordamento do amor de Deus”.

Decerto os laços seguirão firmes enquanto permanecer a amizade nos encontros coletivos ou particulares. Vale a pena conquistar novos amigos e manter as velhas amizades. As longas amizades não se abalam com a distância; são como pedras preciosas, garimpadas nas minas distantes, nos remetem às memórias e boas lembranças do passado. Alimentam o presente com o néctar precioso do amor fraternal. Minha eterna gratidão a todos os amigos!

“Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.” (Francis Bacon)

São Luís, 21 de agosto de 2022.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras, Artes e Ciências, da Academia de Letras, Artes e Cultura de Coroatá, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança, Pérolas da Jujuba com o Vovô e vinte livros inéditos. Visite o site falasanches.com e a página “Fala, Sanches” (Facebook) e conheça o nosso trabalho.

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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS21.08.2022. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.