Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com
“O amor é a poesia dos sentidos. Ou é sublime, ou não existe. Quando existe, existe para sempre e vai crescendo dia a dia.” (Honoré de Balzac)

Nesta data de 16 de janeiro de 2024, em homenagem à amiga e confreira Graça Silva, pela passagem do seu natalício, reproduzo a crônica escrita em 08 de maio de 2019 dedicada à talentosa poetisa rosariense. A presente versão difere da anterior pela inclusão de fotos da cerimônia de posse da beletrista na criação da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências – ARLAC.

Graça Silva, poetisa Rosariense de calibre que transpira pureza e simplicidade na sua linguagem poética. Poema e rima são parceiros inseparáveis nos seus belos poemas que retratam a nossa querida cidade e a bela natureza, tão bem decantadas em verso e prosa.
A sua pena flui com leveza. As histórias remontam a destreza da prodigiosa mulher guerreira.

Serás Graça tu, aquela que plantou o bacurizal lá do céu? Vestiu a literatura de véu? Te digo que Graças aos bacuris, os vendedores do trem na estação ferroviária de Rosário, reuniam os vinténs; bebíamos sucos saborosos; juntávamos os amigos às sombras daquelas árvores frondosas.

Os poemas de Graça, contando as histórias do passado no meu torrão, remetem às lembranças da infância feliz, desde a rua Eurico Macedo até a praça da matriz, perpassando pelos bacurizais da minha terra querida – que alimenta a poesia da pequena-meiga-grande “Graça”- estrela nascente que usa a literatura para encantar muita gente. Como disse Cora Coralina: “Poeta não é somente o que escreve. É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima à autenticidade de um verso.”

A quem posso compará-la? Se nem mesmo a conheço, senão pelos poemas que escreves com a pureza d’alma e a linguagem de berço.

Como posso denominá-la? Bela adormecida, Cinderela, Branca de Neve, Pequena Sereia, Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel. Ou preferes o singelo título de poetisa da pureza e da natureza? Que em tudo valoriza a nossa essência, relembra a inocência, traduz a paciência e exalta a singeleza da Rosa rio, cidade da minha infância que me faz voltar a ser criança a cada poema lido, fruto da sensibilidade de uma escritora que por meio dos seus poemas e versos renova a nossa esperança.

Graça Silva, traduz na singeleza dos seus versos a essência e a nobreza de uma mulher destinada a cumprir com maestria a sua vocação pela literatura. Deve seguir ao pé da letra a premissa de William Wordsworth, ao assegurar que: “A poesia é o transbordamento espontâneo de sentimentos intensos: tem a sua origem na emoção recordada num estado de tranquilidade.”

Aqui encerro com um adendo – não citado na versão anterior para parabenizá-la pela passagem de mais uma primavera.
Parabéns e feliz aniversário querida amiga. Que Deus continue iluminando os caminhos floridos por onde caminhares, e permita muitos anos de vida abundante com saúde, paz e alegria. Deus seja louvado!

São Luís, 08 de maio de 2019.
Revisado em 16 de janeiro de 2024, para inclusão das fotos de Graça Silva, na Posse da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências – ARLAC.
José Carlos Castro Sanches.
É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de inúmeras antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS08.05.2019. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.


Alvino
18 de janeiro de 2024 at 13:33
Rosa rio, figura no texto. Seria a junção de duas palavras para formar o nome do município, ou seria uma homenagem a alguém com nome de Rosário?
sanches
1 de março de 2024 at 09:36
Querido amigo Alvino, respondendo à sua pergunta “Rosa rio – junção de duas palavras para formar o nome do Município de Rosário. Terra onde nasci. Agradeço pela atenção e comentário. Forte abraço, saúde e paz para você e família.