Por José Carlos Castro Sanches
“O sofrimento e a frustração têm caráter pedagógico.” (Rossandro Klinjey)
Há algum tempo escrevi a crônica “Ninguém vive de comer poesia”, retratando a vivência de um escritor e poeta. Retomarei a temática para reflexão dos literatos e leitores, sem a pretensão de esgotar o assunto, certo de que não traduz verdade absoluta e não corresponde ao pensamento de todos.
Hoje tentei por diversas vezes acessar o meu WhatsApp através do computador num local onde não era possível usar o acesso convencional à Internet. Tempo perdido! Logo fiquei chateado comigo mesmo, sem saber o que fazer e a quem recorrer. Então, decidi ligar para um colega que entende de informática para pedir ajuda. Conversa vai, conversa vem, fui orientado e consegui o acesso desejado. Na oportunidade aproveitei para esclarecer algumas dúvidas sobre outras questões que incomodavam e impediam de enviar e receber informações pelo e-mail, cadastrar os meus escritos diários no site falasanches.com e compartilhar as publicações na página “Fala, Sanches” do Facebook. Recebi as orientações e pude, enfim, libertar-me do pesadelo de fazer algo que não sabia, sem obter sucesso.
Isso é algo que me incomoda fortemente, porque o problema está entre a cadeira e o computador, ou seja – sou eu – criei uma barreira para avançar na interação com o computador e outros equipamentos eletrônicos – eles causam estresse em qualquer lugar pelo simples fato de pensar no problema que não tenho solução imediata e julgar ser difícil resolver. Criei uma barreira mental que acorrentou a minha proatividade nessa área, mas decidi que vou romper como essa limitação.
“Consulte não seus medos, mas suas esperanças e seus sonhos. Pense não sobre suas frustrações, mas sobre seu potencial não usado. Preocupe-se não com o que você tentou e falhou, mas com aquilo que ainda é possível fazer.” (Papa João XXIII)
Sei perfeitamente que o problema é bem menor do que a criação da minha mente, todavia preciso escapar dessa carga de sal que dói no fundo d’alma e prejudica o corpo, sem nenhuma justificativa, tudo porque não desenvolvi habilidade na área de informática e interesse para aprender sobre algo tão simples e imprescindível para a minha vida profissional, acadêmica e literária. Justificando a premissa de que tudo aquilo que julgamos difícil, se tornará impossível se não agirmos para mudar.
“Quanto mais um homem se aproxima de suas metas, tanto mais crescem as dificuldades.” (Johann Goethe)
Preciso ter paciência, perseverança, avançar e quebrar esse paradigma, a forma encontrada para liberar a frustração foi escrevendo esta crônica e compartilhando o aprendizado com os leitores. Por que faço isso tão facilmente? Porque gosto e tenho facilidade para expressar os sentimentos numa folha de papel. O que para muitos é extremamente difícil para mim é indescritivelmente fácil, agradável e prazeroso. Talvez aí esteja a diferença entre escrever e lidar com informática.
“Paciência e perseverança têm o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem.” (John Quincy Adams)
A imaginação é poderosa e diante da circunstância supracitada surgiu um questionamento: por que escrevo diariamente e compartilho experiências, conhecimentos e lições de vida sem receber nada em troca ou melhor sem pagamento? Enquanto tudo que necessito deve ser pago, até as pequenas orientações sobre informática? Quem sabe a história do mecânico de navios que com uma martelada resolveu o problema e cobrou U$ 10,000 ao cliente, entenderá o que digo. Talvez, eu não esteja valorizando o que escrevo ao ponto de oferecer sem custos, enquanto os demais profissionais saibam da importância do seu trabalho e cobrem o valor justo pelos serviços prestados. Afinal, como descrevi na crônica “Ninguém vive de comer poesia”, precisamos alimentar o corpo, suprir as necessidades básicas, cuidar da saúde, ser feliz e viver intensamente cada segundo.
“A imaginação tem todos os poderes: ela faz a beleza, a justiça, e a felicidade, que são os maiores poderes do mundo.” (Blaise Pascal)
Essa reflexão me fez entender por que alguns escritores começaram a usar o PIX como sugestão para os leitores. Não sei dizer se têm recebido o devido reconhecimento, mas a partir de hoje não os julgarei por essa prática. Eles têm razão ao pedirem ajuda, afinal escrever é ao mesmo tempo uma dádiva e um trabalho de excelência realizado por pessoas competentes, talentosas e capazes que rastejam como cobras no solo quente, visualizam o mundo com o olhar de águia e dedicam parte da vida a uma missão gratificante, construtiva e transformadora com força, foco e fé em busca da imortalidade.
“Transforme suas frustrações em desafios ou em arte; conspire e dê a volta por cima.” (Promessius)
Ao escrever pretendo deixar uma mensagem edificante, afirmativa, construtiva e propagar o amor, a paz e a generosidade; promover mudança, transformação e motivação; fortalecer sonhos e torná-los realidade. O valor não está no dinheiro. Está na realização, na palavra verdadeira, na genuína felicidade e influência positiva sobre a vida do outro sempre buscando visualizar um mundo melhor, mais justo e humano como um jardineiro solitário que lança sementes, cultiva e irriga com empatia, solidariedade e fraternidade.
“Não deixe as frustrações dominarem você, domine-as. Faça dos erros uma oportunidade para crescer. Na vida, erra quem não sabe lidar com seus fracassos.” (Augusto Cury)
São Luís, 17 de março de 2022.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.
Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança, Pérolas da Jujuba com o Vovô e catorze livros inéditos. Visite o site falasanches.com e a página “Fala, Sanches” (Facebook) e conheça o nosso trabalho.
Adquira os Livros da Tríade Sancheana: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja on-line www.ameilivraria.com; os livros da Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!, no site da Editora Filos: https://filoseditora.com.br/?s=Sanches
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS17.03.2022. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.