Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com
Ao vê-lo(a) de longe como sei da sua indisposição pela minha pessoa e da grande rejeição que tenho por ele(a). Devo dobrar o primeiro canto, dar meia-volta, fingir que estou olhando alguma coisa até a passagem do indesejável ou simplesmente seguir a caminhada e ignorar o ser desprezível. O que descrevi retrata uma atitude coerente com quem não se deseja encontrar. Seria uma grande virtude usar da sinceridade, ser honesto consigo mesmo e com o outro, sem fingimento/dissimulação.
Falsidade seria ir ao encontro dele(a), ainda que a contragosto com todos os sinais do corpo e da alma fortemente vermelhos e perceptíveis por qualquer pessoa de que aquele gesto não passa de formalidade, contrariando o senso de reciprocidade.
Apertada a mão do desgraçado(a), juntamente com um falso afago de cortesia e uma palavra ou frase saída como um murmúrio fúnebre a fórceps do seu interior.
Ao passar por esse infortúnio, agora já um pouco distante diz sobre o outro as mais degradantes palavras, ou ainda que não diga pensa. Assim construímos um mundo de falsidade e tornamo-nos cada vez mais fingidores.
Cuidado com aquele que beija a sua testa com o mais precioso veneno da serpente; que o abraça como uma cobra à sua presa; que usa da palavra para amaldiçoar, denegrir, ferir, difamar, injuriar… enquanto diz ser o seu melhor amigo.
Saiba escolher as pessoas que entrarão em sua casa, a quem confidenciar seus sonhos e objetivos, bem como quais são as amizades verdadeiras.
São Luís, 09 de julho de 2024.
José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.
Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de antologias brasileiras.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS09.07.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.