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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

ENTREVISTA COM O ESCRITOR

Por José Carlos Castro Sanches

Entrevistador: José Casanova

Entrevistado: José Carlos Castro Sanches

Tema: A Pena Alucinada

Data da entrevista: 20.01.2022

NOTA: Na impossibilidade de recuperar a gravação realizada durante a “Live”, reuni no texto abaixo uma síntese ampliada das respostas, sem representar a integralidade e profundidade das questões debatidas durante o encontro – descrevo apenas uma visão geral – tendo alguns dos temas discutidos não pontuados por impossibilidade de resgatar todos os registros, citações, minúcias e detalhes apresentados pelo entrevistador, entrevistado e participantes.

01 – Qual a química da poesia?

A química da poesia é o amor, a sensibilidade, a beleza das pessoas, do mundo, das coisas, vista com um olhar de alquimista inquieto que não acredita no elixir da longa vida.  Divaga entre a cruz e o punhal; a emoção e a razão; lucidez e loucura; inspiração e ação; luz e escuridão; vive a questionar os extremos e suscitar a criação, em busca da essência da vida. A poesia é sempre uma descoberta, como um experimento químico – que surpreende o próprio poeta. Pode ser uma reação silenciosa, lenta ou rápida e explosiva. Às vezes aquece o meio externo: é exotérmica; outras apenas o íntimo (endotérmica). Endotérmica porque permanece dentro da gente; não se manifesta, mas queima, arde, soluça, provoca calafrios; faz amar, chorar, doer, sentir, sofrer; alegrar e sorrir.

02 – Você se considera um químico poeta ou um poeta químico?

Considero-me um poeta químico, visto que antes de ser químico sou poeta por natureza. Desde a juventude escrevo poemas e outros textos sobre temas universais diversos, alguns se perderam. Depois tornei-me químico e hoje escrevo diariamente crônicas, contos, poemas, sátiras, fábulas e textos sobre temas universais. Atualmente tenho mais de 800 (oitocentas) publicações no site: falasanches.com; 21 livros escritos e 07 publicados. E o desafio permanente de continuar incentivando pessoas a gostarem de ler e escrever, o que passou a ser uma missão de vida.

03 – Em uma de suas obras “Alma de Poeta” o senhor questiona: será que o poeta tem alma ou seria ele a própria alma?

Eu quis fazer uma reflexão sobre o ser vivente e a alma vivente. Julgo que representam a mesma coisa – não há dissociação entre o corpo e a alma. São conjecturas de poeta que podem encontrar sentido na Bíblia, que descreve a alma como a identidade individual de uma pessoa. A alma é também a vida da pessoa. Cada pessoa é uma alma, com uma personalidade única. Em Genesis 2:7, está escrito: “Quando Deus deu vida ao homem, ele tornou um ser vivente”. Em hebraico, “ser vivente” é “alma vivente”. A alma é a vida individual de cada pessoa, sua experiência pessoal da vida.

04 – Vamos falar um pouco da sua obra: o que seria a Colheita Peregrina?

A Colheita Peregrina é o resultado do que plantamos. Se plantarmos amor, generosidade, paz e perdão receberemos de volta. Colheita Peregrina é o primeiro livro da Tríade Sancheana, e foi escrito em 10 dias, retrata uma viagem de ônibus de São Luís do Maranhão a Nova Jerusalém em Pernambuco durante a Semana Santa. O cronista narra os detalhes do trajeto de ida e volta, as 15 estações da via crucis e a experiência durante o trajeto e destino. O livro traz profundas reflexões para a vida.

Como disse o prefaciador da “Tríade Sancheana”, escritor, cronista e amigo José Fernandes: “Colheita Peregrina é um passeio criativo, dinâmico e enriquecedor em que o autor descreve, minuciosamente, o longo percurso que empreendera, com a família e outros excursionistas para assistir à encenação anual da ‘Paixão de Cristo’, no sertão pernambucano, onde de fato assistira, em meio a uma intensa chuva, correndo atabalhoadamente, na lama, junto com uma multidão anômala de mais de 5.000 pessoas, nas 15 estações do espetáculo. Cumprido o motivo principal da excursão, o livro passa a reportar-se sobre a permanência dos viajantes em Recife e nas bonitas praias do litoral pernambucano, como a Praia dos Carneiros, selvagem e encantadora; e na de Porto de Galinhas, com piscina em águas claras e mornas, entre corais, estuários, mangue, areia branca e coqueirais. E, no percurso, o autor retrata as paisagens rústicas, montanhas, vilas e cidades ultrapassadas naquela itinerância que percorrera com um olhar de poeta peregrino”.

05 – A qual pressa você se refere no livro Tenho Pressa?

Refiro-me, à pressa de viver o momento presente com intensidade, porque a vida é efêmera e podemos não ter a oportunidade de desfrutar o amanhã. Sempre quero fazer as coisas hoje, agora, nesse instante. Se escrevo hoje quero publicar hoje, porque não sei se amanhã poderei fazê-lo. Essa é a minha pressa, ver as minhas obras publicadas; deixar um legado; divulgar o que escrevo diariamente; influenciar pessoas por meio do que escrevo sobre família, natureza, motivação, liderança, literatura, educação, arte, cultura, politica, negócios, pessoas, fatos e eventos históricos, curiosidades, percepções, autoajuda, desenvolvimento pessoal e profissional, vivencias do cotidiano; quero experimentar e conhecer coisas novas, sou um eterno aprendiz.

“Tenho Pressa, o segundo livro da Tríade Sancheana é constituído por mensagens de otimismo que induzem o leitor a livrar-se das amarras prejudiciais ao seu merecido desenvolvimento humano. Induz o leitor a concluir que, mesmo devagar, mas com constância, direção e foco, todos estão fadados a vencer sugerindo-nos a viver plenamente o tempo presente, de maneira simples, leve, serena, sem queixas, sem procrastinações, com dignidade, alegria, amor e, se for o caso, recomeçar com paciência e fé, enfim um breve compêndio de autoajuda”.

06 – Comente o controle de A Jangada Passou.

A Jangada Passou, último livro da Tríade Sancheana, reforça a necessidade de aproveitar as oportunidades, além de viver intensamente a vida, criando novas possibilidades. Escrever a própria história, ao ponto de acreditar que a Jangada que criei a partir de um filme que não assisti passou a ocupar o vácuo de um filme perdido, a partir de então a história mudou – e passei a ser o protagonista da minha própria criação. O filme perdido “Jangada” me permitiu escrever a crônica “A Jangada Passou”, que inspirou o nome do livro.

O que parecia ter sido uma perda, por “não assistir ao filme”, gerou um ganho.  O livro “A Jangada Passou”, versa sobre crônicas de caráter personalista, sentimentais, um tanto autobiográficas, narrando experiências profissionais, sonhos, análise procedimental, sem descurar-se de aconselhamentos e sugestões plausíveis para melhoria dos seres racionais que somos, antenados com o nosso tempo. “É um livro denso, que se desdobra em lucubrações íntimas, gratidão, reencontros que a vida nos concede; assuntos leves, variados, muito humanos, que nos envolvem num clima atípico de serenidade; temas que constituem, também o mote característico dos três livros da “Tríade Sancheana”, úteis e agradáveis, voltados para o bem-querer”.

07 – O senhor também tem livros interessantes, poderia comentar sobre “No fluir das horas “, ” Gotas de Esperança ” e ” A vida é um Sopro! “.

“No Fluir da Horas é tempo de ler e escrever”, o primeiro livro da Trilogia da Vida. Como disse o escritor e amigo José Neres, ao prefaciar o livro:  “No Fluir da Horas é uma obra para ser saboreada a qualquer hora em qualquer lugar”, tem o propósito de incentivar a leitura e a escrita. Uma coletânea de belas crônicas reflexivas, instigantes e criativas em que o cronista através de uma linguagem leve, agradável e simples envolve os leitores. “A cada página temos diversas lições de vida, em que o cronista não quer mostrar apenas seu lado vitorioso. É um trabalho no qual cada queda se torna um degrau para o possível sucesso. O autor demonstra que sabe as realidades e que consegue transformar emoções e experiências em páginas que fluem ao sabor da arte, das memórias e da vida”.

“Gotas de Esperança”, o segundo livro da Trilogia da Vida. É composto por 77 poemas, sendo o último “Página em Branco”, para o leitor escrever seu próprio poema e presentear o livro para um amigo, familiar ou pessoa amada. Como escreveu o ilustre escritor José Carlos Sousa Silva, no prefácio: “Neste livro o autor traduz em versos a genialidade de um poeta diante do que pensa e sente, revelando um olhar visionário, crítico e sensível por meio de uma linguagem clara, profunda e realista”.

Os poemas despertam a curiosidade no leitor, além de reflexão e inspiração para a vida. Com leveza, vivacidade e sabedoria, encanta dos menos letrados aos doutores. O poeta espalha amor, solidariedade, fé e gratidão e Gotas de Esperança por todos os recantos do mundo, assim como os pássaros disseminam sementes e as abelhas produzem mel.

“A Vida é um Sopro! ”, o terceiro livro da Trilogia da Vida. A obra é uma coletânea de crônicas selecionadas com foco na motivação para viver intensamente o presente. Complementa a ideia do livro Tenho Pressa, apoiado na premissa de que a vida é efêmera e o agora deve ser priorizado, em detrimento do futuro que a Deus pertence. Não podemos garantir o amanhã. O autor a partir do primeiro capitulo escrito no leito de um hospital tomou a uma decisão e transformou em objetivo para sua vida:  escrever três livros por ano; publicar diariamente seus escritos na página falasanches.com e outras mídias. Como cita o escritor Sebastião Moreira no prefácio do referido livro: “A narrativa prazerosa e bem estruturada leva o leitor a querer degustar cada parágrafo, ao virar uma página, fica a esperar pela próxima, que lhe traga a intimidade dos seus pensamentos, sonhos, devaneios, alegrias, tristezas, mágoas, desejos e frustrações”. O livro convida o leitor a desfrutar dos ensinamentos, lições e experiências de vida compartilhados num compêndio de valor inestimável que ora se apresenta para aqueles que buscam o encanto da crônica.

08 – Como foi a experiência de produzir Literatura Infantil?

Foi muito gratificante. Oportunizou o meu crescimento; maior interação com a minha neta e a oportunidade ímpar de compartilhar contos, crônicas e poemas com os leitores. Uma grata surpresa a receptividade da obra pelos leitores, de verdade superou a minha expectativa uma vez que foi o primeiro livro misto (infantil – com contos da minha neta Julia Sanches; crônicas e poemas meus). Investir no desenvolvimento da criança na integração com a literatura, arte e cultura é o único caminho para mudarmos a realidade da educação.

Como disse a confreira e escritora Ivone Silva numa resenha sobre o livro: “Confrade José Carlos Sanches. Pérolas da Jujuba com o Vovô, é uma obra que expressa a linguagem íntima de amor e contentamento do autor com sua família e em especial o desapontar para vida literária de sua neta Julie (Jujuba). Tantos contos produzidos no imaginário de Julie; Tikenbell, Rapunzel, Conto para o Vovô…que contribuíram indiscutivelmente para seu desenvolvimento emocional, social e cognitivo. Interessante, que suas narrativas históricas retratam os problemas existenciais típicos da infância como: sentimentos, carinho, medo, curiosidades e perdas. Caríssimo Sanches, o seu pensamento exalta e reconhece a necessidade de comemorar a vida com grande expressão de amor a todos os membros de sua família.  Sua sensibilidade é extremamente fantástica para falar com tanta propriedade do seu núcleo familiar. Seu sentimento poético de embelezar as palavras que saem de um ego que declara muitas vezes que o AMOR nutre qualquer constelação familiar. O que você escreve página (176), agrada a Deus, desperta e leva o leitor a refletir talvez a carência e solidão que vive a atual família brasileira. Seu livro é uma Declaração de Amor. Parabéns simplesmente adorei. Um Abraço. Ivone Silva. São Luís, 20 de janeiro de 2022”.

09 – O que representa para você ser cronista?

Ser cronista é pensar além do óbvio, ter a percepção aguçada para perceber o que não é perceptível aos olhos turvos e transformar ideias em palavras, frases de efeito, parágrafos reflexivos; criar narrativas criativas, instigantes e atrativas; crônicas e livros capazes de encantar os leitores ávidos por uma leitura construtiva, dinâmica e edificante. Ser cronista é viajar pelo mundo da imaginação, descrever as minúcias e detalhes com um olhar diferente e profundo; traduzir com amor, sabedoria e prazer a beleza das pessoas e das coisas, para através da crônica encantar e deleitar os leitores.

10 – Das suas obras publicadas, qual você recomendaria para você mesmo?

Como você pediu apenas uma, vai ficar difícil a resposta, porque eu gosto de todos os meus livros, sou capaz de reler várias vezes o que escrevo e cada vez fico mais encantado com o que faço. Tenho uma incrível capacidade de percepção e facilidade para escrever e faço com muito amor, quase sempre recebo em troca alta aceitação dos leitores pelos meus escritos. Para não ser injusto comigo mesmo gostaria de escolher um livro da Tríade Sancheana: “Tenho Pressa”, por tudo que representa para mim no sentido de ter pressa para viver intensamente cada segundo e realizar tudo que for possível agora – porque a vida é efêmera e não tenho certeza do amanhã, tampouco acredito ter vida longa. O segundo livro que seria o complemento dessa ideia é o livro “A Vida é um Sopro! ”, da Trilogia da Vida, nele eu descrevo em detalhes o porquê da minha pressa e a importância de viver o presente. E para completar indicaria o livro “Pérolas da Jujuba com o Vovô”, por representar a semente da esperança, cultivada com amor na família e pela oportunidade de incentivar a minha neta a dar os primeiros passos na literatura, o que certamente o influenciará no futuro. Quem sabe um dia possa vê-la escrever o seu próprio livro, assim estarei feliz onde quer que esteja.

São Luís, 20 de janeiro de 2022.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.

Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança, Pérolas da Jujuba com o Vovô e catorze livros inéditos.

Visite o site falasanches.com e a página “Fala, Sanches” (Facebook) e conheça o nosso trabalho.

Adquira os Livros da Tríade Sancheana: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja on-line www.ameilivraria.com; os livros da Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!, no site da Editora Filos: https://filoseditora.com.br/?s=Sanches

O Livro “Pérolas da Jujuba como Vovô” com edição limitada você poderá adquirir diretamente com o autor.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS20.01.2022. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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