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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

ENCONTRO EM PANAQUATIRA!

Panaquatira: Praia, mar, sol, ondas, amigos, poesia e curtição. O Amor está no mar! “Para alguns, é apenas água. Para mim, é onde recarrego as minhas energias.” (Aristófanis Quirino dos Santos)

“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.” (Madre Teresa de Calcutá)

Panaquatira é uma praia localizada no município de São José de Ribamar, no Estado do Maranhão, no Brasil. É uma praia exótica, muito rasa e dissipativa, tem ondas fracas, quando a maré baixa pode-se caminhar quilômetros com água rasa até a ponta de mar, e ao sul possui uma área repleta de piscinas naturais de rocha.

Além das belas paisagens naturais que enriquecem a beleza do lugar a praia serve como refúgio e encontro com a liberdade. Nesta praia com poucos vestígios de impureza, onde as ondas tombam ininterruptamente, num ambiente puro e reluzente o tempo afetuosamente encontra a própria liberdade.

“Acordo cedo e vejo o mar se espreguiçando; o sol acabou de nascer. Vou para a praia; é bom chegar a esta hora em que a areia que o mar lavou ainda está limpinha, sem marca de nenhum pé. A manhã está nítida no ar leve; dou um mergulho e essa água salgada me faz bem, limpa de todas as coisas da noite.” (Rubem Braga)

Nesta praia nos reunimos na terça feira de carnaval com os amigos Sylvio, Sileda, Antonio, Elizete, Arnaldo, Elizaure, Fábio, Jordania, Rafael, Graciana e filhos. Socorro, Julie e eu completamos o time e juntos comemoramos o aniversário de Sylvio. A quem dedico este artigo.

“Homem livre, tu sempre gostarás do mar.” (Charles Baudelaire)

O mar impõe o seu limite. As ondas chegam até onde a natureza concede.

Os pescadores com as suas redes arrastando a imensa ilusão numa dupla puxada lado a lado com a maré no sobe e desce.

Às 18h00min na praia de Panaquatira ao som de uma música: “Embora mais eu/Vumbora amar/Embora mais eu/Eu deixaria a areia/Coberta de você/No seu cabelo enrolado…” (Chiclete com banana)

E a mulher com a mão na cintura observando o marido puxar a rede e arrastando a ilusão mar adentro como se fosse a última pescaria. Num olhar profundo e silencioso. E eu recostado num veículo pick-up desconhecida de cor escarlate como sangue, não sei a quem pertencia, quase atolada pelas ondas, simplesmente parada sem saber do que se passava em sua volta. Nunca poderia imaginar que seria o recosto de um poeta solitário a escrever numa velha agenda naquela praia bela e deserta. 

O sol já não brilhava mais com tanta intensidade, se recolhia sobre as nuvens. Porem, o ruir das ondas naquele som que só o mar é capaz de produzir. Reproduzia-se com o vento naquele vai e vem ofegante das imponentes ondas.

O aniversariante do dia Sylvio, familiares e amigos se divertiam. Escutando as piadas e lorotas de Fabio o gordinho engraçado, acompanhado da esposa e três lindos filhos como o dia ensolarado que se passou e a noite que chegava para ser abrilhantada pelas estrelas.

Eu ali sentado na areia da praia escrevia, escutava e observava o mar e o sol que fugia, refletindo a última luz nas águas pouco cristalinas, fazendo-as brilhar, um brilho ofuscado pelo fim de mais um dia. E no silêncio do momento, ouvia o suave bater das ondas nos meus pés. Esperando a maré baixar para ir embora.

“Sinta o mar, o vento, o sol. Cada trajetória deve ser explorada ao máximo.” (Campbell Ronald)

E o som do rádio do carro insistia com a música: “Eu quero um banho de cheiro/Eu quero um banho de lua/Eu quero navegar/Eu quero uma menina/Que me ensine noite e dia/O valor do bê-á-bá…”(Alceu Valença)

Eu, minha linda dos olhos de mel e nossa neta Julie aguardavam a maré baixar para voltar para casa. 

A casa onde nos hospedamos na beira da praia só permitia entrar e sair com a maré baixa. Estávamos encarcerados pelo mar, numa prisão aconchegante, ladeado por amigos, curtindo o mar e a bela paisagem da praia.

E a mulherada jogando conversa fora naquela terça-feira de carnaval que chegava ao fim. Enquanto a incerteza sobre o futuro nos atormentava. A indecisão sobre o que fazer diante dos novos desafios que nos esperavam. Qual seria a melhor decisão: ir ou ficar?

“Não sei como o mundo me vê, mas eu me sinto como um garoto brincando na praia, contente em achar aqui e ali, uma pedra mais lisa ou uma concha mais bonita, mas tendo sempre diante de mim, ainda por descobrir, “O grande oceano de verdades.” (Isaac Newton)

A quarta-feira de cinzas chegaria no dia seguinte para retornar a vida normal. E a mare descia lentamente como se quisesse me fazer refletir sobre a vida e trouxesse para mim um ar de liberdade e a resposta para todas as minhas dúvidas.
E Sylvio se dizia muito feliz pela primeira vez refugiado numa beira de praia com os amigos comemorando o seu 52o aniversário.

E o Gaúcho gordinho, carinhoso com os filhos, atencioso com os amigos e amado pela esposa, carismático, falador gritava: puxa, puxa, enquanto os garotos puxavam a rede vazia, sem peixes e a ilusão se fora novamente. Os outros sorriam enquanto o gorducho, barbicha de 132 kg de cerveja, muita comida, churrasco salgado fazia graça na beira da praia de Panaquatira. Já eram 18h15minh e a turma do Rafael também se juntava na beira do mar para espreitar a natureza bela naquele fim de tarde e inicio de noite.

Mais um carnaval se vai. E a minha lembrança se voltou há 36 anos quando conheci a minha linda dos olhos de mel naquele baile de carnaval, no clube dos pais em Rosário.

“Se soubesse voar iria para o mar virar um peixe a nadar até a praia, que como mágica tentaria ver as ondas batendo sobre pedras, e então uma gota a ser absolvida pela seca areia de um dia que a estrela brilhou e ardeou até a solidão derreter de prazer.” (Gilberto Orlandi Junior)

Tudo passa! Hoje é o mar que me inspira, outrora foi o rio Itapecuru.

Encerrei esse artigo com a minha linda esposa me chamando aos gritos para cantar parabéns e cortar o bolo em comemoração a mais um ano de vida do nosso amigo Sylvio. A quem desejo vida abundante com saúde, paz, alegria, sucesso e realizações.

“Sentado na areia da praia, observava o mar, a luz do sol refletia nas águas cristalinas, fazendo-as brilhar… E no silêncio do momento, ouvia o suave bater das ondas nos meus pés. Aí fiquei sem querer ir embora.” (Adaptado de Sandra Meireles)

Comments (2):

    • sanches

      1 de março de 2024 at 09:30

      ???

      Responder

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