1236657.1677ed0.a1d49e5be45046c98447636dfa3d9e34
Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

DOAR É UM ATO DE AMOR!

“É a intenção, e não a doação, que faz o doador.” Gotthold Lessing

As coisas mais importantes precisam ser ditas em vida. Doar órgãos é replicar a vida infinitamente e viver eternamente através do outro. Um ato de amor e solidariedade. 

Imagine se formássemos uma “cadeia sucessiva de doadores”, multiplicando esse grande gesto; teríamos um exército de doadores, replicando vidas incessantemente, imortalizando-se no outro. Seríamos genuinamente imortais. 

Digo aos queridos leitores que não é fácil declarar-se doador de órgãos num país onde o interesse pela vida humana está em segundo ou terceiro planos, perdendo para cachorro, gato ou animais de estimação. Como vimos recentemente a comoção nacional pela morte de um cachorro vira-lata num supermercado Carrefour de Osasco, na região metropolitana de São Paulo; enquanto uma idosa de 106 anos foi morta a pauladas pelo sobrinho-neto, no município de Feira Nova no Maranhão, a quem ela criava, e nenhuma manifestação ocorreu. 

Num mundo onde cachorro e gato valem mais do que gente, é difícil ser solidário, muito menos declarar sê-lo. É preciso voltar a ser humano e, reconhecer que a morte é a única certeza dos que nascem. 

“Doar órgãos é eternizar uma parte de você, fazer com que a gratidão faça da saudade apenas um detalhe.” Professor Galvão 

Cada pessoa que “descansa em paz” pode ajudar outras 8 a 14 sem perder nada. Há alguns anos tenho o desejo de declarar a intenção de ser doador de órgãos. Mas, confesso, sempre tive medo, por dois motivos óbvios: o primeiro por julgar que revelar esse propósito significa premonição de morte, ou doença grave; e o segundo por acreditar que algum médico na primeira doença, poderia me declarar morto para vender os meus órgãos a interessados. Talvez a minha ignorância sobre o processo de doação e os antecedentes das questões relativas a este assunto, me leve a distorcer a realidade. 

O medo existe porque eu desconheço o procedimento técnico para doação e a segurança do método; não obstante, resolvi revelar que sou doador de órgãos. Se não ajudei suficientemente alguém em vida e posso ajudar após a morte, não perderei essa oportunidade. 

“A verdadeira caridade só ocorre quando não há a noção de dar, de doador ou de doação.” Buda

O único problema é que não pretendo fazer essa doação prematuramente, e, se, como químico que sou, tivesse a oportunidade de fazer um pedido para “a lâmpada maravilhosa” pediria a fórmula do misterioso elixir da longa vida, que os alquimistas tanto buscaram descobrir e não conseguiram. Afinal a vida é tão bela que sempre queremos desfrutá-la eternamente.

Ainda que seja impossível, desejamos que a vida seja inesgotável e perene. Apesar da certeza da morte, somos refém dessa dura e cruel realidade que limita e atormenta a todos, ricos e pobres, negros e brancos, jovens e adultos… Estamos certos de que do pó viemos e ao pó voltaremos. Por essa razão, de nada vale, a arrogância, a prepotência, a soberba e a vaidade. Somos todos mortais.

Afinal quem em plena sanidade desejaria a morte? Todavia, como ela é inevitável: Por que não ser doador de órgãos? Deixe a sua marca, multiplique vidas. Doar é um ato de amor que faz bem! Seja um doador de órgãos. Eu já decidi e você?

“Se quer dar seu coração a alguém, faça o cadastro como doador de órgãos, compensa mais.” Tati Bernardi

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *