Boa tarde! Estimados familiares e amigos. É com incontida emoção que participo deste encontro.
Estamos reunidos, nesta linda tarde de 28 de setembro de 2019, para brindar o lançamento da Tríade Sancheana, composta pelos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou. A minha felicidade extrapola todos os limites imagináveis por estarmos juntos comemorando mais um sonho triplamente realizado.
Por diversas vezes nestes 10(dez) meses de espera, desde, 06 de novembro de 2018, quando iniciamos o processo de diagramação dos livros, fiquei a me perguntar: Será que Deus permitirá que eu realize mais este sonho? Foram tantos aborrecimentos, frustrações, correções, falhas, ajustes, revisões, idas e vindas… por vezes me perguntava: Será que deveria ter começado com 3(três) livros, porque não apenas 1(um)? E as dúvidas se sucediam dia após dia. Até hoje.
Apesar do estresse, da ansiedade pela expectativa deste momento sublime e abençoado, tinha uma certeza, enquanto houvesse energia e vida não iria desistir desta árdua missão. Posterguei cirurgia, deixei de visitar familiares e muitas outras coisas importantes ficaram para trás, mudei planos, passei dias e noites acordado, escrevendo, reescrevendo, revisando e apagando, mas consegui chegar até aqui para o lançamento da Tríade Sancheana. Foi uma batalha comigo mesmo e com os processos que envolvem a publicação de um livro. Erros e acertos. Ganhos e perdas. Aprendi muitas lições que facilitarão os próximos lançamentos. A lição aprendida me fez pensar em escrever um novo livro contando em detalhes todo o aprendizado. Hoje é só alegria, felicidade, festa e comemoração! Posso tocar foguete e trompete sossegado. Porque a Tríade que estava distante, agora está ao meu lado.
Quero dizer a todos vocês, que não cheguei até aqui sozinho e por acaso. Inúmeras pessoas me ajudaram. Tudo começou desde o nascimento. Talvez, não acreditem, mas cada um de vocês, em variação de escala, está presente nesta obra, até os mais distantes, que não ousaram dizer nada, com o próprio silêncio, disseram muito para mim.
Quando percebi que algumas etapas estavam concluídas como: revisão, diagramação e editoração, comecei a me perguntar, e agora que está chegando a hora do lançamento. O que devo dizer aos meus queridos familiares, amigos, companheiros de jornada, parceiros de negócios, alunos, leitores da página Fala, Sanches e FalaSanches.com, presentes neste evento?
Digo-vos que o apego à literatura, prazer pela leitura e escrita, sempre me acompanharam desde tenra idade, na juventude e vida adulta. Nas diversas oportunidades que tive em minha vida escolar, acadêmica e profissional, sempre soube usar bem esse talento, que atribuo ao dom que Deus me deu. A capacidade de transformar percepções em sentimentos, e transportá-los para uma folha de papel, com auxílio de uma caneta ou computador e conduzir a reflexão de muitos leitores diariamente.
Sonho um dia ocupar um lugar de destaque na literatura maranhense. Não é impossível acreditar, quando se busca intensamente, através da ação contínua, transformar sonhos, em realidade. “A distância entres sonho e realidade se chama ação”. É isso que tenho feito diariamente, após o dia cansativo de trabalho; sento na cadeira confortável do meu escritório e escrevo até a inspiração acabar. Passei a dormir menos e ao amanhecer, tenho sempre algo a compartilhar, normalmente, às 05:30 da manhã, quando muitos ainda dormem.
Fico feliz porque conquistei alguns leitores que acordam cedo ansiosos para ler o que escrevo. Vejo aqui alguns destes: Socorro, Sarafina, Fábio, apreciadores contumazes dos meus escritos. Dentre dezenas de outros presentes…
Escrever todos os dias, após um cansativo dia de trabalho, ou consumir os finais de semana, sentado sobre uma bancada, deixando de lado muitas vezes os familiares, esposa, filhos, netos e amigos. É sem dúvida uma tarefa difícil e requer disciplina, do contrário não se tornaria possível. Mas, confesso que me realizo, ao ver prosperar os leitores, e as centenas de crônicas, artigos, contos, poemas, fábulas e, textos com temas universais, que produzi ao longo destes anos, hoje compilados em 10 livros, e também, publicados diariamente na página Fala, Sanches e blog: FalaSanches.com. Nem imagino quantos podem usufruir destas reflexões. Mas, me realizo apenas em pensar que você pode ser um destes.
Em alguns momentos me vejo como um pensador, outras como um louco, por vezes um sábio escritor, e professor, contudo cada um deve ter a percepção sobre o que eu sou aos seus olhos. Independentemente do que possam pensar, digo-vos que faço todo esse trabalho com muita dedicação, acuracidade e, profundo amor, como um hobby que relaxa e alivia a minha alma. Um trabalho que dá prazer! Talvez por isso seja tão gostoso fazer.
Descrevo a seguir como tudo começou:
Desde muito jovem gosto de ler e escrever. Meu pai sempre me incentivou para isso. Lembro-me da primeira vez que mostrei a ele um texto que escrevi. Ele disse: “Meu filho, com esta idade, já sabe escrever tão bem. ” Talvez, se hoje eu lhe perguntasse sobre esse momento, ele não conseguiria lembrar-se. Mas, as palavras ficaram gravadas em minha mente e alimentam a certeza de que “posso escrever bem”; por esse motivo me aventuro na escrita de textos diversos, com “a bênção do meu pai e da minha mãe. ”
Como não tínhamos grandes posses, a educação e os livros sempre foram a minha prioridade. Sem deixar de lado as brincadeiras de criança e as diversões da juventude que tornavam a minha vida mais leve e saudável.
Naquela época eu não tinha computador, copiava os meus textos, poesias e relatos pessoais nas folhas soltas de papel ou cadernos escolares que com o tempo se dissipavam. Anos depois o meu pai me presenteou uma máquina de datilografar Remington; então, passei a usá-la para escrever os meus textos. Escrever para mim é algo natural e espontâneo que brota como uma semente bem irrigada, que cresce, desnuda as folhas, desenvolve o caule, galhos frondosos, flores e frutos.
Escrever é se deleitar no infinito, ver o invisível, sentir o impossível, tocar o inexistente, cheirar o vento, encantar-se com o verbo; estado de espírito que vai na alma, voar sem ter asas; soltar a imaginação além das fronteiras do universo, expandir conhecimentos, amplificar sonhos e desejos, liberar o pensamento e a criatividade; a arte de pintar com as palavras, polemizar as ideias, esclarecer as dúvidas ou suscitá-las; combinar nuances de intensidades, abrir novas possibilidades, alertar os desavisados, incitar os devaneios e fortalecer as crenças; traduzir a beleza e a feiura das coisas, pinçar palavras do universo, revelar as bênçãos e maldições e desvendar os mistérios da vida e da morte; selar o compromisso com o desconhecido e atirar-se no misterioso mundo da fantasia, sonhos e beleza que só os poetas são capazes de perceber e entender. Escrever é liberdade!
Como disse Pablo Neruda: “Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias. “
O papel e a caneta sempre foram meus amigos inseparáveis, por meio deles pude reproduzir os meus pensamentos, sonhos, devaneios, alegrias, tristezas, angústias, mágoas, desejos, frustrações e contar um pouco da minha história. Escrever é mais que uma arte, é um dom.
Criava na minha mente ideias, fantasias e desejos, querendo de alguma forma dar vida àquelas elucubrações de criança. Essa vontade ansiosa de escrever perdura até hoje. É como se fosse uma pequena centelha que, uma vez acesa, não se permite apagar e continua alimentando a chama da esperança e do amor, buscando propagar o fogo em todas as direções do universo, contagiando as pessoas do mundo.
Tantas vezes, escrevi coisas que achava importante sem pensar que, um dia, decidiria compartilhar com outras pessoas. Muitos dos meus escritos não sei onde foram parar; outros, deixei-os naqueles cadernos escolares; mantive alguns numa mala de madeira de minha estimação que meu pai me presenteou quando saí de Rosário para estudar em São Luís do Maranhão.
Já plantei árvores, criei filhos, tenho netos, e, realizo mais um sonho escrevendo os meus livros. Agora posso confessar a vocês que temia não chegar esse dia. Por isso dei a um dos livros o título: Tenho Pressa. Acreditando que precisamos aproveitar as oportunidades, e não deixar para depois o que pode ser feito agora, intitulei o segundo livro de: A Jangada Passou. E como sou um homem de muita fé e determinado para fazer o que quero, também escrevi o terceiro: Colheita Peregrina, retratando a peregrinação numa viagem de ônibus e a via crucis, durante uma excursão a Nova Jerusalém – PE. Alguns dos protagonistas desta bela história nos agraciam com a honra da sua presença neste evento.
Estes três livros compõem a Tríade Sancheana, que vos apresento, na expectativa de trazer-lhes uma mensagem de superação, força, foco e fé para que possam continuar a trilhar os caminhos da vida com sabedoria.
A gestação e o parto foram demorados! Mas, valeu a pena! Nasceram trigêmeos. Cada um com uma personalidade, ao seu jeito deverão crescer e tornarem-se referência para a literatura, esse é o desejo do pai.
A Colheita Peregrina foi gerada num ônibus durante uma viagem de São Luís a Nova Jerusalém, seguida dos passeios nas Praias dos Carneiros, Porto de Galinhas e Recife. Escrito em dez dias. Descreve as quinze estações da via crucis, os momentos alegres nas praias, as belezas naturais, a percepção das coisas, das pessoas, dos animais e dos amigos que conquistamos no trajeto de ida e volta naquela maravilhosa peregrinação. Reuni os aprendizados num livro compacto de leitura fácil e agradável para descontrair os leitores.
Tenho Pressa é um filho apressado como sugere o próprio nome do livro. Cansado de esperar resolveu contar ao mundo a sua necessidade de transformar sonhos em realidade. Ciente de que a vida é efêmera e passageira, não suporta mais tanta demora. Depois amadurece e descobre que se tivesse que fazer tudo novamente – até o seu próprio nome mudaria e se chamaria: Tenho Paciência. Porque descobre que mais importante do que a pressa é a constância – nem sempre os mais apressados chegarão primeiro – isso se demonstra na imagem da capa do livro, tão bem desenhado pela designer e diagramadora dos três livros. O leitor terá uma visão diferente da sua vida após a leitura das belas crônicas que compõem este livro.
A Jangada Passou gosta do mar. Acredita que não devemos perder as oportunidades que se apresentam na vida. O cavalo selado só passará uma vez e devemos estar prontos para montar. O mar é revolto, as tempestades, o vento e as velas se equilibram e harmonizam o movimento singelo da vida. A Jangada representa as oportunidades e, o jangadeiro a vida que precisa ser intensamente vivida. É um bom livro para quem está a ver navios sem rumo e precisa de uma bussola para encontrar o horizonte perdido.
A verdade é que sou um pai orgulhoso de três lindos filhos, órfãos da mãe natureza, que buscam acolhimento nos protagonistas das belas histórias que construíram – querem sentir-se acolhidos por todos vocês, gostariam de serem lidos, estarem nas bibliotecas, nas estantes das suas casas e também decantados pelos leitores de todos os recantos do Maranhão, do Brasil e do mundo. Não os deixem sozinhos, mofando nas prateleiras das livrarias.
Eu espero que vocês gostem dos livros. Tenham certeza de que foram escritos com muita paixão, amor e carinho, traduzindo o que penso numa linguagem simples, com textos que refletem a minha essência (o que vejo, o que ouço, o que sinto, o que cheiro, o que degusto, o que leio e o que escrevo), e a minha missão de compartilhar experiências e conhecimentos.
Eu e a minha família valorizamos muito as pessoas que puderam estar aqui hoje. Que saíram do conforto de suas casas e vieram prestigiar esse evento. Somos muito gratos a cada um de vocês. Obrigado e forte abraço a todos!
José Carlos Castro Sanches
São Luís, 28 de setembro de 2019.