Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

A catástrofe que se abateu sobre as terras gaúchas me levou a diversas reflexões, dentre elas:  Abuso sexual de crianças, estelionatários do PIX e desvio de doações que deveriam ser endereçadas às vítimas da enchente no Rio Grande do Sul.

Busquei responder às seguintes indagações: Por que mesmo diante das catástrofes existem pessoas capazes de abusar sexualmente de crianças inocentes e indefesas? Por que algumas pessoas em condições de grande comoção usam de esperteza para levar vantagem? Por que as pessoas estão a cada dia mais insensíveis aos problemas dos outros e perdem progressivamente o senso de humanidade e solidariedade? O que pode ser feito pelos governantes, autoridades e pelos cidadãos para resgatar os valores morais e os princípios elementares de uma sociedade justa, integra e solidária?

Encontrei algumas respostas que compartilho a seguir com o propósito de levá-lo a refletir sobre essa temática complexa e delicada.

O abuso sexual de crianças e o desvio de doações em situações de catástrofe são atos extremamente repugnantes, que demonstram a falta de empatia e moralidade de algumas pessoas. A exploração sexual de crianças em momentos de vulnerabilidade é um ato covarde, onde os agressores se aproveitam da fragilidade e da confiança das vítimas para satisfazer seus próprios desejos doentios. Já o desvio de doações em situações de desastre revela a ganância e falta de escrúpulos de indivíduos que buscam tirar proveito da generosidade alheia em momentos de crise.

Acredito que fatores como a falta de educação, valores distorcidos, impunidade e desigualdade social contribuem para que tais atos ocorram mesmo em situações tão graves. É preocupante perceber que algumas pessoas perdem o senso de humanidade e solidariedade, agindo de forma egoísta e insensível diante do sofrimento alheio.

Para combater essas práticas, é fundamental um esforço conjunto da sociedade, governantes e autoridades. Medidas como a implementação e fortalecimento de políticas públicas voltadas para a proteção das vítimas, o combate à impunidade, a conscientização e educação da população sobre tais questões são fundamentais. Além disso, a fiscalização efetiva das doações em momentos de crise, punindo os responsáveis pelo desvio, é crucial para garantir que a solidariedade não seja corrompida.

É importante ressaltar que cada indivíduo também tem um papel nesse processo, promovendo a empatia, a solidariedade e o respeito ao próximo no dia a dia. A construção de uma sociedade mais justa e solidária passa por uma mudança cultural e comportamental de todos.

Após concluir a pesquisa e a escrita, perguntei-me que título daria para a crônica, surgiram algumas opções: “Combate ao Abuso e à Ganância: Resgatando a Solidariedade e a Empatia”;  “Solidariedade em Crise”, “Desafios Humanitários Atuais” e  “Crise e Solidariedade”, optei por este. Todavia, estou certo de que poderia ter usado outros títulos, tais como: “O que está errado?”, “Para onde vamos?”, “É possível mudar?”… entre muitas alternativas. Assim sigo pensando e escrevendo, enquanto a vida segue e as descobertas me inquietam.

São Luís, 10 de maio de 2024.

José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS10.05.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.