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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

CHUVAS DE MARÇO NA ILHA MAGNÉTICA!

Por José Carlos Castro Sanches

 “Ainda que o dia ameace desabar com chuvas e trovoadas… Ao fim do dia ainda pode se fazer presente um esfuziante arco-íris a sua frente. ” (Mirna Rosa)

Em 26 de março, com a permissão de Deus, comemorarei mais um ano de vida e a passagem por 59 chuvas de março. Nesta data celebrarei o maior presente: a vida! Nada mais importa, senão viver intensamente cada segundo ao lado das pessoas que amamos, realizar o que enobrece a alma e vibrar com as conquistas fruto do trabalho digno.

Quero avançar na missão de cronista e poeta e compartilhar com entusiasmo as experiências e lições aprendidas como Professor, Escritor, Consultor e Gestor de SSMA. Agradeço aos leitores pelo incentivo constante e aos parceiros de negócios pela oportunidade de interação e desenvolvimento profissional. Entre uma gota e a chuva passam por mim raios, ventos e tempestades. E eu resisto de pé. Obrigado Senhor por mais um ano de vida. Viva a vida!

“É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no meu coração.”
(Tom Jobim)

Enquanto aguardava a chuva passar para chegar à barbearia onde corto os meus escassos cabelos, estava literalmente ilhado, sem poder sair do veículo, numa rua alagada escrevendo esta crônica que dedico aos aniversariantes de março, aos poetas, cronistas, escritores brasileiros e aos motoristas e barbeiros da Capital da França Equinocial. Boa leitura e reflexão!

Amanheceu chovendo. A minha Ilha Bela está recebendo água divina para irrigar as plantações, alimentar lagos, rios e mares e permitir a reprodução dos peixes, suprir as necessidades dos homens, resfriar a terra quente de São Luís do Maranhão e aquecer os amores na Ilha do Amor.

O pingo d’agua que cai do horizonte das nuvens sobrecarregadas cumpre a missão divina. A chuva faz parte do infinito ciclo de água da terra. A luz aquece a água na superfície do planeta. O calor faz a água virar vapor, que se eleva no ar. À medida que esfria, o vapor de água volta ao estado liquido (se liquefaz) em forma de gotículas. Estas escorrem pelos telhados e batem nas calçadas com o tique-taque que relaxa os estressados, traz a paz aos infelizes e fortalece a fé, a esperança e a sabedoria daqueles que acreditam no alvorecer irradiante de um novo dia de sol na Terra das Palmeiras, onde cantam os sabiás.

“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá. ”
(Gonçalves Dias)

As goteiras fazem os homens se mexerem em busca do abrigo saudável e da paz interior no seu teto abençoado. As águas correm rua abaixo, acumulam poças e buracos que se transformam em crateras e a nossa linda Cidade dos Azulejos, se transforma num lago submerso pelas águas de março.

As drenagens entupidas pelos lixos despejados por humanos mal-educados e as enchentes tomam conta do Patrimônio Cultural da Humanidade.

Os carros se acumulam nas ruas, avenidas dos bairros e centro da cidade e o vai e vem dos inocentes motoristas e pedestres se faz triste e pesado, limitado e úmido como se fosse uma serpente a destilar veneno em forma líquida abundante por toda a Ilha Rebelde.

O povo sofrido a caminhar pelas ruas com os pés descalços nas águas sujas e contaminadas. A doença já não os acomete pela graça divina, já não bastasse o coronavírus que se propaga com intensidade infernal, a destruir vidas e famílias. São tantos os percalços da vida dura que rogo pela proteção divina aos pobres mortais no calvário da Jamaica Brasileira.

A chuva não é sinônima de catástrofe. Ela é uma forma do poderoso Deus derramar lágrimas de alegria e dissipar o seu perfume sobre a Ilha do Reggae e levar consigo a maldade e os pecados dos Ludovicenses.

Que a chuva continue a irrigar o nosso jardim florido; manter a água para o sustento; suprir as fontes naturais; cultivar as plantações; alimentar os poços e a infiltrar-se no lençol freático para purificar as impurezas e fornecer água em abundância para o povo sofrido da Ilha Grande berço de poetas, outrora Atenas Brasileira.

No dia do meu aniversário quero receber de presente um pingo d’agua de março, serei grato ao soberano Deus por me permitir mais um pingo de vida. Que se multipliquem os pingos como as chuvas de março em São Luis do Maranhão. E os raios tragam o flash de luz e a paz para iluminar vidas.

“Passam por mim chuvas,
raios, ventos e tempestades.
E, eu continuo de pé.

-Obrigado Senhor!”
(Adaptado de Haredita Angel)

O magnetismo da chuva me faz pensar que a vida precisa ser lavada a cada dia e, que um pingo d’agua pode representar a esperança de dias melhores. Enquanto a chuva reúne constelações de pingos d’agua, representa a vida, a renovação e a certeza de que existe um Deus a guiar os meus passos e alimentar a nossa maravilhosa Ilha de Upaon-Açu.

Obrigado meu Deus por mais um ano de vida abundante e iluminada pelo encanto, fascínio, beleza, magia e sedução da outrora Cidade do Palácio de Porcelana, decantada por César Nascimento na linda canção Ilha Magnética: “Ah que horizonte belo; De se refletir; Outro dia me disseram; que o amor nasceu aqui. ”  

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Água é vida! Chuva é benção divina! Um brinde à vida!

“Se meus olhos fossem câmeras cinematográficas eu não veria chuvas nem estrelas nem lua, teria que construir chuvas, inventar luas, arquitetar estrelas. Mas meus olhos são feitos de retinas, não de lentes, e neles cabem todas as chuvas estrelas lua que vejo todos os dias todas as noites. ” (Caio Fernando Abreu)

José Carlos Castro Sanches

São Luís, 14 de março de 2018.

Revisado em 21 de março de 2021.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou (Tríade Sancheana); No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro! (Trilogia da Vida), e outros dez livros inéditos. Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta. Adquira os Livros da Tríade Sancheana e Trilogia da Vida na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS14.03.2018. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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