– Artigos escritos durante viagem de ônibus de São Luís – MA a Nova Jerusalém – PE rumo à Paixão de Cristo.
A cada semana estarei divulgando novos capítulos até a conclusão desta série de 15 capítulos.
QUINTO CAPÍTULO:
O HÁBITO FAZ O MONGE
“Nós somos o que fazemos repetidamente, a excelência não é um feito, e sim, um hábito.” (Aristóteles)
Durante a viagem para Nova Jerusalém enquanto fazia a leitura do livro de Allan Percy – Oscar Wilde para inquietos, ao lado da minha amada, naquele ambiente agradável que chamamos carinhosamente de porão, onde éramos oito passageiros dentre cinquenta e um que faziam parte da comitiva de viajantes ambulantes a se embalar, cobrir, dormir, andar, beber, mijar, sonhar…
Deparei-me com a seguinte frase: “O hábito faz o monge” sobre esta frase me debrucei naquela poltrona do ônibus barco com a minha caneta e um bloco de papel apoiado no travesseiro sob o balanço da vida numa viagem demorada, longa e reflexiva comecei a escrever o que vos transcrevo para reflexão acerca do poder dos hábitos sobre a nossa vida. Boa leitura e reflexão!
“Faça algo todo dia que você não quer fazer; esta é a regra de ouro para adquirir o hábito de fazer suas obrigações sem sofrimento.” (Mark Twain)
Devemos estabelecer limites claros entre os compromissos do trabalho, família, lazer, dentre outros. Exceder nas obrigações profissionais em detrimento da família, lazer e necessidades pessoais é uma falsa sensação de prosperidade, sucesso e realização que pode parecer vantajosa em curto prazo.
“É importante usar um traje para o horário de trabalho e outro mais confortável para o tempo livre fora do trabalho. O corpo relaciona a mudança da roupa às fases de obrigação e de descanso.” (Oscar Wilde para Inquietos).
Já imaginaram o monge com o traje de palhaço ou o palhaço com o traje de monge?
Aqueles que tiverem a oportunidade de avançar no tempo e atingirem a maturidade perceberão que o desbalanceamento dessa relação não trará bons resultados em longo prazo, senão frustração e arrependimento pelo tempo perdido com coisas supérfluas, acúmulo de bens materiais, perda de oportunidades de viver o presente e limitação da relação familiar.
“Se adquiríssemos o hábito de colecionar experiências, ao longo de nossas vidas, antes do fim dela, todos seriamos sábios.” (Ivan Teorilang)
O que de verdade valerá a pena é viver intensamente o momento PRESENTE.
Portanto, tire um tempo para ver o arco íris, tomar banho de sol, espiar as estrelas, apreciar o luar, tomar banho de chuva, lago, rio, mar…sentir o aroma das flores, irrigar o jardim, podar o gramado, arbustos e arvores, jogar conversa fora com os amigos e vizinhos, tomar um bom vinho, cachaça ou cerveja sem excesso, ouvir musica, dançar pela casa, cantar no banheiro, correr pelas ruas da vizinhança, soprar o vento, escutar o canto dos pássaros, brincar sozinho, com os filhos ou netos, sorrir para uma criança, abraçar um amigo, passear, viajar, amar, conhecer o mundo e o fundo do quintal, cuidar de um bebê, dormir agarradinho com o amor da sua vida, beijar os filhos, netos, pais e familiares, abraçar as pessoas amadas, valorizar os amigos, ler bons livros não recomendados, escrever o que pensa sem limitação ou censura, ser feliz festejando as vitorias todos os dias com alegria e bom humor.
“O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior.” (Alfred Armand Montapert)
Como o passarinho que dorme com morcego e acorda de cabeça para baixo. Quando adquirirmos o hábito de olhar para as coisas com esperança acreditando no melhor seremos recompensados, desfrutaremos de boa sorte, obteremos êxito, seremos afortunados, mais saudáveis, amados e repletos de felicidade.
“E todo o tempo que não se percebe com o coração é tão perdido quanto às cores do arco íris para um cego ou o canto de um pássaro para um surdo.” (Allan Percy)