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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

CAPÍTULOS DA SÉRIE VIAGEM À NOVA JERUSALÉM

– Artigos escritos durante viagem de ônibus de São Luís – MA a Nova Jerusalém – PE rumo à Paixão de Cristo.

A cada semana estarei divulgando novos capítulos até a conclusão desta série de 15 capítulos.

DÉCIMO TERCEIRO CAPÍTULO:

MOINHOS DE VENTO EM MARCOLÂNDIA!

“O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê…” (Platão)

Na volta da viagem de Nova Jerusalém, após a passagem por Recife, Praia dos Carneiros e Porto de Galinhas ao passar em Marcolândia as hélices de energia eólica, naquela altura do sertão nordestino, giravam lentamente imponentes. 

“Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.” (Fernando Pessoa)

Cruzamos flagrando os movimentos daquelas gigantescas espirais encaracoladas com um eixo rotativo provido de várias pás e que funciona segundo o princípio do parafuso-de-arquimedes, que abrilhantavam a nossa visão naquela BR ora cruzada pelas fileiras de hélices do Parque Eólico de Marcolândia, que compõem o Complexo Eólico Ventos do Araripe III, considerado um dos maiores da América Latina e instalado na fronteira entre o Piauí e Pernambuco.

“Quando os ventos da mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento.” (Érico Veríssimo)

Tinha uma torre parada também ao nosso lado para demonstrar que mesmo onde tem ar em meio a tantos outros em movimento naquela altura. Tem sempre alguém solitário precisando de ajuda para retomar a velocidade e voltar a produzir luz. Quem se ACOMODA fica PARADO, não SOPRA e não PRODUZ VIDA!

“Se tenho alguma ambição?
Sim, eu quero ser como o vento:
livre, etéreo, e nunca parar de soprar…” (Augusto Branco)

O ar, a tecnologia, a energia mecânica, produzida pelo vento transformada em eletricidade, o movimento das hélices e a inteligência humana produzem a energia que ilumina a casa dos pobres e ricos e trás uma nova esperança de progresso para aqueles que vivem na eterna espera de oportunidades. 

“Que o vento esteja sempre as suas costas e o sol em seu rosto, e que os ventos do destino te levem a dançar nas estrelas.” (Gerge Jung)

A transformação de energia eólica em elétrica é realizada através de um aerogerador que consiste em um gerador elétrico, que acoplado a um eixo, gira através da incidência do vento nas pás da turbina. A turbina eólica é formada essencialmente por um conjunto de duas ou três pás, com perfis aerodinâmicos eficientes.

Quem sabe em breve, os filhos sofridos desta terra, contarão as suas histórias relembrando da chegada da energia elétrica em suas humildes casas a partir do vento, transformam energia eólica em elétrica iluminando o coração e a mente daquele povo nordestino sofrido e abençoado a quem DEUS através do seu sopro de vento permitiu um FLASH DE LUZ E VIDA, iluminada e brilhante como o SOL que se apresenta nesta linda manhã de 1º de abril de 2018. 

“A natureza é sábia e justa. O vento sacode as árvores, move os galhos, para que todas as folhas tenham o seu momento de ver o sol.” (Humberto de Campos)

Durante essa passagem fazia a leitura do livro: “Vivendo em voz alta” de Miguel Fallabela, tirei a concentração daquelas páginas para apreciar o vento movimentando as hélices que geram energia, vida e sonhos. Minha atenção voltou-se para a paisagem, curtia a viagem “a viagem é mais importante que o destino” e escrevia esse conto retratando as belezas, aprendizados e experiências que compartilho com os meus queridos leitores. Como diz Falabella no seu conto O mundo dos leões: “Eles me ensinaram qual era o destino dos herbívoros, num mundo de leões.” 

A viagem nos permite sair um pouco da realidade e passear por terras nunca antes vistas, cometer novos erros em vez de insistir nos velhos, quebrar paradigmas, viver em voz alta, dar à nossa história novas cores, experimentar novas amizades, conhecer lugares diferentes, sonhar novos sonhos.

“Os sonhos possíveis parecem ser rápidos, velozes… os sonhos que não podem ser é que complicam e se arrastam no casulo.” (pg. 27 do livro Vivendo em voz alta)

E às vezes no silencio discreto miramos nas pequenas coisas que podem nos trazer felicidade contínua. Dar gargalhadas, sair da rotina, correr, pular, banhar, irrigar, ler, escrever, sonhar… desenvolver a arte e dar um basta na melancolia, tristeza e pensamentos negativos que afligem a mente dos humanos mortais. Nessas horas estamos flutuando como se não existisse a força da gravidade, leves como o vento, com a força da tempestade, a magia das palavras entrecortadas por estrelas, redemoinhos e ventos.

“As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade.” (Victor Hugo)

A viagem, o vento, o sorriso, a chuva, o mar, a luz, o balanço do ônibus, o encontro dos viajantes peregrinos, o lirismo da alma, os retratos, as cenas, as paisagens, as palavras, falas e frases denunciam a verdadeira felicidade e nos fazem viver com intensidade.

”A verdadeira arte de viajar…
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali…
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!” (Mario Quintana)

Obrigado Senhor pela VIDA! E pela oportunidade de curtir o trajeto desta viagem maravilhosa.

“O que faz andar o ônibus não é o motor, mas os sonhos dos viajantes peregrinos em busca da sabedoria divina na Paixão de Cristo em Nova Jerusalém.” (José Carlos Sanches)

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