Era um negro que empurrava um caminhão feito de buriti, com oito rodas de madeira, e, uma alavanca na mão por onde ele segurava o carro e passava as marchas. Andava com aquele caminhão para cima e para baixo em Rosário e outras cidades do maranhão. Tenho uma cronica sobre esse negro velho que chamei de engenheiro sem estudo porque fazia do buriti um caminhão de ilusao que rodava noite e dia em meu torrão. Era um pouco fedorento ao ponto de assustar o vento, mas astuto e inteligente como pouca gente. Eu era criança avistava aquela alavanca, dominada pelas mãos de um negro de sustança. Tinha vontade de brincar com aquele grande brinquedo que assustava criança, mas tudo não passava de medo da ignorancia, o preto velho era rude e carregava uma esperança. Um dia quem sabe o encontrarei, lá na casa onde morei, contando das suas andancas pelo mararanhão do sarney, sorrindo e tomando banho como se fosse um rei. Cheiroso e perfumado, calçado e penteado tomando um belo conhaque naquele barzinho do canto que um dia chamou-se recanto, na minha terra querida, margeada pelo rio itapecuru que um dia foi um brio, naquela pacata cidade onde a torre da igreja se esconde por trás da Santa padroeira Nossa Senhora do Rosário, por lá passou Cangambá com o seu carro de buriti, até o dia que partiu para junto das estrelas naquele caminhão de sonhos que carregava tristeza, alegria reprimida ou beleza, até hoje não sei decifrar o motivo de tanto empenho e fortaleza.. Seria loucura ou genialidade de um homem de pouco estudo que não demostrava maldade? Parecia estar brincando com a nossa incapacidade. Quem sou eu para julgar um sabio da humanidade? Um engenheiro da arte de fazer mover um carro feito de buriti, sem sequer saber o rumo que deveria seguir. Esta eu fiz agora mesmo de improviso e sem pensar, numa homenagem “em memoria” do meu conterrâneo Cangambá. Desculpem os erros, a falta de rima, é que o sono e a dor de cabeça suprimem a poesia, os olhos lacrimejam e a mente fica vazia.
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