Por José Carlos Castro Sanches
“O conflito não é entre o bem e o mal, mas entre o conhecimento e a ignorância. ” (Buda)
Neste sábado ensolarado de 10 de julho de 2021, sai de casa com a minha amada esposa Socorro Sanches para recebermos as fotografias impressas no Foto Sombra do São Luís Shopping, há meses tínhamos o desejo fazer um álbum com as fotos dos familiares, mas desviávamos do foco, dessa vez deu certo, conseguimos realizar o intento.
Entrávamos no Shopping quando avistei o amigo Robson Junior no caixa eletrônico, realizando o pagamento do Ticket de estacionamento. Como ele gosta de usar chapéu de palha ao estilo passeio – daqueles que eu também aprecio. Disse-lhe, antes mesmo que me avistasse: Robson você quer vender o chapéu? Na verdade, essa era apenas uma estratégia chamar sua atenção, cumprimentá-lo e iniciarmos uma conversa amigável que durou quase vinte minutos.
Robson estava acompanhado da esposa Glória, que ao escutar a voz da minha esposa ao cumprimentá-los, lembrou-se que era conhecida, de fato eram amigas que se distanciaram pelos caminhos distintos da vida e ali se reencontravam com as boas lembranças de uma viagem que realizaram para Cedral/MA, há aproximadamente 40 anos, as memórias resgataram em segundos as reminiscências que o tempo havia deixado para trás.
Enquanto Socorro e Glória reavivavam o passado e se atualizavam do presente. Robson e eu conversávamos sobre rádio, comunicação, literatura, livros, JUAC e João Mohana, nosso eterno guru e inspiração para continuamos a incansável busca pela paz e harmonia.
Esses momentos nos fazem rejuvenescer apesar de o tempo e a idade tentarem a todo custo nos distanciarem do que amamos – digo que é quase impossível imaginar Robson Junior, sem o rádio, a comunicação e a audiência dos ouvintes e apreciadores do seu trabalho como radialista e comunicador; assim como, eu, sem os livros, a literatura, a prosa, o verso e os leitores e incentivadores. Diante da oportunidade única, me entreguei por alguns minutos à epifania do momento inesperado que trouxe uma felicidade transbordante. Aquela sensação de prazer, liberdade, entusiasmo, beleza, rara espontaneidade, ilimitada e infinita paz, como descrevi na página 34, do livro “Colheita Peregrina”, no capítulo denominado “Epifania”.
“O amor e a literatura coincidem na procura apaixonada, quase sempre desesperada, da comunicação. ”(Jorge Duran)
Não há nada mais gratificante para que esses momentos de descontração, quase sempre ao acaso, que nos fazem refletir sobre a vida e reabastecem a alma com alegria, simpatia e empatia; coadjuvantes do protagonismo que torna a amizade cada vez mais sólida e cristalina.
Ao final do breve encontro, pedi a Robson para registrarmos o encontro com uma foto para marcar definitivamente aquela passagem. Como sempre digo que nada ocorre por acaso, por trás de onde conversávamos havia uma pintura na parede a qual escolhemos como pano de fundo ou melhor tela de fundo da fotografia. Veja quem estava entre nós naquele exato momento de conversa reflexiva sobre rádio e literatura, nada menos que a pintura da escultura de Buda, que passou a fazer parte da nossa conversa, motivo do título desta crônica.
Buda, que em hindu quer dizer “iluminado”, foi o nome dado ao indiano Siddhartha Gautama, líder religioso que viveu na Índia, cuja bondade e sabedoria lhe valeram esse título. É considerado pelos budistas o “Supremo Buda”, o fundador do budismo. Buda nasceu por volta de 563 a.C.
O Budismo é uma doutrina espiritual e filosófica baseada nos ensinamentos de Buda, que pregava a iluminação, ou seja, o fim do ciclo desejo-sofrimento ao qual as pessoas estão submetidas; considera o poder da reencarnação humana, de animais e das plantas, e acredita que as escolhas para se chegar à libertação dos sofrimentos estão no autoconhecimento.
Hoje Buda esteve entre nós para reforçar a necessidade de buscarmos a sabedoria, o amor ao próximo, a iluminação divina, reavaliarmos o nosso ciclo de desejo e sofrimento e, acima de tudo, aprofundarmos o autoconhecimento.
Assim, encerro agradecendo ao amigo Robson Junior e esposa Glória pela oportunidade de estarmos juntos, compartilhando conhecimento, experiências e lições de vida. Deus nos abençoe e permita que os nossos sonhos se transformem em realidade a partir das nossas ações. E que estas ações possam iluminar e transformar a vida de muitos outros que se inspiram em nós para continuarem suas batalhas diárias e possam vencer as adversidades com júbilo e gratidão. Que prospere a amizade entre os homens e a vida seja inspiração e benção para todos.
“Você é influenciada por tudo que ouve no rádio, ou talvez pelo que você sente ser as expectativas das outras pessoas. No entanto, de repente, você percebe que tudo o que precisa fazer é escrever sobre o que está dentro de você.” (Shakira Isabel Mebarak Ripoll)
São Luís, 10 de julho de 2021.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras e PEN Clube do Brasil
Visite o site falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho.
Adquira os Livros da Tríade Sancheana: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, na Livraria AMEI do São Luís Shopping; através do acesso à loja online www.ameilivraria.com. ou do site da Editora Filos: https://filoseditora.com.br/?s=Sanches
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS10.07.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.
SANDRA MACEDO
12 de julho de 2021 at 08:22
Verdade amigo Carlos , a falta de conhecimento e a ignorância, faz acontecer conflitos terríveis, assim nasce o desrespeito e falta de amor uns com outros…Parabéns pela sua obra literária.