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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

ANSIEDADE: O MAL DO SÉCULO!

Por José Carlos Castro Sanches

A ANSIEDADE NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA - SINJUS MG

“Precisamos ser pacientes, mas não ao ponto de perder o desejo; devemos ser ansiosos, mas não ao ponto de não sabermos esperar. ” (Max Lucado)

Há muitos anos participei de um congresso de psicologia em Recife. Estávamos minha esposa, filha e eu. A minha filha estava naquela fase que precisava definir o curso que deveria estudar. Então, resolvemos perguntar ao especialista que ministrara uma excelente palestra, que assistimos com muita atenção, qual seria a sua orientação para a escolha de um curso superior, visto que ela estava com dúvida entre Psicologia ou Direito. A resposta do ilustre professor foi a seguinte: “A profissão do futuro é Psicologia, porque a ansiedade e a depressão serão as doenças do século e acometerão milhares de pessoas. ”

“Somos uma sociedade de pessoas com notória infelicidade: solidão, ansiedade, depressão, destruição, dependência; pessoas que ficam felizes quando matam o tempo que foi tão difícil conquistar. ” (Erich Fromm)

A partir daquele momento tive a certeza de qual seria o curso que recomendaria para a minha filha. Assim foi feito, ela decidiu seguir a orientação do mestre e trilhar o caminho da psicologia. Acredito ter sido uma das melhores escolhas da sua vida e o melhor conselho que poderia ter recebido.

Hoje ao lembrar daquele episódio decidi escrever sobre ansiedade e compartilhar com os meus leitores para reflexão sobre o tema. Quem sabe poderá ser útil para a sua vida.

A ansiedade é uma perturbação psíquica decorrente da excessiva excitação do sistema nervoso central. Ela caracteriza-se por inquietação quase constante, preocupação, angústia e falta de sossego, provocando mal-estar e constante tensão.

Pandemia provoca confusão de sintomas em vítimas de ansiedade [SEEB Santos  e Região]

“A ansiedade e o medo envenenam o corpo e o espírito. ” (George Bernard Shaw)

Refletindo sobre o tema proposto busquei entender o que seria essa tal ansiedade, fazendo a mim mesmo algumas perguntas, que transcrevo a seguir:

Por que o tempo ocioso parece ser perdido? Por que o lazer é mal visto e o trabalho tão querido e supervalorizado? Por que não posso esperar? O que torna a minha pressa maior que a sua? A minha necessidade mais importante do que a do outro? O que faz o meu tempo ser mais precioso que o seu? Por que preciso da resposta agora? Se ela não é urgente.

“O homem que não sabe dominar os seus instintos, é sempre escravo daqueles que se propõem satisfazê-los. ” (Gustave Le Bon)

Por que o corpo treme diante de um telefonema? Por que o coração bate mais forte quando a sirene dispara? Por que sempre acho que devo correr, ter pressa, porque a doença e a morte podem chegar a qualquer hora? Quando sei que “Nada é tão lamentável e nocivo como antecipar desgraças. ” (Sêneca)

Por que as conversas e mensagens incomodas desorganizam o pensamento? As dúvidas enfraquecem as forças? Por que depois dos cinquenta anos a tontura vira companheira perene? 
Por que preciso comer tão rápido? Se “Um pedaço de pão comido em paz é melhor do que um banquete comido com ansiedade. ” (Esopo)

Por que a qualquer idade e tempo? A tristeza se apresenta como leal hospedeira? A solidão inseparável companheira? O medo, cruel e perpétuo parceiro? A autoestima fera abatida, degenerada pela ansiedade predadora? Por que o pensamento positivo é sufocado pelo opositor negativo, denominado de baixa autoestima?

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Enquanto isso as pessoas esperam de você: Que nada abale sua autoestima; dirão que a sua fraca autoestima não permite que você dê sua opinião com segurança. Portanto, neste caso só tem uma saída, trabalhe sua autoestima e tenha mais confiança em você. Entretanto, ainda tenho dúvida como se escreve autoestima? Com ou sem hífen? A melhor forma é sair da inércia e estudar para aprender. Em vez de ficar parado, alimentando a incerteza e permanecer refém da dúvida. Por que meu Deus esse martírio? O poderoso Deus logo me deu a resposta:

“E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste? ” (Mateus 14:31)

Por que escrevo com tanta antecedência o que poderá ser escrito depois? Será para aproveitar a inspiração? Ou apenas para não passar o tempo ocioso? Isso seria ansiedade, insanidade ou medo da procrastinação?

“Tudo fica mais doce sem a ansiedade da felicidade, tudo parece um livro de desenhos para colorir, e eu sei lidar melhor com ele. Eu carrego as cores e ninguém manda no meu quadro. ” (Tati Bernardi)

Por que tenho que escrever o tempo todo? Em tudo há um motivo, que não pode ser perdido. Porque depois será esquecido. O tempo é meu inimigo? Nunca cessa o meu desejo? Seria inspiração? Ansiedade? Benção ou maldição? Quanto vale o meu tempo? Qual o significado do tempo? Esperança, fé ou tormento? Simplesmente eu duvido, por isso agora te digo, ansiedade mata meu amigo.

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“Muitas pessoas estão ocupadas só para disfarçar a ansiedade; seu ativismo é um modo de fugir de si mesmas. Elas obtêm um pseudo e temporário senso de vivacidade correndo de um lado para o outro, como se estivessem realizando algo só pelo fato de se movimentarem, ou como se estarem ocupadas fosse uma prova de sua importância. ” (Rollo May)

Que bom que vem o amanhecer e amanhã será um novo dia. O problema é que não quero dormir para não perder tempo, escrever o que logo penso, amanhã já fugiram as ideias e perdi o meu tempo dormindo, dizem que teremos tempo de sobra para dormir na eternidade. Por que dormir agora se não estou cansado? E ainda vejo mais vantagem em me manter acordado produzindo poemas, crônicas, versos, artigos, estudando e aprendendo. Mas, que bom que amanhã será um novo dia para ver o sol nascer. Para que possa voltar a crescer, cantando como os pássaros até o anoitecer, vibrando como as ondas. Siga firme nesta sina porquê de tudo o que importa é a vida que nos fascina.

“Ansiedade é a diferença entre o tempo do querer de Deus e o tempo do nosso próprio querer. ” (Berg Brandt)

Pegue a sua ansiedade coloque dentro do lixo e nunca mais volte a tornar-se escravo dela. Uma outra opção e segurá-la bem firme com as duas mãos, juntar ao corpo e mente e viver escravizado por ela, por toda a sua vida. Qual a sua escolha?

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“No momento em que o escravo decide que não quer ser escravo, suas correntes caem ao solo. Se libera e mostra aos outros como fazê-lo. A liberdade e a escravidão são estados mentais. ” (Mahatma Gandhi)

São Luís, 24 de abril de 2019.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.

Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outro dez livros inéditos.

Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta.

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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS24.04.2019. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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