Por José Carlos Castro Sanches
Numa breve estada em Barcarena/PA, para compromisso profissional na Hydro Alunorte, fiquei hospedado por dois dias no Hotel Equinócios Executive na Vila dos Cabanos. Concluída a missão com sucesso, chegava a hora de retornar para São Luís. O taxi da “Fan Transporte”, estava agendado para partirmos às 7h da manhã de uma quarta-feira de 16 de março de 2022, assim conheci o taxista Darisney que por aproximadamente duas horas conversamos sobre amenidades, família, religião, liderança, visão de futuro, adversidades, desafios, dentre outros assuntos que descreverei nas linhas que seguem. A conversa foi muito agradável e enriquecedora pela facilidade de comunicação do prodigioso motorista, que tem o dom da palavra e demonstra satisfação em atender bem.
Encontrei-me com Darisney da Silva, um jovem simpático e comunicativo que ama dirigir, diz que “trabalhar como motorista é o seu maior prazer”. Sempre realiza a tarefa como se fosse pela primeira vez, como se estivesse no lazer, por isso não cansa e está sempre bem-humorado. É um homem de muita fé que tem o pai como referência e segue a vida com propósito suportado pelos valores éticos, morais e religiosos que herdou da família, segundo ele, seu maior patrimônio.
Durante o trajeto tivemos a oportunidade de compartilhar vivências e aprendizados recíprocos. Darisney mostrou-me uma tatuagem no braço esquerdo que na sua opinião representou em algum momento da sua vida o enfrentamento do pai, que sempre o orientava para não fazer tatuagens. Disse-me que a revolta representou o rompimento com a dependência e o fez refletir sobre a importância do pai em sua vida. O que no primeiro momento parecia um ato de rebeldia o levou a perceber que era muito amado, quando viu o pai chorar pela primeira vez, ao perceber o seu braço tatuado. Talvez, o patriarca, ao vê-lo desobedecendo suas ordens tivesse a ideia de perda de domínio e influência sobre o filho. Todavia, a partir daquele ato nascia um novo homem para voar com as próprias asas, assumir o comando do barco e ser o protagonista da sua história.
O jovem motorista amadureceu para a vida e hoje vê o quanto as virtudes de um pai presente, generoso e crente em Deus pode deixar marcas permanentes nos rebentos e transformar vidas agindo com sabedoria, justiça, trabalho árduo e transparência. Como diz Darisney: “o meu pai me ensinou a dizer a verdade, ser honesto e justo. Ele é a minha referência”.
Seguimos viagem paramos na Barraca do Tufão, ao longo da PA 483, Km 39 da Alça Viária na Vila Nova Esperança, tomamos café com “pupunha”, fruta nativa da região amazônica.
Fomos bem atendidos pelo proprietário, sua filha Silvânia, Alessandro e Elivânia, funcionários da lanchonete na beira da estrada onde comi pela primeira vez a referida fruta e ainda levei para casa.
A simplicidade e o atendimento personalizado me cativaram. Seguimos viagem conversando sobre experiências, sonhos, realizações… falamos sobre o Gurgel, carro genuinamente brasileiro; negócios; transações imobiliárias; compra e venda de veículos e motos.
Foram tantas novidades que me inspiraram a escrever essa crônica ao chegar no Aeroporto Internacional Val-de-Cans em Belém .
Vivo experimentando momentos de felicidade com intensidade porque sei que a vida é um sopro divino e devemos viver intensamente cada segundo como vive Darisney, dirigindo com alegria e prazer, contagiando pessoas com sua simpatia e empatia. Isso é o que vale a pena.
Tenho que parar de escrever… a voz do aeroporto me chama “última chamada para o voo 2618, com destino a São Luís”. Saí correndo porque “Tenho Pressa*. Cheguei a tempo de embarcar, aguardo a partida prevista para as 12:40.
Aeroporto Val-de-Cans – Belém, 16 de março de 2022.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.
Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança, Pérolas da Jujuba com o Vovô e catorze livros inéditos. Visite o site falasanches.com e a página “Fala, Sanches” (Facebook) e conheça o nosso trabalho.
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS16.03.2022. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.
Flávia Leite
19 de março de 2022 at 12:45
Que crônica simples, bela e reflexiva!!! Texto muito inspirador.
O tempo escoa rapidamente, devemos então: viver!!!
Parabéns, Sanches!!!
sanches
21 de março de 2022 at 12:59
Flávia Leite, aprecio sua atenção e generosidade. Obrigado e forte abraço, José Carlos Sanches
Maura Luza Frazão
20 de março de 2022 at 16:02
Muito interessante. Acredito que levarás para a vida essa experiência vivida!!
sanches
21 de março de 2022 at 13:00
Querida Maura Luza, viver é aprender! Forte abraço.