Por José Carlos Castro Sanches
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Na Sibéria tem uma pedra que voa sem sair do lugar, desafia a gravidade. É dura, pesada e livre para flutuar. Cientistas, físicos e estudiosos de fenômenos sobrenaturais tentam desvendar o mistério da pedra voadora. Cada um apresenta um argumento diferente, todavia nenhum deles foi convincente. Então, resolveram apelar para os poetas em busca de uma resposta que saísse do coração e da emoção em vez da ciência e da razão.
Chamaram um poeta brasileiro, nascido em Rosário do Maranhão a 26 de março de 1962. Que à época tinha 62 anos, o inverso de 26 data do seu nascimento, como março é o mês 3 do calendário, pai e mãe somam 2, 3 vezes 2 resulta em 6. E o número 6 ressalta a importância dos relacionamentos, do amor e da harmonia familiar; sugere uma fase de romantismo, a busca por relações significativas e aponta a necessidade de desenvolver diplomacia para resolver conflitos.
Analisando os dados após inúmeras elucubrações e cálculos mentais complexos, o poeta chegou à seguinte conclusão: Se a pedra não tem asa e voa, a imaginação também pode voar sem ter asas; se a pedra flutua confrontando a gravidade, a mente humana pode flutuar em liberdade; se o enigma da pedra não foi resolvido pelos cientistas, cabe ao poeta dizer que tudo não passa de um sonho. Pedra não voa, não flutua, não pensa, não cria estabilidade, não desafia a gravidade. Tudo é invencionice da mente ociosa que divaga; é fruto da criatividade que aflora na cabeça do poeta que não envelhece porque para poetizar e não tem idade. Portanto, se alguém imaginava uma resposta concreta para aquela equação complexa procurou a pessoa errada para solucioná-la, porém se pretendia divagar na fantasia criativa encontrou a pessoa certa.
Afinal, existem coisas na vida que não precisam de respostas – são os mistérios da natureza – que não cabem ao homem desvendar. Nesses casos, o melhor a fazer é não querer tirar leite de pedra, saber se o pato é macho, o amargo é mel, e o doce é fel.
Seria sensato imaginar que uma pedra é capaz de voar sem ter asas? E que a alma humana tem perenidade? Ou tudo não passou de alucinação do poeta, oscilando entre loucura e sanidade, enquanto a mente divaga em busca da felicidade?
São Luís, 13 de setembro de 2024.
José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala, Divagando na Fantasia em Orlando e O Voo da Fantasia. Participa de antologias brasileiras.

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