Por José Carlos Castro Sanches

“Um Amigo se faz rapidamente; já a amizade é um fruto que amadurece lentamente. ” (Aristóteles)
Num ano atípico, em que buscamos retornar à normalidade após um período de confinamento em decorrência da pandemia do Coronavírus, decidi quebrar a rotina realizando quinzenalmente em minha residência um encontro com amigos, confrades, colegas, pensadores principiantes e eruditos nas letras, comunicação, arte, cultura, jornalismo, direito, medicina, dentre outras ocupações. Não definimos uma agenda tudo transcorre naturalmente, desde os temas das conversas até as convergências ou divergências de pontos de vista, sem conflitos. Ao final, os casais saem abraçados e os solteiros à vontade, todos festejando a rara oportunidade.

“A amizade é um amor que nunca morre. ” (Mario Quintana)
A dinâmica do evento é simples: eu convido pessoas com as quais me identifico ou desejo fortalecer os laços de amizade; normalmente são dois casais por encontro; não informo aos convidados quem estará presente, deixo a curiosidade e a surpresa pairando no ar. Tem sido uma experiência interessante com alguns temores dos participantes: quem serão os outros convidados?; gostam de mim?; será homem ou mulher?; aliado ou adversário?; o que poderá ocorrer? Alguma novidade? Assim, tenho me surpreendido com a riqueza de informações, conhecimentos e experiências compartilhadas nos momentos de interação com pessoas de visões diferentes; congruentes ou contraditórias sobre fatos, conceitos e percepções.
A organização fica por conta da minha querida esposa Socorro Sanches, sem a qual nada seria possível. Tem o dom de receber bem as pessoas que nos visitam; planeja com atenção cada detalhe – atende a todos com carinho, simpatia, empatia e alegria peculiar. É difícil encontrar uma anfitriã tão delicada, agradável e sorridente como ela, aqui estendo os meus sinceros agradecimentos pela doação, generosidade e acima de tudo pela capacidade de realizar e superar expectativas.

Nos últimos dois meses tivemos o privilégio de nos reunirmos com o radialista e comunicador Robson Junior e esposa Glória; com os escritores José Neres, esposa Lindalva Barros e Raimundo Campos; Coronel Reinaldo Trinta, esposa Heleudes, filha Rafaelle e cunhado Jorge Bogéa; Contador Bruno e enfermeira Fabielle; Escritores e historiadores Sebastião Moreira e Antonio Noberto.

“Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos. ” (Sócrates)
Em 06 de agosto de 2021, por volta das 19h, recebemos os amigos Sebastião Moreira Duarte e Antonio Noberto para um bate-papo amigável, enriquecedor e gratificante. As novidades se sucediam no decorrer do precioso tempo, enquanto se aprofundava o entendimento sobre literatura, arte, cultura, política e amenidade; a atenção se dividia entre o café, o suco, salgados, bolos e pontos de vista ora concordantes, ora divergentes entre os participantes. As mentes criativas e a participação animada me permitiam levitar sobre as ideias e imaginar o cenário para a crônica que escreveria no futuro.

Estávamos tão focados nas divagações que quando nos apercebemos eram 22:30h e um dos convidados já cansado da labuta diária se esforçava para encerrar a nossa conversa e seguir para os braços da esposa que tudo indica o esperava ansiosa, porque as chamadas no WhatsApp, o distraiam a todo momento, tentando justificar a demora; não sobrava outra opção senão ir ao encontro da amada o mais breve possível, apesar do nosso desejo de seguir noite adentro naquela conversa enriquecedora e prazerosa. Não tendo outra saída, finalizamos alegremente o momento único de reencontro com os amigos.

“Amizade é a capacidade de uma conversa poder ter um intervalo de 20 anos e, no reencontro, ser continuada da onde tinha parado. ” (Andre Saut)
Não irei me deter nas entrelinhas, o que posso afirmar é que vale a pena conviver com a diversidade de ideias; aprender coisas novas; saber ouvir e estar aberto a pontos de vistas diferentes; trocar experiências e conhecimentos; aprender com os erros e acertos; desapegar-se das verdades absolutas; deixar fluir novas possibilidades, manter a curiosidade e a busca do autoconhecimento; desenvolver a resiliência e flexibilidade como o bambu; acreditar que é possível mudar e viver intensamente cada segundo, afinal a vida é um sopro! “Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas, dando-lhes sempre algum significado. ”
Finalizo dizendo que recebi presentes preciosos. Todavia, o mais importante foi a oportunidade do convívio com os amigos. Seguido dos livros que transformam, ensinam, expandem a visão e sobretudo permitem sonhar e realizar; desde que não fiquem mofando nas prateleiras das estantes. Ao serem lidos, a qualquer hora, sobre temas diversos, sempre acrescentarão algo de novo ao leitor, portanto, o livro é um dos melhores presentes para quem sabe aproveitar o potencial enclausurado em suas páginas, que uma vez absorvido, é capaz de transformar vidas.

“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. ” (Vinicius de Moraes)
A jornada está apenas começando, mas os resultados são extraordinários como na olimpíada de Tóquio, que ora acontece e as medalhas dos brasileiros se avolumam a cada dia. A nossa olimpíada é a busca da essência da vida, da liberdade, do conhecimento, da paz, da integração, da amizade e do crescimento pessoal e profissional. Buscamos ser mais humanos, generosos, pacíficos e capazes de incorporar a sabedoria divina para nos tornarmos imortais por meio do que produzimos e deixaremos para a posteridade.
“O encontro de duas personalidades assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambos sofrem uma transformação. ” (Carl Jung)
Enquanto isso eu me deleito fazendo o que amo, dialogando comigo mesmo, refletindo sobre as possibilidades de cada dia ser um homem melhor, viver intensamente o presente, ser um escritor surpreendente, um cronista envolvente e um poeta transcendente. É a fé que eu tenho em Deus que mantém viva a minha alegria de viver e escrever.

A minha pretensão com a iniciativa de reunir amigos, confrades, colegas, pensadores principiantes e eruditos da literatura, comunicação, arte, cultura, jornalismo, direito, medicina, dentre outras ocupações é transformar uma pequena semente em hábito perpétuo; influenciar os participantes a intensificarem e valorizarem as interações humanas; fortalecer os movimentos literários, artísticos e culturais, além dos relacionamentos interpessoais e ampliar a troca de conhecimentos e experiências. Tenho a expectativa de que o exemplo seja seguido e multiplicado, floresça e dê bons frutos entre aqueles que acreditam e visualizam nessa humilde proposta uma “janela de possibilidades” para alcançar a vitória nas batalhas pessoais e sucesso nas missões profissionais. Eu acredito que como protagonistas da própria história com sabedoria e por mérito próprio, seremos conduzidos ao pódio, lugar ocupado por vencedores que agem com foco, fé, determinação e bravura para encurtar a distância entre o sonho e a realidade.

Agradeço aos amigos que me proporcionaram valiosos momentos de aprendizado e reflexão. Sem vocês nada seria possível. “Talvez eu não tenha muitos amigos. Mas os que eu tenho são os melhores que alguém poderia ter.. ” Minha eterna gratidão a todos.

“A hora do encontro é também despedida. A plataforma desta estação é a vida. ” (Milton Nascimento e Fernando Brandt)
São Luís, 07 de agosto de 2021.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, União Brasileira de Escritores e PEN Clube do Brasil.

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e doze livros inéditos.
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches, com crédito aos autores e fontes citadas, e está licenciada com a licença JCS07.08.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.



Ten Cel Trinta Junior
10 de agosto de 2021 at 13:43
Muito bom, as amizades e os encontros são imortalizados. Parabéns grande poeta . Deus abençoe você e família!!!
sanches
11 de agosto de 2021 at 17:04
Obrigado e forte abraço Cel Reinaldo Trinta. Forte abraço, saúde e paz para você e família.