“Ter uma família significa que você é parte de algo muito maravilhoso. Significa que você amará e será amado pelo resto da vida, não importa o que.” (Lisa Weeda)
Papagaios e araras são animais capazes de falar, ou seja, vocalizar sons com o intuito de imitar a voz humana. Por serem capazes de se comunicar foram escolhidos como protagonistas dessa fábula. Espero que a leitura seja agradável, oportuna e possa levá-lo a refletir sobre as relações familiares e pessoas que amamos. Boa leitura e reflexão!
Esta é uma obra de ficção, os fatos relatados ocorreram num planeta imaginário e distante, numa família virtual, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência. Dedico esse artigo aos leitores que se identificarem com o tema, para juntos refletirmos sobre as nossas relações interpessoais e resgatarmos o tempo perdido para reconstruir uma família sólida, cooperativa…sustentada pelo amor, compreensão, afinidade…e encontros.
O Papagaio e a arara se conheceram, logo se apaixonaram, amor à primeira vista e resolveram se casar. Formaram a família “ARAGAIO”. Desde que se conheceram visualizaram que o cruzamento daria filhos muito lindos. A família não é uma coisa importante: É TUDO.
“Nenhuma família é perfeita… Nós discutimos, brigamos, até paramos de falar com os outros, às vezes, mas no final, família é família o amor sempre estará lá.” (Autor desconhecido)
O papagaio era de uma família de QUINZE irmãos, além da mãe, pai, primos, cunhados, sobrinhos, netos e agregados. Discretos e de pouca conversa, viviam cada um para o seu lado.
Se visitavam com pouca frequência. Normalmente nas festas de aniversários, casamentos, doenças ou funerais. Pouco solidários e distantes. De poucos amigos. Silenciosos e centrados.
“Quando o assunto é família, no fundo ainda somos crianças, não importa o quão velho ficamos sempre precisamos de um lar para chamar de lar. Porque as pessoas que você mais ama, você não pode evitar em se sentir sozinho.” (Autor desconhecido)
A arara era de uma família muito grande de VINTE irmãos, e toda a organização familiar similar ao papagaio com a diferença de que eram como uma família grega, sempre estavam juntos e tudo era motivo de festa.
Podiam contar como certa a presença de todos nas festas ou funerais. Sempre solícitos e disponíveis, alegres e solidários. Faziam todos os momentos tornarem-se animados e contagiavam os presentes com vibração e entusiasmo.
Gostavam da folia e tinham muitos amigos por onde passavam. Falavam muito e tudo era muito barulhento quando a família se encontrava.
Em todas as festas da família ARAGAIO. Convidavam todos os parentes. Sempre os familiares da família da arara, se faziam presentes e alegravam todas as festas e encontros. Enquanto os familiares do papagaio nunca compareciam apesar dos convites serem entregues ao mesmo tempo, e sempre com muita antecedência.
“Não é o que nós temos na vida, mas quem nós temos em nossas vidas que importa.” (Autor desconhecido)
Assim se repetiu por cinquenta anos, desde o casamento. Nos encontros sempre os familiares do papagaio eram faltosos. E os familiares da arara estavam todos alegres, sorridentes, participativos…
Quando os familiares do papagaio faziam as festas e encontros em família. O casal ARAGAIO nunca faltava, apesar de não haver reciprocidade por parte da sua família.
O clima de desinteresse foi aumentando a cada dia, a distancia aumentando entre os familiares do papagaio, ao ponto da família ARAGAIO perder o interesse pelo convívio com a família do papagaio e não os convidar mais para as festas e encontros em família. Era uma reação natural, não existia mais clima para convidá-los. Parecia uma certa rixa, ressentimento, rancor, mágoa, ocasionada por falta de consideração ou desprezo causado por alguma decepção, ou coisa parecida. Que nunca foi esclarecida.
A distância cada dia aumentava. E cada vez mais a família da arara era mais próxima e atuante nos momentos de confraternização, doença ou necessidade da família ARAGAIO.
Era possível perceber o clima entre os familiares quando se reuniam para confraternizar na família do papagaio. Todos distantes, cada um para o seu lado. Ao contrario quando a família da arara se reunia tudo era florido, movimentado e a alegria tomava conta do ambiente.
“A verdadeira família é aquela unida pelo espirito e não pelo sangue.” (Luiz Gaspareto)
Certo dia ocorreu uma tragédia na família do papagaio. Logo todos os familiares estavam juntos. Era um corre-corre desordenado, ninguém podia se ajudar, não criaram vinculo nos momentos de alegria e não sabiam conviver com a perda. Buscavam o consolo no outro que era isolado, discriminado e distante.
A convivência não era agradável. Era tudo uma fantasia, fingimentos, falsidade e mentira. O vinculo havia se perdido a muitos anos e a superficialidade tomava conta das relações. Todos viviam na sua ilha deserta, não conheciam o oásis, não se ajudavam nos momentos de alegria e sofrimento. Tornaram-se frios e calculistas para não conviverem em comunidade familiar. Assim era a família do papagaio.
“Sempre ouvi dizer que a família é a base, porto-seguro, refúgio. E é a mais pura verdade. São eles que estarão lá, no fim do túnel, com a lanterna na mão. São eles que estarão lá, com a taça em pé, para fazer o brinde de cada pequena conquista. Para a família, não importa…” (Clarissa Corrêa)
Numa situação similar a família da arara logo se comunicou, como já haviam criado uma relação de confiança, amizade, companheirismo, gratidão e solidariedade. Nada faltava tinha muito afeto, parceria e união. A dor era diluída entre todos e o sofrimento parecia menor porque reinava a paz, a alegria, o cooperativismo e uma forte relação fraternal, sem interesses diversos, senão o valor das pessoas, na sua essência de ser.
“Quando as raízes são profundas, não há razão para temer o vento.” (Provérbio Chinês)
Moral da estória: Se pretendemos construir uma relação de amizade, confiança e um relacionamento familiar sólido, precisamos valorizar e nos alegrar com a felicidade do outro.
Não devemos esperar os momentos de tragédia, dor, doença, sofrimento e morte para estarmos juntos.
Amor, fé, gratidão e solidariedade devem ser a essência da relação. Intriga, inveja, ira, ódio e indiferença não levam a lugar nenhum.
“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1 Co 13:13).
Quando tudo se completa as perdas e faltas se consolidam chegamos à conclusão de que não vale a pena a distância.
Aqueles que se isolarem e passarem a viver a sua ilha particular sofrerão as consequências da decisão. Enquanto os que conviveram em harmonia, solidariedade, associados, cumplices sempre serão mais que vencedores.
A alegria de um contagia o outro, as bênçãos se multiplicam e a felicidade se irradia em todas as direções como a luz do sol no horizonte infinito. Essa é a essência da vida em família que devemos preservar. A família é lugar de encontros. A família é o maior patrimônio.
“A família não nasce pronta; constrói-se aos poucos e é o melhor laboratório do amor. Em casa, entre pais e filhos, pode-se aprender a amar, ter respeito, fé, solidariedade, companheirismo e outros sentimentos.” (Luís Fernando Veríssimo)
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“Ame o que você tem, antes que a vida lhe ensine a amar o que você perde.” (Autor desconhecido)